Benjamin
O cenário ao nosso redor era desolador. Marchávamos para o território do Sul, cada passo um lembrete das sombras que ainda pairavam sobre nós. Os últimos três dias haviam sido uma constante busca por Mason, uma perseguição que parecia se alongar sem fim. As florestas densas e os campos abertos dos t
BenjaminA tenda estava abafada com a tensão dos últimos acontecimentos. O cheiro de suor e fúria impregnava o ar enquanto todos os líderes se reuniam ao redor da grande mesa de madeira. Os mapas e relatórios espalhados sobre ela eram testemunhas mudas de nossa busca incessante por Mason. Os aliados do Oeste, sempre leais, nos davam apoio contínuo com suprimentos e reforços, mas a escuridão persistente do Sul parecia engolir cada esforço nosso.O murmúrio dos lobos do Oeste dentro da tenda era um zumbido incessante, uma melodia discordante de frustração e determinação. Meu pai, o alfa do Oeste, estava com as mãos apoiadas na mesa, o olhar fixo em mim. Connor, estava ao lado dele, com uma expressão séria e preocupada. Throne, o beta do meu pai, observava atentamente, seus olhos calculistas não perdendo um detalhe. Tayrus, o general do meu exército, estava de pé, a postura rígida como se fosse explodir a qualquer momento. Os seguranças da guarda e outros
BenjaminO calor escaldante do Sul era uma presença constante enquanto avançávamos em direção à fronteira do território de Mason. A paisagem, dominada por terrenos acidentados e florestas densas, exalava uma sensação de perigo iminente. O sol ardente, implacável, castigava-nos com sua intensidade, o suor escorrendo pelos nossos corpos, desgastando nossa energia.Meu grupo se movia em formação compacta, os olhos atentos a qualquer sinal de emboscada. Connor estava ao meu lado, seu olhar firme e vigilante, enquanto Tayrus liderava a vanguarda, seu corpo tenso como uma corda prestes a arrebentar. A cada passo que dávamos, a sensação de entrar em território inimigo se intensificava, como se a própria terra soubesse que éramos intrusos.Chegamos à borda do território de Mason ao cair da noite, a escuridão
BenjaminA noite estava escura e silenciosa, envolta em um manto de tensão palpável enquanto avançávamos pelo território do Sul. O calor do dia havia se dissipado, substituído por um frio cortante que se infiltrava em nossos ossos. Nossas pegadas eram quase inaudíveis contra o chão coberto de folhas, e a floresta ao nosso redor parecia prender a respiração, como se a própria natureza estivesse ciente do que estava prestes a acontecer.Cael e seus rebeldes lideravam o caminho, seus movimentos precisos e confiantes. Ao meu lado, Connor mantinha um olhar vigilante, seus olhos brilhando na escuridão. Tayrus seguia um pouco à frente, o corpo tensionado como uma corda de arco, pronto para disparar a qualquer momento.Nosso avanço era meticuloso e cauteloso. O vento soprava suavemente, sussurrando segredos através das árvores, e os sons noturnos da floresta e
BenjaminO rugido da batalha reverberava pelos corredores da mansão de Mason enquanto eu avançava, meu sangue queimando com a adrenalina e a fúria. O som de garras chocando contra pele e rosnados ecoavam pelas paredes de pedra, misturados com os gritos dos soldados. O ar estava carregado com o cheiro de suor, sangue e medo.Meus movimentos eram precisos e letalmente eficientes, cada golpe desferido com uma força que fazia meus inimigos recuar. Um lobo avançou contra mim, sua forma muscular e olhos cheios de ódio. Em um movimento rápido, girei, desviando de suas garras e atingindo-o com um soco devastador que o lançou contra a parede, deixando-o inconsciente.Outro lobo tentou me atacar pelas costas, mas seus movimentos eram lentos demais para minha percepção aguçada. Girei rapidamente, minha mão se transformando em garras enquanto eu agarrava sua garganta e o jogava no chã
BenjaminO ar da manhã trazia um cheiro de terra molhada e sangue seco, uma lembrança pungente da batalha que tínhamos acabado de vencer. Os primeiros raios de sol iluminavam a alcateia do Sul, revelando a extensão da destruição que precisávamos enfrentar. A mansão de Mason estava em ruínas, os corredores cobertos de destroços e o solo manchado pelo conflito da noite anterior.Meus lobos estavam ocupados limpando a bagunça, as expressões marcadas pelo cansaço, mas também pela determinação. Corpos de soldados feridos e mortos eram carregados com cuidado, enquanto prisioneiros, olhos cheios de medo e resignação, eram reunidos no pátio principal para interrogatório. O cheiro de queimado misturava-se com o aroma de pinheiros ao redor, um contraste doloroso com a quietude que antes dominava o lugar.Connor estava ao meu lad
RavennaO abrigo estava carregado de uma tensão quase palpável. O espaço apertado, sem janelas, era iluminado apenas por luzes artificiais, e a falta de notícias aumentava a ansiedade. Minha sogra, Celine, e minhas cunhadas, estavam comigo há dias, cada uma lidando com o medo à sua maneira.Celine estava sentada perto de mim, sua expressão grave. Malloy andava de um lado para o outro, mordendo o lábio. Astoria e Cameron, sussurravam entre si, e Liby, a mais jovem, brincava nervosamente com uma pulseira no pulso, o olhar perdido.“O que você acha que está acontecendo lá fora?” Cameron perguntou, sua voz séria.“Não faço ideia,” respondi, tentando manter a calma. “Mas se não tivermos notícias em breve, vamos precisar sair e descobrir por nós mesmas.”Celine assentiu, apertando minha mão. “Ben e Jordan sabiam dos riscos. Ser um alfa traz grandes responsabilidades. Talvez as coisas não tenham saído como planejado e por isso essa demora toda.”Astoria olhou para a porta, como se esperasse
Ravenna"Ben não teria sucumbido tão facilmente. Seu pai te amava por isso não revidou, meu alfa, não. Ele não sente nada além de pena do que você se tornou." eu estava afiada.Sarah soltou um grito de fúria, se debatendo nas mãos dos soldados e com uma força estranha, ela se transformou em loba. Seu pelo cinza-claro e seus olhos selvagens fixaram-se em mim. Ela avançou, e o instinto me fez transformar também, meus sentidos se aguçando.O círculo ao nosso redor abriu-se, todos os membros da alcateia assistindo com horror e fascinação enquanto eu e Sarah nos encarávamos, duas lobas prontas para o confronto.“Parem!” Elowen gritou, mas seu apelo se perdeu no rugido de raiva de Sarah.Ela avançou primeiro, suas garras cortando o ar em minha direção. Desviei, sentindo a adrenalina bombear em meu sangue. Cada movimento era um teste de reflexos, uma luta pela sobrevivência.“O que você quer provar, Sarah?” rosnei, girando para encará-la. “Que não consegue lidar com a verdade?”Sarah respond
RavennaAs luzes suaves da casa de Mallory contrastavam com a tensão e frieza da entrada da sede onde eu havia enfrentado Sarah. As paredes pareciam apertar enquanto a adrenalina da batalha se dissipava, deixando uma exaustão esmagadora em seu lugar.“Ravenna, sente-se aqui,” Mallory pediu, me guiando até um sofá aconchegante. A preocupação enchia seus olhos, mas ela manteve a voz firme. “Vou pegar um kit de primeiros socorros.”Voltei à minha forma humana, e a dor das garras de Sarah queimava em meus ombros e braços. Cada movimento enviava ondas de agonia, mas minha mente estava em outro lugar. Eu precisava falar com Ben. Precisava ouvir sua voz e confirmar que ele estava bem."Ele ligou?" perguntei a Mallory enquanto ela voltava com uma caixa de metal branca. Sua expressão triste foi suficiente como resposta. Ela balançou a cabeça, focada em abrir a caixa.“Não, ainda não. Mas ele vai ligar, Ravenna. Deve haver tanta coisa a se fazer, tenho certeza que ele e Rubi estão bem.”Seu tom