Benjamin
A noite estava escura e silenciosa, envolta em um manto de tensão palpável enquanto avançávamos pelo território do Sul. O calor do dia havia se dissipado, substituído por um frio cortante que se infiltrava em nossos ossos. Nossas pegadas eram quase inaudíveis contra o chão coberto de folhas, e a floresta ao nosso redor parecia prender a respiração, como se a própria natureza estivesse ciente do que estava prestes a acontecer.
Cael e seus rebeldes lideravam o caminho, seus movimentos precisos e confiantes. Ao meu lado, Connor mantinha um olhar vigilante, seus olhos brilhando na escuridão. Tayrus seguia um pouco à frente, o corpo tensionado como uma corda de arco, pronto para disparar a qualquer momento.
Nosso avanço era meticuloso e cauteloso. O vento soprava suavemente, sussurrando segredos através das árvores, e os sons noturnos da floresta e
BenjaminO rugido da batalha reverberava pelos corredores da mansão de Mason enquanto eu avançava, meu sangue queimando com a adrenalina e a fúria. O som de garras chocando contra pele e rosnados ecoavam pelas paredes de pedra, misturados com os gritos dos soldados. O ar estava carregado com o cheiro de suor, sangue e medo.Meus movimentos eram precisos e letalmente eficientes, cada golpe desferido com uma força que fazia meus inimigos recuar. Um lobo avançou contra mim, sua forma muscular e olhos cheios de ódio. Em um movimento rápido, girei, desviando de suas garras e atingindo-o com um soco devastador que o lançou contra a parede, deixando-o inconsciente.Outro lobo tentou me atacar pelas costas, mas seus movimentos eram lentos demais para minha percepção aguçada. Girei rapidamente, minha mão se transformando em garras enquanto eu agarrava sua garganta e o jogava no chã
BenjaminO ar da manhã trazia um cheiro de terra molhada e sangue seco, uma lembrança pungente da batalha que tínhamos acabado de vencer. Os primeiros raios de sol iluminavam a alcateia do Sul, revelando a extensão da destruição que precisávamos enfrentar. A mansão de Mason estava em ruínas, os corredores cobertos de destroços e o solo manchado pelo conflito da noite anterior.Meus lobos estavam ocupados limpando a bagunça, as expressões marcadas pelo cansaço, mas também pela determinação. Corpos de soldados feridos e mortos eram carregados com cuidado, enquanto prisioneiros, olhos cheios de medo e resignação, eram reunidos no pátio principal para interrogatório. O cheiro de queimado misturava-se com o aroma de pinheiros ao redor, um contraste doloroso com a quietude que antes dominava o lugar.Connor estava ao meu lad
RavennaO abrigo estava carregado de uma tensão quase palpável. O espaço apertado, sem janelas, era iluminado apenas por luzes artificiais, e a falta de notícias aumentava a ansiedade. Minha sogra, Celine, e minhas cunhadas, estavam comigo há dias, cada uma lidando com o medo à sua maneira.Celine estava sentada perto de mim, sua expressão grave. Malloy andava de um lado para o outro, mordendo o lábio. Astoria e Cameron, sussurravam entre si, e Liby, a mais jovem, brincava nervosamente com uma pulseira no pulso, o olhar perdido.“O que você acha que está acontecendo lá fora?” Cameron perguntou, sua voz séria.“Não faço ideia,” respondi, tentando manter a calma. “Mas se não tivermos notícias em breve, vamos precisar sair e descobrir por nós mesmas.”Celine assentiu, apertando minha mão. “Ben e Jordan sabiam dos riscos. Ser um alfa traz grandes responsabilidades. Talvez as coisas não tenham saído como planejado e por isso essa demora toda.”Astoria olhou para a porta, como se esperasse
Ravenna"Ben não teria sucumbido tão facilmente. Seu pai te amava por isso não revidou, meu alfa, não. Ele não sente nada além de pena do que você se tornou." eu estava afiada.Sarah soltou um grito de fúria, se debatendo nas mãos dos soldados e com uma força estranha, ela se transformou em loba. Seu pelo cinza-claro e seus olhos selvagens fixaram-se em mim. Ela avançou, e o instinto me fez transformar também, meus sentidos se aguçando.O círculo ao nosso redor abriu-se, todos os membros da alcateia assistindo com horror e fascinação enquanto eu e Sarah nos encarávamos, duas lobas prontas para o confronto.“Parem!” Elowen gritou, mas seu apelo se perdeu no rugido de raiva de Sarah.Ela avançou primeiro, suas garras cortando o ar em minha direção. Desviei, sentindo a adrenalina bombear em meu sangue. Cada movimento era um teste de reflexos, uma luta pela sobrevivência.“O que você quer provar, Sarah?” rosnei, girando para encará-la. “Que não consegue lidar com a verdade?”Sarah respond
RavennaAs luzes suaves da casa de Mallory contrastavam com a tensão e frieza da entrada da sede onde eu havia enfrentado Sarah. As paredes pareciam apertar enquanto a adrenalina da batalha se dissipava, deixando uma exaustão esmagadora em seu lugar.“Ravenna, sente-se aqui,” Mallory pediu, me guiando até um sofá aconchegante. A preocupação enchia seus olhos, mas ela manteve a voz firme. “Vou pegar um kit de primeiros socorros.”Voltei à minha forma humana, e a dor das garras de Sarah queimava em meus ombros e braços. Cada movimento enviava ondas de agonia, mas minha mente estava em outro lugar. Eu precisava falar com Ben. Precisava ouvir sua voz e confirmar que ele estava bem."Ele ligou?" perguntei a Mallory enquanto ela voltava com uma caixa de metal branca. Sua expressão triste foi suficiente como resposta. Ela balançou a cabeça, focada em abrir a caixa.“Não, ainda não. Mas ele vai ligar, Ravenna. Deve haver tanta coisa a se fazer, tenho certeza que ele e Rubi estão bem.”Seu tom
BenjaminEsperando no terminal de um aeroporto privado em Dublin, Gerorgia, o vento cortante da madrugada sacudia as folhas das árvores próximas. O ar estava carregado, ameaçando chuva, refletindo perfeitamente meu estado de espírito. Minhas botas ecoavam levemente contra o asfalto enquanto eu andava de um lado para o outro, olhos fixos no céu cinzento.Connor estava ao meu lado, braços cruzados, uma expressão sombria gravada em seu rosto. O jato particular da empresa pousaria em breve, trazendo Ravenna e Astoria. Mas meu coração estava um turbilhão. A expectativa de ver Ravenna se misturava à preocupação por nossa filha e pela recente fuga de Mason."Ben," começou Connor, sua voz grave e carregada de preocupação. "Como vamos lidar com a fuga de Mason? Com Sarah presa, ele fará de tudo para encontrá-la e continuar seus planos. Precisamos reforçar a segurança na sede imediatamente.”"Eu sei," respondi, parando para olhar o horizonte. "Aumentar a segurança não resolve enquanto houver um
Benjamin"Vamos para um hotel," disse, suavemente beijando sua testa. "Tudo ficará bem. Vou cuidar de tudo."O motorista nos levou para um hotel próximo. Era um local discreto e confortável, longe da frieza da mansão. Quando entramos no quarto, Ravenna se sentou na beira da cama, a ansiedade visível em seu rosto."Ben, o que fizeram com nosso bebê?" ela questionou desolada.Sentei ao seu lado, segurando suas mãos. "Ela foi levada para a mansão quando a sequestraram, mas Ester estava lá." seus olhos se iluminaram por um momento."Ester?" concordei alisando com carinho seus dedos."Os rebeldes ajudaram-na a fugir com Rubi, mas ela não contou a ninguém para onde iria. Ela salvou nossa filha de Mason, mas não sabemos o paradeiro de ambas." Ravenna engoliu em seco, sentindo o peso de minhas palavras."Ainda temos uma chance, não é? Agora que Mason está morto, ela saberá e voltará." A voz de Ravenna estava esperançosa, e meu coração se apertou ao trazer mais más notícias."Ele fugiu. Ele ab
RavennaMinha mãe estava ali, bem na minha frente, mas sua presença parecia ao mesmo tempo irreal e palpável. A última vez que a tinha visto, foi na minha união com Mason, um dia que eu gostaria de apagar de minha memória. Seu rosto agora refletia a mesma surpresa e uma mistura de emoções conflitantes que eu sentia.“Mamãe,” sussurrei, quase incapaz de acreditar que ela realmente estava ali. Corri para seus braços, e ela me envolveu em um abraço apertado, as lágrimas escorrendo livremente pelas nossas faces. “Ah, mamãe, como eu senti sua falta.”Benjamin saiu da sala nos dando a privacidade que precisávamos e a puxei para se sentar na cama. Eu ainda estava emocionalmente abalada com a quantidade de informações que eu tinha recebido. Ao mesmo tempo que eu me sentia feliz por vê-la viva, eu me sentia arrasada por não ter meu bebê comigo.Mamãe apertou minhas mãos, seu corpo tremendo com os soluços que tentava controlar. “Minha menina,” ela murmurou alisando meus cabelos. “O que acontece