Gregório Smith

O peso da decisão de contar a Maitê sobre minha viagem estava comigo desde que meu pai fez aquela ligação. Por mais que soubesse da importância da reunião em Houston para o futuro dos meus negócios, havia algo em mim que hesitava. Não era sobre o trabalho — esse, eu sabia que dominava. A hesitação vinha do que eu deixaria para trás, mesmo que temporariamente.

Maitê.

Ela era a primeira coisa em minha mente ao acordar e a última ao dormir. Estar com ela se tornara uma âncora, algo que eu nunca soube que precisava até encontrar. E agora, teria que deixá-la por um tempo, mesmo sabendo que era para algo maior, algo que nos beneficiaria no futuro.

Foi por isso que decidi planejar uma despedida que refletisse tudo o que ela significava para mim.

Convidei-a para passar o final de semana em uma das minhas propriedades, uma casa mais afastada da cidade, cercada por campos verdes e árvores altas. Era um lugar que eu raramente visitava, mas que sempre me trouxe uma sensação de paz