Maitê BellEu não queria ser esse tipo de pessoa, eu realmente não queria. Pelo menos, era o que eu ficava repetindo para mim mesma enquanto via o salão começar a se esvaziar. As luzes suavemente diminuindo, as despedidas formais, as conversas dos últimos convidados. A noite estava quase no fim, e eu ainda estava lutando com a ideia que martelava na minha cabeça desde que Stayce falou. "Por que não?"A verdade era que ela tinha razão. Tudo fazia sentido de uma forma prática e brutal. Não era sobre sentimentos, romance ou ideais. Era sobre resolver problemas reais. Minha avó precisava de tratamento. Eu precisava da faculdade. E Gregório Smith? Bem, ele não era apenas o tipo de homem que qualquer mulher poderia desejar, ele era o tipo que fazia a ideia de ceder parecer menos uma rendição e mais uma oportunidade — ou seja, essa era uma das oportunidades que quase ninguém pensaria duas vezes, então… eu precisava parar com toda essa idealização dentro da minha cabeça o quanto antes.Eu su
Gregório SmithEu já estava aceitando o fracasso.Era frustrante, claro, e muito além do que eu estava acostumado. Cinco vezes. Eu havia tentado me aproximar de Maitê cinco vezes, apenas para ser barrado. Não era algo que acontecia comigo. Na verdade, eu não conseguia lembrar a última vez em que uma mulher havia sequer hesitado em aceitar um convite meu. Mas Maitê... ela era diferente. Ela me enfrentava com uma firmeza que eu não via há muito tempo, e isso, mais do que qualquer outra coisa, me deixava fascinado.Depois da última tentativa, cheguei a considerar uma abordagem mais agressiva. Talvez uma oferta maior, algo que não pudesse ser recusado. Um milhão de dólares, talvez. Quem em sã consciência diria não a isso? Mas, mesmo enquanto pensava nisso, sabia que não era só sobre dinheiro. Ela era orgulhosa e inteligente. E, por mais que o dinheiro resolvesse boa parte dos problemas dela, Maitê queria ser vista, não comprada.Então, quando vi a noite se aproximando do fim e percebi que
Mason LionEu sempre reconheci a expressão de vitória no rosto de Gregório. Anos ao lado dele, o observando em eventos, reuniões e até nas poucas vezes que relaxava em ambientes mais descontraídos, me ensinaram a notar os sinais. Ele não precisava dizer nada — estava no jeito que caminhava, no olhar que carregava um peso a menos, no sutil levantar dos cantos da boca. Era a confirmação silenciosa de que Gregório tinha conseguido o que queria — como sempre.Então, quando ele se aproximou e pediu que eu cuidasse de Amélia, não fiz perguntas. Apenas assenti, o deixando ir embora sem complicar as coisas. Era evidente que ele lidava com algo pessoal, e sabia que me meter seria algo que… eu não deveria fazer — até porque, eu tinha a leve impressão de que o que quer que fosse, eu não iria preferir não saber.Amélia, no entanto, nunca facilitava o meu trabalho, e mesmo quando eu pedia aos céus para que ela tivesse um pouco de compaixão pela minha alma em dados momentos… Deus parecia não querer
Maitê BellO silêncio da sala era quase ensurdecedor. O ar estava pesado, não porque o ambiente fosse fechado ou desconfortável, mas porque minha mente não parava. Eu me perguntava, pela milésima vez, o que exatamente estava fazendo ali. A chave ainda estava na minha mão, como se fosse um lembrete físico de que eu poderia sair a qualquer momento, mas minhas pernas não se moviam. Eu já havia tomado uma decisão. Agora, era só esperar.Ouvi passos no corredor e meu coração disparou, como se fosse sair do meu peito a força. Não precisei olhar para saber que era ele. A porta se abriu suavemente e lá estava Gregório, impecável como sempre, mas com algo diferente no olhar. Determinação, talvez. Ou curiosidade. Ele fechou a porta atrás de si e parou por um instante, me observando.— Você veio — disse ele, com aquele tom de voz baixo e controlado, como se já soubesse a resposta. — Achei que você fosse desistir de mim.— Achei que você fosse desistir de mim — respondi, enquanto tentava parecer
Maitê BellO ar da noite estava gelado, mas eu mal sentia o frio. Gregório estava tão perto, colado em mim, que tudo o que eu sentia era o calor que irradiava do corpo dele. Nós estávamos na varanda e a cidade brilhava lá embaixo, mas o mundo parecia ter parado. Não havia nada além das nossas respirações rápidas e o som abafado do vento. Quando nossos lábios se encontraram de novo, o beijo foi devagar, mas faminto, como se cada segundo precisasse ser aproveitado ao máximo.Senti quando ele deslizou o zíper do meu vestido pra baixo. O tecido escorregou pela minha pele e caiu no chão sem nenhum som, me deixando só de calcinha, com os mamilos endurecendo pelo frio, ou talvez pela excitação. O jeito como Gregório me olhava, com aquela intensidade que sempre me fazia tremer, me deixou ainda mais nervosa e ansiosa. Ele passou os dedos pelos meus seios e eu gemi baixinho, puxando ele pra mais perto.Com calma, ele abaixou a cabeça e começou a beijar minha pele, os lábios fazendo um caminho l
Gregório SmithEla estava ali, deitada embaixo de mim, e não tinha como não notar a mistura de medo e desejo nos olhos de Maitê. Aquela insegurança, aquele nervosismo, me fez perceber o quanto ela estava se entregando. Ela tinha confiado em mim, e agora tudo o que eu queria era fazer desse momento algo que ela nunca esqueceria — pelas razões certas.Me inclinei para beijá-la de novo, devagar, como se quisesse absorver cada segundo daquele momento. Senti a respiração dela contra a minha e quando nossos lábios se encontraram, percebi que ela relaxou um pouco, o corpo se acomodando melhor debaixo do meu. Passei a mão pelos seus seios, sentindo o bico duro sob meus dedos, e ela soltou um gemido baixo. Eu queria que ela estivesse pronta, que não houvesse dúvida nenhuma, porque mesmo que eu soubesse que a primeira vez dela não seria mágica, eu queria que fosse especial.Minha mão deslizou até a boceta dela mais uma vez e eu a toquei com mais cuidado, sem pressa. Seus gemidos ficaram mais al
Maitê BellO calor do sol que entrava pela enorme janela da suíte me despertou antes mesmo que eu abrisse os olhos. Por um momento, fiquei imóvel, sentindo o peso confortável do lençol contra minha pele. Meu corpo inteiro estava relaxado, um contraste gritante com a tensão que eu carregava na noite anterior. Eu não precisava abrir os olhos para saber onde estava, nem para me lembrar do que havia acontecido. Cada toque, cada beijo, cada sussurro de Gregório ainda estava gravado na minha mente como um sonho vívido.Quando finalmente abri os olhos, ele estava ali. Gregório estava deitado ao meu lado, o braço forte envolvendo minha cintura de forma possessiva e protetora ao mesmo tempo. Seus olhos estavam focados em mim, um sorriso suave nos lábios. Parecia mais descontraído do que eu imaginava que fosse capaz de ser.— Bom dia — ele murmurou, a voz rouca e cheia de preguiça, como se ele também estivesse despertando agora.Eu não sabia o que responder. Era estranho estar ali, tão próxima
Gregório SmithA manhã começou com uma reunião interminável no centro da cidade. Eu mal havia tomado meu café quando sentei naquela sala cheia de administradores que falavam como se estivessem em um campeonato para ver quem conseguia me enrolar mais. Eu fazia um esforço para prestar atenção, mas minha cabeça estava longe, ocupada com uma imagem que não queria sair da minha mente: Maitê.O que ela estava fazendo agora? Será que já tinha visto o dinheiro que transferi para ela? Será que aceitaria me encontrar de novo?“Concentre-se, Gregório”, pensei, voltando os olhos para os slides que passavam à frente. Eles falavam de projeções, números, planos de expansão. Tudo o que, normalmente, capturaria meu interesse. Mas hoje… hoje parecia diferente, a minha mente não conseguia focar em nada direito — nada que não fosse… ela.A reunião finalmente terminou e saí do restaurante onde nos reunimos com os outros administradores como se eu estivesse fugindo de um incêndio, pronto para voltar ao esc