Maitê BellO silêncio da sala era quase ensurdecedor. O ar estava pesado, não porque o ambiente fosse fechado ou desconfortável, mas porque minha mente não parava. Eu me perguntava, pela milésima vez, o que exatamente estava fazendo ali. A chave ainda estava na minha mão, como se fosse um lembrete físico de que eu poderia sair a qualquer momento, mas minhas pernas não se moviam. Eu já havia tomado uma decisão. Agora, era só esperar.Ouvi passos no corredor e meu coração disparou, como se fosse sair do meu peito a força. Não precisei olhar para saber que era ele. A porta se abriu suavemente e lá estava Gregório, impecável como sempre, mas com algo diferente no olhar. Determinação, talvez. Ou curiosidade. Ele fechou a porta atrás de si e parou por um instante, me observando.— Você veio — disse ele, com aquele tom de voz baixo e controlado, como se já soubesse a resposta. — Achei que você fosse desistir de mim.— Achei que você fosse desistir de mim — respondi, enquanto tentava parecer
Maitê BellO ar da noite estava gelado, mas eu mal sentia o frio. Gregório estava tão perto, colado em mim, que tudo o que eu sentia era o calor que irradiava do corpo dele. Nós estávamos na varanda e a cidade brilhava lá embaixo, mas o mundo parecia ter parado. Não havia nada além das nossas respirações rápidas e o som abafado do vento. Quando nossos lábios se encontraram de novo, o beijo foi devagar, mas faminto, como se cada segundo precisasse ser aproveitado ao máximo.Senti quando ele deslizou o zíper do meu vestido pra baixo. O tecido escorregou pela minha pele e caiu no chão sem nenhum som, me deixando só de calcinha, com os mamilos endurecendo pelo frio, ou talvez pela excitação. O jeito como Gregório me olhava, com aquela intensidade que sempre me fazia tremer, me deixou ainda mais nervosa e ansiosa. Ele passou os dedos pelos meus seios e eu gemi baixinho, puxando ele pra mais perto.Com calma, ele abaixou a cabeça e começou a beijar minha pele, os lábios fazendo um caminho l
Gregório SmithEla estava ali, deitada embaixo de mim, e não tinha como não notar a mistura de medo e desejo nos olhos de Maitê. Aquela insegurança, aquele nervosismo, me fez perceber o quanto ela estava se entregando. Ela tinha confiado em mim, e agora tudo o que eu queria era fazer desse momento algo que ela nunca esqueceria — pelas razões certas.Me inclinei para beijá-la de novo, devagar, como se quisesse absorver cada segundo daquele momento. Senti a respiração dela contra a minha e quando nossos lábios se encontraram, percebi que ela relaxou um pouco, o corpo se acomodando melhor debaixo do meu. Passei a mão pelos seus seios, sentindo o bico duro sob meus dedos, e ela soltou um gemido baixo. Eu queria que ela estivesse pronta, que não houvesse dúvida nenhuma, porque mesmo que eu soubesse que a primeira vez dela não seria mágica, eu queria que fosse especial.Minha mão deslizou até a boceta dela mais uma vez e eu a toquei com mais cuidado, sem pressa. Seus gemidos ficaram mais al
Maitê BellO calor do sol que entrava pela enorme janela da suíte me despertou antes mesmo que eu abrisse os olhos. Por um momento, fiquei imóvel, sentindo o peso confortável do lençol contra minha pele. Meu corpo inteiro estava relaxado, um contraste gritante com a tensão que eu carregava na noite anterior. Eu não precisava abrir os olhos para saber onde estava, nem para me lembrar do que havia acontecido. Cada toque, cada beijo, cada sussurro de Gregório ainda estava gravado na minha mente como um sonho vívido.Quando finalmente abri os olhos, ele estava ali. Gregório estava deitado ao meu lado, o braço forte envolvendo minha cintura de forma possessiva e protetora ao mesmo tempo. Seus olhos estavam focados em mim, um sorriso suave nos lábios. Parecia mais descontraído do que eu imaginava que fosse capaz de ser.— Bom dia — ele murmurou, a voz rouca e cheia de preguiça, como se ele também estivesse despertando agora.Eu não sabia o que responder. Era estranho estar ali, tão próxima
Gregório SmithA manhã começou com uma reunião interminável no centro da cidade. Eu mal havia tomado meu café quando sentei naquela sala cheia de administradores que falavam como se estivessem em um campeonato para ver quem conseguia me enrolar mais. Eu fazia um esforço para prestar atenção, mas minha cabeça estava longe, ocupada com uma imagem que não queria sair da minha mente: Maitê.O que ela estava fazendo agora? Será que já tinha visto o dinheiro que transferi para ela? Será que aceitaria me encontrar de novo?“Concentre-se, Gregório”, pensei, voltando os olhos para os slides que passavam à frente. Eles falavam de projeções, números, planos de expansão. Tudo o que, normalmente, capturaria meu interesse. Mas hoje… hoje parecia diferente, a minha mente não conseguia focar em nada direito — nada que não fosse… ela.A reunião finalmente terminou e saí do restaurante onde nos reunimos com os outros administradores como se eu estivesse fugindo de um incêndio, pronto para voltar ao esc
Mason LionDirigir pela cidade de manhã sempre teve um efeito quase terapêutico em mim. Era meu momento para organizar os pensamentos e me preparar para o que quer que o dia me trouxesse. Mas naquela manhã, isso estava longe de ser possível. Tudo o que me vinha à mente era o rosto da mulher — que depois eu descobri que se chamava Stacy — que eu ajudei na noite anterior, marcado pela dor e pelo medo.Eu ainda me lembrava dela descendo do carro na noite anterior, com aquele olhar perdido que me fez querer fazer mais. Mas o que mais poderia ser feito? Ela recusou qualquer ajuda real, ou qualquer providência que poderíamos tomar contra aquele filho da puta que atacou ela na noite passada.— Se precisar de mim, você tem meu número. Não importa a hora, Stayce. — Foi o que eu disse, com toda a firmeza que consegui reunir, enquanto ela segurava o papel com meu contato, antes de sair do meu carro.De volta ao escritório, tentei afundar no trabalho, mas parecia impossível. As horas passavam dev
Maitê BellO silêncio no meu apartamento parecia mais alto do que qualquer barulho que pudesse existir. Nem o som distante dos carros na rua, nem o zumbido da geladeira conseguiam romper a sensação de vazio que tomava conta de mim. Me encolhi no sofá, abraçando um cobertor, mesmo sabendo que o calor lá fora fazia isso parecer uma tolice.Minha mente estava uma bagunça. A noite anterior me parecia um borrão, mas as emoções ainda estavam ali, vívidas. Não importava o quanto eu tentasse racionalizar, a verdade continuava gritando: eu tinha feito aquilo por dinheiro.Minha primeira vez.Minha respiração ficou pesada e por um momento senti o peso da escolha como um muro desabando sobre mim. Não era como imaginei que seria. Não era especial, não era algo igual ao que eu sempre tinha idealizado. Foi uma decisão prática, motivada pela necessidade, pela vida apertando de todos os lados.A lembrança do depósito em minha conta piscou em minha mente. $300.000. Um valor que, de longe, resolvia mai
Gregório SmithEu não tinha o costume de esperar. Nunca precisei, para ser honesto. Quando eu queria algo, eu ia atrás e geralmente eu conseguia. Mas ali estava eu, parado dentro do carro estacionado em uma rua residencial simples, com os olhos fixos na entrada de um prédio de três andares, esperando.A cada minuto que passava, eu me perguntava se estava ficando louco. O que eu estava fazendo ali? Por que, em nome de tudo que sempre fiz questão de priorizar na minha vida, eu estava tão obcecado por Maitê?Não era só pela noite anterior. Sim, ela foi incrível, melhor do que eu esperava, mas havia algo nela que mexia comigo de um jeito diferente. A forma como ela me olhava, como se enxergasse algo além do Gregório Smith que todos conheciam. A maneira como ela parecia nervosa e confiante ao mesmo tempo. E, claro, aquele sorriso...Sacudi a cabeça. Pensar demais nisso não ia me ajudar. Eu precisava agir, precisava convencê-la de que aquilo que tivemos não precisava acabar, ou quem sabe...