Maitê BellPor um momento, fiquei sem palavras. Gregório Smith estava mesmo aqui, falando comigo como se fosse a coisa mais normal do mundo. Era surreal. Meu coração martelava e eu não sabia se conseguia esconder o nervosismo que parecia me dominar. Ele era tudo o que eu esperava e, ao mesmo tempo, mais do que imaginava. Vê-lo de perto, com aquela postura calma e aquele olhar que parecia atravessar qualquer camada de proteção que eu tentasse erguer, me deixava completamente desconcertada.— Aceita me fazer companhia por alguns minutos? Prometo que depois você pode voltar ao trabalho e não vou mais atrapalhá-la, mas... eu gostaria de te fazer uma proposta — ele disse, a voz suave e segura, cada palavra calculada para manter meu foco nele.Uma proposta? Eu o encarei, sem entender, e um sorriso lento surgiu em seu rosto. Ele tinha esse ar misterioso, como se estivesse acostumado a ver as pessoas reagirem a ele com fascínio, mas, naquele momento, não conseguia esconder um leve brilho de d
Maitê BellEu mal conseguia respirar quando voltei ao meu posto na entrada do evento. Cada passo parecia pesar uma tonelada, e meu coração ainda batia rápido demais. As palavras de Gregório ecoavam na minha mente como um martelo: "150 mil dólares por uma noite." Como ele podia pensar que eu aceitaria algo assim? E como eu podia estar aqui, de pé, ainda tentando processar tudo?É um absurdo, pensei. Mas, mesmo assim, a ideia teimava em voltar.Stayce notou minha expressão assim que me aproximei. Ela estava distraída com o movimento dos convidados, mas a preocupação no olhar dela era óbvia.— Maitê, o que aconteceu? Você está pálida! — perguntou, se inclinando ligeiramente em minha direção.Tentei desconversar, mas ela persistiu. E, no fundo, eu sabia que precisava falar com alguém. Respirei fundo, ajustei o crachá no meu uniforme e comecei a contar. Cada palavra parecia sair com dificuldade, mas logo toda a história estava ali, no ar. O convite dele, a proposta ardente, minha recusa. F
Maitê BellEu mal conseguia respirar quando voltei ao meu posto na entrada do evento. Cada passo parecia pesar uma tonelada, e meu coração ainda batia rápido demais. As palavras de Gregório ecoavam na minha mente como um martelo: "150 mil dólares por uma noite." Como ele podia pensar que eu aceitaria algo assim? E como eu podia estar aqui, de pé, ainda tentando processar tudo?É um absurdo, pensei. Mas, mesmo assim, a ideia teimava em voltar.Stayce notou minha expressão assim que me aproximei. Ela estava distraída com o movimento dos convidados, mas a preocupação no olhar dela era óbvia.— Maitê, o que aconteceu? Você está pálida! — perguntou, se inclinando ligeiramente em minha direção.Tentei desconversar, mas ela persistiu. E, no fundo, eu sabia que precisava falar com alguém. Respirei fundo, ajustei o crachá no meu uniforme e comecei a contar. Cada palavra parecia sair com dificuldade, mas logo toda a história estava ali, no ar. O convite dele, a proposta, minha recusa. Falei tud
Maitê BellEu não queria ser esse tipo de pessoa, eu realmente não queria. Pelo menos, era o que eu ficava repetindo para mim mesma enquanto via o salão começar a se esvaziar. As luzes suavemente diminuindo, as despedidas formais, as conversas dos últimos convidados. A noite estava quase no fim, e eu ainda estava lutando com a ideia que martelava na minha cabeça desde que Stayce falou. "Por que não?"A verdade era que ela tinha razão. Tudo fazia sentido de uma forma prática e brutal. Não era sobre sentimentos, romance ou ideais. Era sobre resolver problemas reais. Minha avó precisava de tratamento. Eu precisava da faculdade. E Gregório Smith? Bem, ele não era apenas o tipo de homem que qualquer mulher poderia desejar, ele era o tipo que fazia a ideia de ceder parecer menos uma rendição e mais uma oportunidade — ou seja, essa era uma das oportunidades que quase ninguém pensaria duas vezes, então… eu precisava parar com toda essa idealização dentro da minha cabeça o quanto antes.Eu su
Gregório SmithEu já estava aceitando o fracasso.Era frustrante, claro, e muito além do que eu estava acostumado. Cinco vezes. Eu havia tentado me aproximar de Maitê cinco vezes, apenas para ser barrado. Não era algo que acontecia comigo. Na verdade, eu não conseguia lembrar a última vez em que uma mulher havia sequer hesitado em aceitar um convite meu. Mas Maitê... ela era diferente. Ela me enfrentava com uma firmeza que eu não via há muito tempo, e isso, mais do que qualquer outra coisa, me deixava fascinado.Depois da última tentativa, cheguei a considerar uma abordagem mais agressiva. Talvez uma oferta maior, algo que não pudesse ser recusado. Um milhão de dólares, talvez. Quem em sã consciência diria não a isso? Mas, mesmo enquanto pensava nisso, sabia que não era só sobre dinheiro. Ela era orgulhosa e inteligente. E, por mais que o dinheiro resolvesse boa parte dos problemas dela, Maitê queria ser vista, não comprada.Então, quando vi a noite se aproximando do fim e percebi que
Mason LionEu sempre reconheci a expressão de vitória no rosto de Gregório. Anos ao lado dele, o observando em eventos, reuniões e até nas poucas vezes que relaxava em ambientes mais descontraídos, me ensinaram a notar os sinais. Ele não precisava dizer nada — estava no jeito que caminhava, no olhar que carregava um peso a menos, no sutil levantar dos cantos da boca. Era a confirmação silenciosa de que Gregório tinha conseguido o que queria — como sempre.Então, quando ele se aproximou e pediu que eu cuidasse de Amélia, não fiz perguntas. Apenas assenti, o deixando ir embora sem complicar as coisas. Era evidente que ele lidava com algo pessoal, e sabia que me meter seria algo que… eu não deveria fazer — até porque, eu tinha a leve impressão de que o que quer que fosse, eu não iria preferir não saber.Amélia, no entanto, nunca facilitava o meu trabalho, e mesmo quando eu pedia aos céus para que ela tivesse um pouco de compaixão pela minha alma em dados momentos… Deus parecia não querer
Maitê BellO silêncio da sala era quase ensurdecedor. O ar estava pesado, não porque o ambiente fosse fechado ou desconfortável, mas porque minha mente não parava. Eu me perguntava, pela milésima vez, o que exatamente estava fazendo ali. A chave ainda estava na minha mão, como se fosse um lembrete físico de que eu poderia sair a qualquer momento, mas minhas pernas não se moviam. Eu já havia tomado uma decisão. Agora, era só esperar.Ouvi passos no corredor e meu coração disparou, como se fosse sair do meu peito a força. Não precisei olhar para saber que era ele. A porta se abriu suavemente e lá estava Gregório, impecável como sempre, mas com algo diferente no olhar. Determinação, talvez. Ou curiosidade. Ele fechou a porta atrás de si e parou por um instante, me observando.— Você veio — disse ele, com aquele tom de voz baixo e controlado, como se já soubesse a resposta. — Achei que você fosse desistir de mim.— Achei que você fosse desistir de mim — respondi, enquanto tentava parecer
Maitê BellO ar da noite estava gelado, mas eu mal sentia o frio. Gregório estava tão perto, colado em mim, que tudo o que eu sentia era o calor que irradiava do corpo dele. Nós estávamos na varanda e a cidade brilhava lá embaixo, mas o mundo parecia ter parado. Não havia nada além das nossas respirações rápidas e o som abafado do vento. Quando nossos lábios se encontraram de novo, o beijo foi devagar, mas faminto, como se cada segundo precisasse ser aproveitado ao máximo.Senti quando ele deslizou o zíper do meu vestido pra baixo. O tecido escorregou pela minha pele e caiu no chão sem nenhum som, me deixando só de calcinha, com os mamilos endurecendo pelo frio, ou talvez pela excitação. O jeito como Gregório me olhava, com aquela intensidade que sempre me fazia tremer, me deixou ainda mais nervosa e ansiosa. Ele passou os dedos pelos meus seios e eu gemi baixinho, puxando ele pra mais perto.Com calma, ele abaixou a cabeça e começou a beijar minha pele, os lábios fazendo um caminho l