Capítulo 5

Ele estava cheio de desejo incontrolável, impaciente para possuí-la.

Além disso, Stella se mostrava irresistível sob o seu corpo. Mesmo que Matheus não a amasse, era inegável que ele gostava muito do corpo dela.

Ele se sentia no direito e estava prestes a possuí-la.

Stella apertou suas mãos em seus ombros, sua respiração estava desordenada:

- Matheus, nos últimos dias eu não tomei a pílula, posso engravidar.

Ao ouvir isso, Matheus parou.

Por mais que desejasse ela, ele não perdeu a razão. Ele não queria ter um filho nesse casamento com Stella, pelo menos não agora.

Após um momento, ele riu com desprezo:

- Parece que você tem pensado muito nesses últimos dias!

A resistência dela não tinha importância para ele. Matheus apoiou uma mão ao lado do corpo dela e com a outra abriu a gaveta da mesa de cabeceira, pegando uma caixa lacrada de preservativos Durex.

Enquanto ele ia abrir a embalagem, o celular tocou!

Matheus não se importou, abriu o pacote do preservativo com uma mão, se inclinou sobre Stella e a beijou, enquanto ela balançava a cabeça tentando se soltar...

O toque do celular continuava.

Finalmente, Matheus atendeu com descontentamento.

Do outro lado da linha estava sua mãe, Gisele Campos.

Gisele falava com um tom indiferente:

- Matheus, sua avó não está se sentindo bem. Volte para vê-la! Ah, traga Stella também. Sua avó disse que quer provar a mousse de maracujá feita por ela.

Provavelmente, Sra. Gisele não gostava muito deles, então tinha uma atitude fria.

Matheus segurou o corpo de Stella com uma mão, olhando para ela de cima com seus olhos negros... Parecia que ele estava considerando, então disse para o outro lado da ligação:

- Eu a levarei até aí em breve.

Desligando o telefone, ele se levantou e começou a se vestir:

- Minha avó está doente e quer te ver... Se você quer fazer um escândalo de divórcio, espere até voltarmos.

Stella, sem forças, ficou caída na cama. Após um momento, ela também se levantou silenciosamente e começou a se vestir.

Matheus arrumou o zíper da calça e lançou um olhar para a figura esbelta de Stella e para a caixa de preservativos ainda intacta na mesa de cabeceira. Ele apertou os lábios e saiu primeiro.

Quando Stella desceu as escadas, Matheus estava sentado no carro fumando.

O céu estava tingido com as últimas cores do crepúsculo, a luz era amarelada e esmaecida.

Stella usava uma blusa de seda branca e uma longa saia preta feita do mesmo tecido, que chegava até os pés, revelando apenas um trecho de pernas brancas e delicadas.

Ela pensou em se sentar no banco de trás, mas Matheus abriu a porta do passageiro dianteiro:

- Entre no carro.

Stella não tinha escolha e entrou em silêncio.

O Bentley preto saiu lentamente pela porta da mansão. Matheus segurava o volante com uma mão, concentrado na estrada, olhando ocasionalmente para Stella pelo retrovisor.

Casados havia três anos, Stella raramente entrava no carro dele, e agora, com a intenção de se divorciar, naturalmente estava em silêncio.

Ambos permaneceram calados.

Após meia hora, o carro adentrou uma mansão em uma colina. Quando o portão preto esculpido se abriu, as luzes da casa se acenderam, como se fosse pleno dia.

O carro parou e Matheus se virou para olhar Stella:

- Minha avó está frágil e não suporta estresse. Você sabe o que dizer mais tarde.

Stella abriu a porta do carro com indiferença:

- Pode ficar tranquilo.

Matheus a observou por um momento enquanto ela se afastava e então correu alguns passos para alcançar a mão de Stella. Ele sentiu sua resistência, e apertou firmemente sua mão:

- Não se esqueça do que você acabou de dizer.

Os dedos de Stella se encolheram ligeiramente, mas ela não o soltou.

Na sala de estar, Gisele os aguardava. Ao vê-los entrando de mãos dadas, ela franziu levemente a testa, mas logo falou em tom baixo:

- O Dr. Yuri acabou de sair. Vão ver a vovó.

Após falar, ela olhou para Stella.

Stella chamou-a de sogra por um momento antes de Gisele responder com relutância.

Normalmente, Stella ficaria desanimada com essa resposta, mas agora ela nem se importava com Matheus, então como poderia se importar com isso... A voz de Matheus soou em seu ouvido:

- Vamos visitar a vovó.

Ao entrarem no quarto, a idosa estava deitada na cama, gemendo de desconforto... Mas ao ver Matheus trazendo Stella consigo, seus velhos olhos se iluminaram imediatamente:

- Esperei tanto por você, minha querida Stella.

Matheus a empurrou para frente.

Ele se inclinou para sussurrar no ouvido da idosa:

- Vovó, sabendo que você não está bem, trouxe a Stella que você queria ver.

A velha senhora sorriu com os olhos semicerrados.

Mas ela fingiu não ouvir claramente e esticou os ouvidos, perguntando em voz alta:

- O quê? Vocês dois estão planejando ter um filho?... Matheus, ter um filho é importante, não precisa se preocupar comigo, eu já sou mais velha.