Stella era bonita e tocava violino muito bem. O responsável lhe pagava 300 reais por apresentação, e em dias movimentados, Stella tinha que fazer três ou quatro apresentações por dia. Ela tocava pelo menos seis horas por dia, seus dedos alongados desenvolviam calos e bolhas.A vida era difícil, com idas e vindas constantes, mas Stella nunca se arrependeu. Ela não ligava para Matheus e ele também não a contatava. Às vezes, ela o via nas notícias, participando de jantares e adquirindo empresas. Em todas essas ocasiões, Matheus era elegante e distinto.No passado, Stella ocasionalmente o acompanhava nessas ocasiões e se sentia secretamente atraída por sua postura confiante. Mas agora, quando olhava para essas coisas, Stella só sentia distância e estranheza.…Ao entardecer, no topo do hospital.Stella estava sentada em silêncio. Ao seu lado, havia uma lata de refrigerante gelado que ela havia comprado na loja de conveniência. Antes, ela não beberia esse tipo de bebida, por não ser sau
Por volta daquela época, Hana chamou muita atenção e acabou despertando a Sra. Gisele. A Sra. Gisele procurou Stella. Naquele momento, Stella estava se apresentando em um shopping center, usando um vestido barato alugado pela companhia de shows, com adesivos cobrindo os cortes em suas mãos de tocar violino. Se não fosse dito, quem poderia imaginar que ela era a esposa do presidente do Grupo Wellfresh?A Sra. Gisele estava parada na plateia, com uma expressão séria. Stella a viu e pausou por um momento, mas logo se concentrou novamente em tocar seu violino. Durante o intervalo, a Sra. Gisele se aproximou com uma atitude fria e distante: - Há um café lá fora, estarei esperando por você lá. E então ela se afastou.Stella continuou a limpar seu violino. Seu colega ao lado estava preocupado e se aproximou sussurrando: - Stella, você está em apuros? Aquela mulher parece não ser alguém fácil de lidar! Stella balançou a cabeça com um sorriso leve: - Está tudo bem! É apenas um conhec
A janela do carro se abriu parcialmente, revelando o rosto distinto de Matheus. Ele usava um clássico terno preto e branco, como se tivesse acabado de sair de um lugar formal. Havia uma leve sensação de relaxamento em todo o seu corpo, contrastando com a aparência desgrenhada de Stella. Através da noite chuvosa, os olhares deles se encontraram, em silêncio.Stella tremia com o frio, seus lábios tremiam. Ela segurava o violino com firmeza, agarrando-o como se fosse a última tábua de salvação em sua vida. Ela sabia que Matheus estava lhe oferecendo uma saída. Agora, tudo o que ela precisava fazer era ceder, entrar no carro. Em breve, teria um cobertor limpo e água quente. Não precisaria mais se apresentar no shopping pela manhã. Acordaria naquela luxuosa e macia cama, voltando a ser a Sra. Soares. Mas isso não era o que ela queria!Stella permaneceu parada na chuva, encarando Matheus em silêncio. A chuva aumentava, molhando seus cílios e embaçando o olhar de ambos. Por cerca de u
Stella voltou correndo para a casa alugada. Lá embaixo, Paula a esperava ansiosamente segurando um guarda-chuva.Stella diminuiu o passo: - Sra. Paula, por que a senhora voltou?Ao chegar em casa, Paula pegou uma toalha e secou o cabelo de Stella, enquanto dizia: - Eu estava preocupada e decidi dar uma olhada. Com essa chuva forte, por que você não pegou um táxi?Stella respondeu suavemente: - Não é fácil pegar um táxi com essa chuva.Paula a apressou para tomar um banho e preparou uma sopa quente para aquecê-la quando ela saiu.Enquanto Stella tomava a sopa, Paula hesitou e perguntou: - E quanto ao divórcio com Matheus?Stella hesitou por um momento e então continuou tomando sua sopa, apenas sussurrando baixinho: - Ele não quer se divorciar! Por enquanto, não consegui encontrar um advogado disposto a assumir o caso de divórcio, mas eu pedi uma separação. No máximo, em dois anos, conseguirei me divorciar mesmo que ele não queira.Paula não disse mais nada. Ela silenciosamente ap
Stella se sentiu desconfortável com tanta intimidade.Ela estava prestes a recusar quando Galvão pegou uma marmita do banco do passageiro: - Minha mãe fez guioza à mão, recheados com seu adorado recheio de aipo. Me deixe levá-los até você.Stella ficou um pouco envergonhada: - Agradeça à sua mãe por ainda se preocupar comigo!Galvão sorriu gentilmente e abriu a porta do passageiro: - Entre, estou indo na mesma direção, posso te levar para casa.Stella não pôde mais recusar.Ela entrou no carro e apertou o cinto de segurança: - Obrigada pela gentileza.Galvão segurou o volante com as duas mãos e olhou de lado para ela, segurando a marmita. Seu olhar era caloroso: - Se estiver com fome, abra e coma, ainda estão quentes.Stella não queria parecer muito íntima, além de ter medo de sujar o carro dele, sacudiu a cabeça: - Prefiro comer em casa.Galvão não a pressionou, e acelerou suavemente. Ele falou animadamente por um momento: - É bom saborear em casa!O carro branco partiu lentame
Matheus e ela foram casados por três anos.Ele sabia como fazê-la se envolver rapidamente, como fazê-la se sentir confortável, como fazê-la se contorcer e gemer incontrolavelmente.Na escadaria escura e antiga, os dois se entrelaçavam.Ambos tinham recebido uma educação de elite desde pequenos. Stella era a dama mais tradicional de uma família nobre, e Matheus era tão exigente com seu ambiente a ponto de parecer um tanto obsessivo.No entanto, ele não podia se importar menos com isso agora.Tudo o que ele queria era ver o desejo em seus olhos, vê-la chorar em seus braços e ouvi-la gemer com uma voz rouca e impotente, inconscientemente chamando por seu nome...Stella estava à beira do colapso: - Não é verdade! Eu não fiz isso!Sua voz era rouca, tremendo, mas apenas aumentava o desejo do homem de torturá-la.Cada luta insignificante que ela tentava era reprimida firmemente por Matheus, seguida por tratamentos mais rudes e humilhantes. Ele até se inclinava próximo ao ouvido dela, sussur
Quando Stella saiu, suas pernas tremiam.Mas ela se esforçava para esconder, não queria que Matheus percebesse, para evitar mais humilhação.No fim, o que era isso?Apenas uma transa, nos últimos três anos, Matheus a submeteu a tantas posições sexuais degradantes, isso só acrescentava mais uma.Além do mais, naquele momento nem tiveram relações de verdade!O corredor ainda estava escuro, impregnado com a aura sexual de encontros íntimos. Stella segurou a caixa de guiozas caídas, juntamente com o violino jogado no canto.Ela arrastou seu corpo exausto de volta para casa, prestes a abrir a porta, quando uma voz soou: - Stella!As luzes do corredor se acenderam de repente.Stella viu um rosto familiar e inconscientemente murmurou: - Kelly.Depois de um momento, ela recobrou a consciência: - Como você veio parar aqui?- Fui ao hospital, com o endereço que a Paula me deu. - Kelly disse, levantando o queixo. - Acabei de sair do avião e vim direto, faça algo para eu comer, estou com fome h
Stella soltou um murmúrio: - Eu sei sobre isso! Foi o Matheus que o convidou.Kelly ficou chocada: - Então essa amante é a Hana? Stella, por que essas duas pessoas não desaparecem? Se não fosse por aquele acidente no passado, você já teria ido para o exterior estudar com o Mestre Jay. Não precisaria ficar servindo o Matheus!Kelly deu uma tragada no cigarro, tentando se acalmar.Por fim, ela desabafou: - Matheus é tão nobre, mas o preço que você pagou por uma noite com ele é simplesmente absurdo!Ela pensou que Stella iria recuar.Mas Stella falou calmamente: - Mestre Jay me ligou. Ele disse que espera que durante os quatro anos em que ele estiver no país, eu possa estudar com ele.Kelly ficou emocionada, apagou o cigarro:- Stella, se você perder essa oportunidade, eu nunca vou te perdoar.Stella sorriu levemente: - Eu sei.Sentindo-se aliviada, Stella arrumou os pratos e tomou um banho antes de voltar para a cama.Kelly já estava dormindo.Stella se deitou ao lado dela e não res