Matheus raramente mostrava generosidade, mas Stella recusou sua oferta.Ela encolheu os dedos delicados.Matheus, impaciente, perguntou: - O que você realmente quer?Stella sussurrou baixinho: - Divórcio! Eu quero me divorciar de você.Matheus estava ocupado com o trabalho e Stella continuava brigando com ele, se recusando a voltar para casa. Naquela manhã, ele não conseguia encontrar os botões de punho certos e estava bastante aborrecido. Justo quando estava prestes a explodir de raiva, ele avistou um BMW branco estacionado à frente, onde Galvão conversava com uma enfermeira.Isso o deixou ainda mais incomodado, sua língua pressionando o céu da boca.Nesse momento, seu celular tocou. Era a secretária Lucinda ligando. Matheus atendeu, com um tom não muito amigável: - O que foi?A secretária Lucinda cumpriu seu dever e informou: - A Srta. Hana acabou de se levantar e escorregou, possivelmente machucando os nervos da perna. Ela está de mau humor agora, Presidente Matheus, você quer i
Dois dias depois, Stella vendeu a casa.A propriedade de valor de mercado de 50 milhões foi negociada por 28 milhões, e Paula xingou a ganância da outra parte.Stella, porém, apertou os dentes: - Vou vender!Porque o irmão dela não poderia esperar mais na prisão, além das despesas do advogado, a família Celeste tinha enormes dívidas para pagar. Sob diversas pressões, Stella não tinha escolha.Após vender a casa, ela encontrou uma maneira de se encontrar com Marcelo.Marcelo, com uma aparência bonita e distinta, costumava atrair a atenção de muitas herdeiras ricas. Agora, porém, ele estava um pouco abatido, e ele e Stella conversavam através de um vidro.- Procure um advogado chamado Haroldo Lopes. Stella, ele pode ajudar a mim e a você.Stella queria perguntar mais informações, mas o tempo de visita terminou e Marcelo seria levado embora.Ele olhou para a irmã, revelando em seu olhar muita relutância. Sua irmã Stella, desde pequena, era a joia da família Celeste, mas agora ela estava
Stella mal teve tempo de reagir quando ele já estava ao seu lado, segurando seu queixo delicado e pressionando irritado: - A última opção que resta para você é se tornar uma prostituta?Stella tremia por inteiro.Ela não negou.Matheus não se irritou, apenas sorriu de forma provocante, se aproximando dela como se estivessem em uma conversa íntima: - Para quem você poderia se tornar uma prostituta? Aqui na Cidade B, usando o nome de Sra. Soares, quem teria coragem de te querer? Além disso, você aguentaria outros homens tocando em você? Os homens tratam as prostitutas com violência, assim como eu fiz na nossa noite de casamento. Você já se esqueceu o quanto doeu?Stella ficou pálida.Ela se lembrava claramente da noite de núpcias, quando Matheus a tratou brutalmente como vingança.Aquela noite, Stella quase foi morta na cama por ele.Matheus percebeu que estava indo longe demais. Ele a soltou e acariciou gentilmente o rosto dela: - Volte a ser a Sra. Soares, e tudo será como antes.O
Stella estava em um estado lamentável.Matheus, por outro lado, estava impecavelmente vestido, exceto por algumas manchas líquidas em suas calças escuras, revelando um certo ar de lascívia.As mãos de Stella tremiam tanto que ela mal conseguia segurar os pequenos botões delicados.Matheus ficou ao lado, observando com desdém, sem oferecer ajuda.Ele acariciou instintivamente os punhos da camisa, mas não os encontrou, franzindo a testa involuntariamente.Ele ainda não havia encontrado as abotoaduras, mas neste momento ele não podia se dar ao luxo de perguntar sobre elas.Depois de um tempo, Stella finalmente se arrumou.Ela ergueu os olhos para Matheus, que também a olhava, com um olhar profundo e enigmático que ela não conseguia decifrar, mas Stella não queria entender. Ela falou com um tom de desânimo: - Matheus, estou realmente cansada! Vamos nos separar em bons termos!Depois de dizer isso, ela abriu a porta e saiu.Desta vez, Matheus não a impediu.Ele apenas ficou ali, observando
Stella era bonita e tocava violino muito bem. O responsável lhe pagava 300 reais por apresentação, e em dias movimentados, Stella tinha que fazer três ou quatro apresentações por dia. Ela tocava pelo menos seis horas por dia, seus dedos alongados desenvolviam calos e bolhas.A vida era difícil, com idas e vindas constantes, mas Stella nunca se arrependeu. Ela não ligava para Matheus e ele também não a contatava. Às vezes, ela o via nas notícias, participando de jantares e adquirindo empresas. Em todas essas ocasiões, Matheus era elegante e distinto.No passado, Stella ocasionalmente o acompanhava nessas ocasiões e se sentia secretamente atraída por sua postura confiante. Mas agora, quando olhava para essas coisas, Stella só sentia distância e estranheza.…Ao entardecer, no topo do hospital.Stella estava sentada em silêncio. Ao seu lado, havia uma lata de refrigerante gelado que ela havia comprado na loja de conveniência. Antes, ela não beberia esse tipo de bebida, por não ser sau
Por volta daquela época, Hana chamou muita atenção e acabou despertando a Sra. Gisele. A Sra. Gisele procurou Stella. Naquele momento, Stella estava se apresentando em um shopping center, usando um vestido barato alugado pela companhia de shows, com adesivos cobrindo os cortes em suas mãos de tocar violino. Se não fosse dito, quem poderia imaginar que ela era a esposa do presidente do Grupo Wellfresh?A Sra. Gisele estava parada na plateia, com uma expressão séria. Stella a viu e pausou por um momento, mas logo se concentrou novamente em tocar seu violino. Durante o intervalo, a Sra. Gisele se aproximou com uma atitude fria e distante: - Há um café lá fora, estarei esperando por você lá. E então ela se afastou.Stella continuou a limpar seu violino. Seu colega ao lado estava preocupado e se aproximou sussurrando: - Stella, você está em apuros? Aquela mulher parece não ser alguém fácil de lidar! Stella balançou a cabeça com um sorriso leve: - Está tudo bem! É apenas um conhec
A janela do carro se abriu parcialmente, revelando o rosto distinto de Matheus. Ele usava um clássico terno preto e branco, como se tivesse acabado de sair de um lugar formal. Havia uma leve sensação de relaxamento em todo o seu corpo, contrastando com a aparência desgrenhada de Stella. Através da noite chuvosa, os olhares deles se encontraram, em silêncio.Stella tremia com o frio, seus lábios tremiam. Ela segurava o violino com firmeza, agarrando-o como se fosse a última tábua de salvação em sua vida. Ela sabia que Matheus estava lhe oferecendo uma saída. Agora, tudo o que ela precisava fazer era ceder, entrar no carro. Em breve, teria um cobertor limpo e água quente. Não precisaria mais se apresentar no shopping pela manhã. Acordaria naquela luxuosa e macia cama, voltando a ser a Sra. Soares. Mas isso não era o que ela queria!Stella permaneceu parada na chuva, encarando Matheus em silêncio. A chuva aumentava, molhando seus cílios e embaçando o olhar de ambos. Por cerca de u
Stella voltou correndo para a casa alugada. Lá embaixo, Paula a esperava ansiosamente segurando um guarda-chuva.Stella diminuiu o passo: - Sra. Paula, por que a senhora voltou?Ao chegar em casa, Paula pegou uma toalha e secou o cabelo de Stella, enquanto dizia: - Eu estava preocupada e decidi dar uma olhada. Com essa chuva forte, por que você não pegou um táxi?Stella respondeu suavemente: - Não é fácil pegar um táxi com essa chuva.Paula a apressou para tomar um banho e preparou uma sopa quente para aquecê-la quando ela saiu.Enquanto Stella tomava a sopa, Paula hesitou e perguntou: - E quanto ao divórcio com Matheus?Stella hesitou por um momento e então continuou tomando sua sopa, apenas sussurrando baixinho: - Ele não quer se divorciar! Por enquanto, não consegui encontrar um advogado disposto a assumir o caso de divórcio, mas eu pedi uma separação. No máximo, em dois anos, conseguirei me divorciar mesmo que ele não queira.Paula não disse mais nada. Ela silenciosamente ap