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O dono da boate é tarado

— O que você sabe fazer? — Um coroa gorducho, com uma gravata mal amarrada e uma careca horrível no meio da cabeça, me entrevistava no escritório da tal boate. Só agora me toquei que realmente estou fazendo isso.

Porque eu não procuro emprego numa padaria? Ah, tem que trabalhar o dia todo...

— Eu...eu sei cantar... — fui sincera.

— Humm, isso é bom. A gente não tem nenhuma que cante aqui. — balançou a cabeça coçando a barba. — E Strippteas? Você já deve ter feito com algum namoradinho, não é? — abriu um sorriso mal intencionado.

Não. Na verdade, eu nunca fiz. Mas eu preciso desse emprego. De algum emprego.

Eu podia perguntar se tem vaga pra limpeza.

— Sim. Várias vezes. — assenti na maior cara de pau.

Ele deu outro sorriso mal intencionado. Como se já esperasse isso de mim.

— Ok. Maravilha. Só falta o último teste para saber se você é boa o suficiente para trabalhar pra mim. — levantou e fechou a porta, depois se encostou na mesa, bem na minha frente, cruzou os braços e me encarou.

— Tira a sua roupa. — isso soou como uma ordem.

— Pra... quê? — fiquei assustada. Ele quer se aproveitar de mim é isso?

— Tire a sua roupa! Eu preciso ver seu corpo. Se é bonito. E tire com sensualidade. — cruzou as pernas e esperou com uma cara de velho tarado.

— Eu não vou fazer isso. Eu tenho vergonha.

— Você quer o emprego ou não? Aqui não é lugar de vergonha menina, e acredite, o único lugar que você vai arranjar trabalho e ganhar alguma grana vai ser aqui. Porque pela sua 0 experiência e seus vários dotes que se resumem em cantar, você não arranja trabalho em canto nenhum.

J**a na minha cara! Isso! Me deixa mais constrangida!

Droga de emprego!

Desabotoei minha blusa e a tirei lentamente, depois abri o botão e o zíper do meu short e o derrubei no chão. Fiquei só estou usando isso e a lingerie.

Eu não sou a pessoa mais sensual do mundo e nem sei sensualizar. Na verdade, eu tirei a roupa pra ele do mesmo jeito que tiro quando vou tomar banho.

— Pronto. — falei olhando pra ele e abracei meu corpo.

— A lingerie também. Eu gosto de analisar tudo.

Era só o que me faltava.

— Eu não vou me prostituir. Não vou precisar mostrar tudo a ninguém! — me senti ofendida.

— Você quer que eu tire? Eu posso tirar. — sugeriu me olhando seriamente. Será que ele pensa que o que tá pedindo é respeitoso? Eu não tô vendendo meu corpo.

— Sacanagem isso. Esse emprego é uma pegadinha? — olhei pros cantos da parede.

— Isso é coisa séria garota. Essa boate me rende milhões por ano, graças a qualidade do que oferecemos. Você quer que eu te ajude, né? Eu ajudo. — veio pra cima de mim.

— Não toca em mim. — dei um passo pra trás na defensiva. — Eu tiro essa porra.

Abri meu sutiã e o tirei, depois abaixei minha calcinha e deixei ali mesmo pra ficar mais fácil de levantar. Abracei meus peitos pra cobrir os mamilos. A merda da sala era bem fria.

— E agora? Satisfeito?!

— Agora sim. — Ele andou envolta de mim me analisando enquanto estou de pé.

Que constrangedor. Nunca pensei que precisaria passar por isso na minha vida.

— Você é muito gostosa, Luna. Eu te comeria agora mesmo. Nossos clientes vão amar te ver fazendo streppteas.

Me deu uma ânsia de vomito agora...

— Mas eu não vou precisar ficar nua não né?! — perguntei preocupada.

— Quanto mais roupa tirar, mais você ganha. É decisão sua. — Ele sentou na poltrona. — Contratada. Se vista e só volte 22:30, que agora eu vou bater uma punheta pensando em você, ou se demorar eu te como. — sorriu malicioso esfregando suas partes íntimas por cima da calça enquanto eu me visto.

Velho escroto!

Saí dali o mais rápido que pude.

Mensagens

Jéssica

E aí? Conseguiu? Como foi?

Luna

Sim. Consegui. Começo hoje. Mas foi uma droga de entrevista. Merda, eu não queria isso pra mim (emoji com raiva e chorando).

Jéssica

Ótimo. Chega de chororo. Como é o patrão?

Luna

Nada pervertido (emoji com raiva e vomitando).

 

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