— Não Joseph! Você tá roubando! — desfiz o movimento que meu irmãozinho fez. Ele sempre se acha esperto nos jogos. Por isso ficou rindo feito um psicopata.
— Aaron, você vai sair hoje de novo? — me perguntou com uma voz doce.
— De novo? Achei que tinha o deixado dormindo ontem! —
fiquei surpreso.— Eu tava. Mas depois eu acordei e não te achei.
Se meu pai sonha com isso me mata.
— Eu saí um minutinho. — fiz um movimento no jogo.
— Você foi atrás delas?
— Delas quem?
Ele fez um movimento, depois me respondeu. — As suas amigas que você disse no telefone. Amigas putas.
Para um garoto de 5 anos ele é muito espertinho.
— Joseph! — o repreendo rindo. — Não fala isso na frente do nosso pai, nem de ninguém. Elas não são minhas amigas putas. São minhas amigas professoras.
— Ah. Entendi. -— mexeu no jogo. — Eu tenho uma nova professora. Ela é linda.
— Sério? Eu não a vi quando fui te buscar. — fiz um movimento.
— Ela já tinha ido embora naquela hora. Você chegou muito tarde.
— Vou passar a te buscar na escola mais cedo então.
Vai que é bonita mesmo...criança sempre é bem sincera.
— Você é feio, Aaron. Ela não vai querer ser sua namorada.
Que garoto debochado! Credo.
— Eu não sou feio! E se eu for, você também é viu! Você é a minha cara. — comecei a fazer cócegas nele, que se encolheu rindo. — Fala agora! Fala quem é feio!
— Aaron é feio! — ele falou rindo.
— Quem é feio? — continuei a fazer cócegas.
— Papai. Ele é feio!
Comecei rir. Ele nunca diz que é feio.
— Vamos fazer um trato. — parei com as cócegas. — Eu tenho que encontrar uma professora minha. Então você fica quietinho com a Margarida?
— Eu queria que você ficasse aqui comigo, Aaron! — choramingou me abraçando.
— É rapidinho. Eu juro.
— Você traz doce pra mim? — cochichou esperançoso.
— Okay, eu trago. — cochichei sorrindo. A Margarida não gosta que ele coma doce.
Chegou a hora de dar um passeio na boate do meu pai.
— É sua primeira vez, não é? — Uma mulher, mais velha do que eu, perguntou reparando na minha total falta de jeito, ela está nua e vestindo um sutiã brilhante enquanto eu estou assustada com a desinibição dessas mulheres, que se trocam na frente de todas.— Sim. — assenti olhando pra qualquer canto.Eu estou amargamente arrependida de ter aceitado isso. Esse mundo não é pra mim.Sou a garota que prefere ficar na frente da TV assistindo filmes e séries com meus amigos, usando um pijama folgado e nada atraente. Eu nunca fui a que quer ir a uma festa da universidade, não bebo álcool nem uso drogas, perdi minha virgindade com meu melhor amigo nerd e as maiores relações que tive foi com meu namoradinho antissocial que faz intercâmbio em Paris. Ele nem sonha com isso.— Okay. Ouvi dizer que você vai cantar. Ótimo. Você canta e a gente dança. — terminou de se vesti. — Veste esse maiô de couro, calça essa bota de veludo e bota essa máscara e luvas pretas, que só vai cobrir seus olhos. Eu usei
Cheguei na boate e procurei alguma garota pra me satisfazer. Mas alguém começou a falar no microfone e me chama a atenção.— BOA NOITE. SEJAM BEM VINDOS MAIS UMA VEZ A NOSSA BOATE. ESTA NOITE TEMOS UMA NOVIDADE. CURTAM A SEDUTORA LITTLESUN.Nunca ouvi falar dessa garota, e eu conheço todas as putas que trabalham aqui.Resolvi sentar e assistir ao show. Quero saber o que meu pai tá aprontando dessa vez.De repente se acende uma luz e uma bela silhueta aparece fazendo uma dança sensual. A melodia da música e aquele movimento já mexem comigo. Logo as meninas apareceram dançando no palco e a garota começou a cantar.A música falava sobre uma garota antissocial, que não gostava de onde estava.Ela dança com timidez e ainda assim consegue dançar melhor que todas as outras, pelo menos pra mim. Seu corpo parece intocado. Parece tão próximo e ainda assim tão distante de alguém poder tocar.A cortina subiu e ela apareceu com uma roupa de couro colada em seu corpo esbelto e uma máscara cobrindo
Voltei a boate novamente. Eu preciso rever essa Luna. Eu preciso comer essa garota.Na porta da boate encontrei nosso segurança desorientado.— O que houve, John?— A boate está lotada. Todos querem ver a nova garota.Mas que droga!— Me deixa entrar.Passei na frente dos outros caras, que ficam reclamando.— Eu sou filho do dono, idiotas! — gritei.Não há mesa vazia em lugar algum, só dá pra ver o sorriso do meu pai, feliz de tanto dinheiro que está ganhando.As luzes se apagaram e o show começou.Aquela silhueta aparece novamente. Dessa vez se mexendo mais sensualmente do que na noite anterior. Os homens gritam enlouquecidos.Ela canta a mesma música e as meninas aparecem dançando nos poly dance.Só vejo os homens apertando suas calças. Praticamente se masturbando. Eles jogam dinheiro e colocam nas calcinhas das meninas. Mas eu só a espero aparecer.E logo ela aparece.Dessa vez ela está numa lingerie bem mais reveladora. Mas com a mesma máscara. Sua lingerie é preta e só tem o suti
Estava distraída por um tempão lembrando do tanto de dinheiro que eu ganhei na noite anterior na boate. Caramba, eu ganhei quase mil!Tenho que concordar com a minha amiga. Esse negócio de putaria dá muito dinheiro mesmo.— Você estava maravilhosa cantando aquela música ontem.— Obrigada. — agradeci automaticamente a uma voz masculina perto de mim.Pera. Quem disse isso?!Me virei e vi um belo, o mais belo e gostoso rapaz que meus olhos enxergaram na vida, além do meu namorado Justin.Ele está encostado de uma forma tão estilosa na porta quanto a sua roupa lhe cai bem.— Está muito famosa na boate.Quê?!Caminhei rapidamente até ele, tapei sua boca com minha mão direita e com a esquerda agarrei a gola da sua camisa e o arrastei pra dentro da sala, assustada.— Não fala essa palavra aqui. Por favor. — cochichei olhando em seus belos olhos claros.Ele sorriu e eu tirei a mão da sua boca. Ele tem um sorriso lindo.— É difícil acreditar. Sério! — falou ofegante.— Quem é você?? Anda me se
Não acredito nisso, mas dessa vez eu fiz questão de chegar cedo e sentar bem na frente do palco.Eu quero ver de perto essa garota transformada.Ela tem uma cara de garota quieta, daquelas que não saem pra lugar nenhum. Daquelas que nunca foram tocadas. Isso me excita mais ainda. É como um desafio. Eu preciso ganhar essa garota e deixa-la louca por mim. Eu quero fazê-la minha. Eu quero ouvir ela gritar meu nome entre gemidos.Dessa vez a música é diferente. Dangerous Woman, da Ariana Grande. Eu gosto dessa música. Reconheceria esse som em qualquer lugar.As cortinas se abrem e ela está sensualizando. Começa a cantar mais sedutora do que nunca. Ela anda até o poly dance que está a cinco palmos de mim. E o segurando dá uma volta por ele, agachando da forma mais sensual que eu poderia esperar.Ela levanta deslizando sua mão do tornozelo até o seio e sempre olha para os homens.Se balança segurando no poly dance e fica de frente pra mim. E de pernas abertas ela escala. Gira sua cabeça e o
Como ela se negou a transar comigo? Isso nunca aconteceu!Eu ainda estou sem entender, sério.Ou ela tá fazendo cu doce ou ela é uma garota bem diferente das outras.Vou insistir mais algumas vezes pra ver qual é a dela.— Joseph, a sua professora bonita. Você sabe onde ela mora? — perguntei enquanto comia um biscoito no sofá.— Eu tenho 5 anos. Claro que eu não sei. Eu nem sei onde a gente mora! — Ele levanta os ombros.Eu sou um idiota mesmo.— O que você tem, Aaron? Tá doente? Você ainda não saiu hoje. Camila, sua namorada, ligou e eu atendi. Porque você não falou que tinha namorada?Filha da puta!— Não, ela é uma mentirosa, Joseph. Eu não sou namorado dela.— Ah. Eu pensei que era. — chupou o dedo enquanto assistimos desenho.A Camila é muito sem noção. Ela acha que algum dia eu vou namorar com ela. Uma garota que transa com quase 10 caras toda a noite. Eu que não quero uma namorada desse tipo!— Você vai sair hoje à noite? — ele me olhou curioso.— Acho que sim. Preciso ver uma
LunaNo meu primeiro sábado e todos os próximos que trabalhar na boate, terei que passar o dia ensaiando com as outras meninas. Coisa que eu não fiz pra entrar.A boate é diferente de dia. Parece um simples salão de festas. Mas não significa que eu me sinto bem estando aqui.— Como você está Luna? Está gostando de trabalhar aqui? — uma das garotas perguntou sentando no palco a minha frente.— Bom... Me deu o que eu precisava. Que era dinheiro. Mais dinheiro do que eu pensei que podia ganhar.— Isso é porque você não sabe que pode ganhar mais. — ela se levantou e foi até o cesto com as plumas e enrolou uma em seu pescoço me olhando pra mim. — Dançar e ganhar esses dinheiros que os caras jogam só é uma distração. Dinheiro de verdade é quando você entra num daqueles quartos acompanhada de um desses caras ricos.— Eu não curto disso. — falei constrangida.Estou contente com o que ganhei cantando.— Nenhuma de nós gostava também. Até experimentar o poder. Quando eu não estou aqui, Luna, sa
— Luna, hoje eu quero que você fique mais um pouco. Depois de cantar eu quero que faça como as outras meninas. Dance na mesa. — Meu patrão pediu no escritório.— Mas eu nunca fiz isso. E eu estou contente ganhando só com o número musical.— Eu deixei você fazer apresentações rápidas porque era sua primeira vez essa semana. Mas agora quero te ver perto dos nossos clientes. Você deve fazer o que eu falar. Não tem nada demais nisso. Eles estão pagando caro pra ter você na mesa deles. Imagine o quanto vai ganhar?— Mas eu não sei fazer isso... O que eles vão fazer comigo?— Aiii, relaxa! Você vai treinar antes de fazer em público. Vou te dar o poder de escolher seu treinador. Eu ou meu filho Aaron.Um pior que outro.A gente passa por cada coisa pra ganhar um centavo...Eu vou vomitar se precisar olhar pra cara desse velho nojento enquanto eu danço.— O seu filho. — falei em voz baixa.Ele sorriu.— Já imaginava. — andou até a porta e a abriu. — AARON! — gritou.Logo ele apareceu. — Ensin