Cheguei na boate e procurei alguma garota pra me satisfazer. Mas alguém começou a falar no microfone e me chama a atenção.
— BOA NOITE. SEJAM BEM VINDOS MAIS UMA VEZ A NOSSA BOATE. ESTA NOITE TEMOS UMA NOVIDADE. CURTAM A SEDUTORA LITTLESUN.
Nunca ouvi falar dessa garota, e eu conheço todas as putas que trabalham aqui.
Resolvi sentar e assistir ao show. Quero saber o que meu pai tá aprontando dessa vez.
De repente se acende uma luz e uma bela silhueta aparece fazendo uma dança sensual. A melodia da música e aquele movimento já mexem comigo. Logo as meninas apareceram dançando no palco e a garota começou a cantar.
A música falava sobre uma garota antissocial, que não gostava de onde estava.
Ela dança com timidez e ainda assim consegue dançar melhor que todas as outras, pelo menos pra mim. Seu corpo parece intocado. Parece tão próximo e ainda assim tão distante de alguém poder tocar.
A cortina subiu e ela apareceu com uma roupa de couro colada em seu corpo esbelto e uma máscara cobrindo parte de seu rosto. Mas os olhos eu pude ver. Eram olhos bonitos, redondos e grandes, escuros, que chamavam muita atenção. Sua boca era carnuda e o vermelho vibrante do batom falava mais que sua voz. Ele estava me chamando. Chamando meu nome.Ela continuou tímida cantando sua à música que aparentemente combinava com seu jeito. Ela conseguiu ofuscar todas as meninas.
Quando terminou de cantar, recebeu uma grande salva de palmas. Todos os clientes procuram saber o seu preço. Eu pagaria qualquer valor por uma noite com essa garota.
Ela sorriu e agradeceu. Eles não aplaudem somente por sua sensualidade, mais também por seu talento. Ela canta muito bem.
De onde veio essa garota? Porque o meu pai não falou sobre ela?
Logo ela entrou no camarim e as outras meninas continuaram a dançar.
Levantei para perguntar quem é ela ao meu pai. Ninguém entra no camarim delas, senão eu já estaria lá.
— Aaron. — Camila segurou meu braço. Eu nem lembrava mais dela. — Você veio atrás de mim não foi?
— Desculpa Camila, mas eu tenho outros interesses hoje. — Soltei meu braço e caminhei até meu pai, que conversa com alguns clientes.
— Infelizmente ela não tem preço. Ainda não. — Meu pai explicava.
Como ela não tem preço?!
— Eu pago o que vocês pedirem pra ter uma noite com ela. — Um velho rico falou.
Nunca que uma garota como aquela vai querer trepar com um velho desses!
— Desculpa. Mas realmente ela não faz programa. Escolham outras garotas. Temos muitas.
Ele sai e os deixou lá conversando.
— Onde está o Joseph, Aaron? — me perguntou quando percebeu minha presença.
— Ele ficou com a Margarida. Quem é a garota nova, pai?
— É a LittleSun. Ela começou hoje e já é a garota mais desejada da boate. — isso estava o deixando aparentemente estressado, mas ele ainda sorria. — Isso é um ótimo negócio pra nossa empresa. Misteriosa, jovem e gostosa. Tudo o que os homens amam numa mulher.
— Ela não faz programa?
— Não. Ela é nova na coisa. Mas deixa passar um tempo que ela cede.
Assim espero.
Ela não voltou mais ao palco. Esperei a noite toda e nada. Não transei com ninguém, eu só consigo pensar naqueles olhos.
Eu preciso ter essa garota na minha cama.
*
Mordo suas costas e ela se empina toda vez que eu aperto, rebolando pra de mim. Já faz uma hora que estamos transando e eu já causei três orgasmos nessa vagabunda.
Mas dessa vez sinto que estou chegando ao meu.
Meti com mais força e rapidez do que em toda a transa. Ela segura a torneira da pia e eu ouvi o barulho dos seios balançando.
Ela geme alto. Como uma desesperada.
Subi minhas mãos por sua cintura até seus seios e as envolvi neles.
— Você é muito gostosa, Camila. — sussurrei ofegante enquanto ela gemia e gozava no meu pênis.
— E você ainda não quis nada comigo ontem.
Dei uma com muita força e gozei. Tirei meu pênis de dentro dela e a soltei, depois tirei a camisinha, amarrei e joguei no lixeiro.
— Quem é a garota nova? — perguntei por fim.
— Luna.
Que nome lindo.
— É uma garotinha que nem deve saber trepar. — comentou se vestindo. — Não me diga que você está interessado por aquela lerda?!
Terminei de me vestir também.
— E se eu estivesse? O que você faria?
Ela enrubesce de raiva. Camila não entende que ela é uma puta sem valor.
— Eu, nada. Achei que você gostasse de mim.
— Eu gosto de te comer.
— Me beija, Aaron? — ficou na minha frente e segurou meu rosto.
— Você sabe que eu não beijo vocês. Quem sabe o que vocês têm?
Só faço o básico e seguro.
— Eu não tenho nada. Faço sexo seguro sempre. E exames de seis em seis meses. Não esculacha! — contou ofendida.
— Mas você ainda é uma puta. Eu não beijo putas. Eu trepo com putas.
Verifiquei meu celular e encontrei uma mensagem do meu pai pedindo pra eu ir buscar o Joseph na creche.
— Tenho que ir, Camila. Aqui sua grana. — joguei 100 contos na mesa e dei as costas.
*
O encontrei no corredor do colégio.
— Joseph. O pai mandou te buscar.
— Só vou buscar minha lancheira, espera. — ele saiu correndo e eu sentei no banco do corredor. Guardei minhas mãos no bolso da jaqueta e estirei minhas pernas.
Duas garotas saíram de uma sala conversando. E eu me assustei com uma delas. Ela tem cabelos longos e pele clara. Não me lembro de conhece-la, mas seus olhos não me são estranhos. Olhos marcantes. Eu já devo ter visto ela em algum lugar. Só tenho que me recordar.
Ela entrou na sala sem me notar. Estava muito concentrada na conversa com a outra garota. E o Joseph apareceu.
— Vamos Aaron. — pegou minha mão e eu levantei.
Que olhos são esses?
Voltei a boate novamente. Eu preciso rever essa Luna. Eu preciso comer essa garota.Na porta da boate encontrei nosso segurança desorientado.— O que houve, John?— A boate está lotada. Todos querem ver a nova garota.Mas que droga!— Me deixa entrar.Passei na frente dos outros caras, que ficam reclamando.— Eu sou filho do dono, idiotas! — gritei.Não há mesa vazia em lugar algum, só dá pra ver o sorriso do meu pai, feliz de tanto dinheiro que está ganhando.As luzes se apagaram e o show começou.Aquela silhueta aparece novamente. Dessa vez se mexendo mais sensualmente do que na noite anterior. Os homens gritam enlouquecidos.Ela canta a mesma música e as meninas aparecem dançando nos poly dance.Só vejo os homens apertando suas calças. Praticamente se masturbando. Eles jogam dinheiro e colocam nas calcinhas das meninas. Mas eu só a espero aparecer.E logo ela aparece.Dessa vez ela está numa lingerie bem mais reveladora. Mas com a mesma máscara. Sua lingerie é preta e só tem o suti
Estava distraída por um tempão lembrando do tanto de dinheiro que eu ganhei na noite anterior na boate. Caramba, eu ganhei quase mil!Tenho que concordar com a minha amiga. Esse negócio de putaria dá muito dinheiro mesmo.— Você estava maravilhosa cantando aquela música ontem.— Obrigada. — agradeci automaticamente a uma voz masculina perto de mim.Pera. Quem disse isso?!Me virei e vi um belo, o mais belo e gostoso rapaz que meus olhos enxergaram na vida, além do meu namorado Justin.Ele está encostado de uma forma tão estilosa na porta quanto a sua roupa lhe cai bem.— Está muito famosa na boate.Quê?!Caminhei rapidamente até ele, tapei sua boca com minha mão direita e com a esquerda agarrei a gola da sua camisa e o arrastei pra dentro da sala, assustada.— Não fala essa palavra aqui. Por favor. — cochichei olhando em seus belos olhos claros.Ele sorriu e eu tirei a mão da sua boca. Ele tem um sorriso lindo.— É difícil acreditar. Sério! — falou ofegante.— Quem é você?? Anda me se
Não acredito nisso, mas dessa vez eu fiz questão de chegar cedo e sentar bem na frente do palco.Eu quero ver de perto essa garota transformada.Ela tem uma cara de garota quieta, daquelas que não saem pra lugar nenhum. Daquelas que nunca foram tocadas. Isso me excita mais ainda. É como um desafio. Eu preciso ganhar essa garota e deixa-la louca por mim. Eu quero fazê-la minha. Eu quero ouvir ela gritar meu nome entre gemidos.Dessa vez a música é diferente. Dangerous Woman, da Ariana Grande. Eu gosto dessa música. Reconheceria esse som em qualquer lugar.As cortinas se abrem e ela está sensualizando. Começa a cantar mais sedutora do que nunca. Ela anda até o poly dance que está a cinco palmos de mim. E o segurando dá uma volta por ele, agachando da forma mais sensual que eu poderia esperar.Ela levanta deslizando sua mão do tornozelo até o seio e sempre olha para os homens.Se balança segurando no poly dance e fica de frente pra mim. E de pernas abertas ela escala. Gira sua cabeça e o
Como ela se negou a transar comigo? Isso nunca aconteceu!Eu ainda estou sem entender, sério.Ou ela tá fazendo cu doce ou ela é uma garota bem diferente das outras.Vou insistir mais algumas vezes pra ver qual é a dela.— Joseph, a sua professora bonita. Você sabe onde ela mora? — perguntei enquanto comia um biscoito no sofá.— Eu tenho 5 anos. Claro que eu não sei. Eu nem sei onde a gente mora! — Ele levanta os ombros.Eu sou um idiota mesmo.— O que você tem, Aaron? Tá doente? Você ainda não saiu hoje. Camila, sua namorada, ligou e eu atendi. Porque você não falou que tinha namorada?Filha da puta!— Não, ela é uma mentirosa, Joseph. Eu não sou namorado dela.— Ah. Eu pensei que era. — chupou o dedo enquanto assistimos desenho.A Camila é muito sem noção. Ela acha que algum dia eu vou namorar com ela. Uma garota que transa com quase 10 caras toda a noite. Eu que não quero uma namorada desse tipo!— Você vai sair hoje à noite? — ele me olhou curioso.— Acho que sim. Preciso ver uma
LunaNo meu primeiro sábado e todos os próximos que trabalhar na boate, terei que passar o dia ensaiando com as outras meninas. Coisa que eu não fiz pra entrar.A boate é diferente de dia. Parece um simples salão de festas. Mas não significa que eu me sinto bem estando aqui.— Como você está Luna? Está gostando de trabalhar aqui? — uma das garotas perguntou sentando no palco a minha frente.— Bom... Me deu o que eu precisava. Que era dinheiro. Mais dinheiro do que eu pensei que podia ganhar.— Isso é porque você não sabe que pode ganhar mais. — ela se levantou e foi até o cesto com as plumas e enrolou uma em seu pescoço me olhando pra mim. — Dançar e ganhar esses dinheiros que os caras jogam só é uma distração. Dinheiro de verdade é quando você entra num daqueles quartos acompanhada de um desses caras ricos.— Eu não curto disso. — falei constrangida.Estou contente com o que ganhei cantando.— Nenhuma de nós gostava também. Até experimentar o poder. Quando eu não estou aqui, Luna, sa
— Luna, hoje eu quero que você fique mais um pouco. Depois de cantar eu quero que faça como as outras meninas. Dance na mesa. — Meu patrão pediu no escritório.— Mas eu nunca fiz isso. E eu estou contente ganhando só com o número musical.— Eu deixei você fazer apresentações rápidas porque era sua primeira vez essa semana. Mas agora quero te ver perto dos nossos clientes. Você deve fazer o que eu falar. Não tem nada demais nisso. Eles estão pagando caro pra ter você na mesa deles. Imagine o quanto vai ganhar?— Mas eu não sei fazer isso... O que eles vão fazer comigo?— Aiii, relaxa! Você vai treinar antes de fazer em público. Vou te dar o poder de escolher seu treinador. Eu ou meu filho Aaron.Um pior que outro.A gente passa por cada coisa pra ganhar um centavo...Eu vou vomitar se precisar olhar pra cara desse velho nojento enquanto eu danço.— O seu filho. — falei em voz baixa.Ele sorriu.— Já imaginava. — andou até a porta e a abriu. — AARON! — gritou.Logo ele apareceu. — Ensin
Cheguei em casa com a cabeça bem melhor. Mais limpa.— Luna, queria tanto sair com você. Mas não precisa nem dizer, vou adivinhar, você tem "compromisso". — ela disse revirando os olhos e fazendo aspas no ar.— Amiga! Você é igualzinha a minha irmã. Sério. Vocês não confiam em mim e botam mistério em tudo o que eu faço! — me vesti um pouco incomodada.Essa é a Alice. Minha outra amiga, que estuda comigo. Ela nem sonha que tô trabalhando numa boate. Sempre me chama pra sair e nessas ultimas noites eu inventei umas desculpas, pois estava na boate. Hoje ela veio me visitar.— Tá, e não é misterioso você sair toda noite? — me olhou com cara de quem é a dona da verdade.— Não. Posso estar fazendo bico... De babá. Não estou traindo meu namorado nem coisa do tipo. Eu não conheço ninguém!— E quem falou em traição? Não foi eu! É você quem bota coisas na minha cabeça.Deitei na cama, me enrolei e fiquei olhando pra ela. Mas é uma doida viciada em açaí!— Estou livre. Não terei mais compromisso
— Não somos uma família — ele falou de um jeito amigável.— Ah, mil desculpas. Mas é que parece. — a garçonete ficou sem graça.— É que ele é meu irmão. — ele sorriu olhando pro Joseph.— Eu vou querer de chocolate. — Joseph escolheu cortando toda a história da família.— Eu quero de morango e coco por favor. — pedi olhando o cardápio.— Eu quero de creme com passas. — Aaron escolheu pensativo, enquanto olhava também o cardápio.— Okay. — a funcionária anota e saiu.O som da sorveteria é calmo. Está tocando James Arthur. Eu amo as músicas dele.Sem querer comecei a cantar baixinho a música que está tocando, e meus dedos encima da mesa começam a dançar.— Você canta bem Luna. — Joseph me observava. Eu estava de cabeça baixa e só ao levantar percebi que todos na sorveteria estavam me assistindo cantar. Acho que não estava cantando tão baixinho como pensei.Aaron me encara sorrindo.Parei de cantar imediatamente. Que vergonha.— Continua! — uma mulher na mesa ao lado pediu.Sai fora moça