Capítulo 79

Os dias foram passando, mas eu ainda me sentia estranha, até mesmo sufocada… minha família estava comigo, mas o sentimento de sufocamento era algo que não passava. Eu não me sentia bem, não sorria. Odiava ficar repassando tudo na minha cabeça, mas a realidade me atormentava.

Eu não sabia o que doía mais: a traição, o desejo dele de me ver morta ou a sensação de que tudo o que vivemos nunca significou nada. Quando saí de casa para ficar com Alonso, eu tinha apenas 16 anos. Meus pais me alertaram, tentaram me impedir, mas eu estava cega, apaixonada demais para enxergar qualquer outra coisa. Eu achei que amor fosse isso. Achei que bastava amar alguém o suficiente para fazer dar certo.

Quantas noites chorei sozinha, sentindo falta da minha família, tentando convencer a mim mesma de que tinha feito a escolha certa? Eu queria tanto que meu casamento desse certo, que meu amor fosse o suficiente para compensar tudo o que eu perdi. Mas amor não salva. Amor não apaga o que é tóxico.

Agor
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