Capítulo 78

O casarão Belmonte nunca esteve tão cheio, mas, ao mesmo tempo, nunca pareceu tão silencioso. Meus pais estavam ao meu lado, minha mãe segurando minha mão com força, como se quisesse me manter inteira. Meu pai permanecia de pé ao lado do sofá, o olhar perdido no chão, a expressão fechada. Irene, Felipe, Carol, Ana… Todos estavam ali, me cercando de apoio. Mas, por dentro, eu me sentia vazia.

Era como se minha alma tivesse ficado presa no meio das chamas que consumiram minha casa. A casa que agora não existia.

Eu mal tinha dormido desde que tudo aconteceu. O cheiro de fumaça ainda parecia grudado na minha pele, e a lembrança do fogo devorando tudo o que um dia foi meu lar não saía da minha mente.

Então, o som de um carro parando na entrada me fez erguer a cabeça. Meu coração disparou.

Poucos segundos depois, passos ecoaram na varanda, e a porta se abriu.

Fernando entrou primeiro, o rosto carregado de tensão. Henrique veio logo atrás. Ambos pareciam exaustos, como se tivessem
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