Descemos da biblioteca e fomos até os corredores do castelo rapidamente, mas antes eu peguei a cabeça de Estevão e pus enrolada em uma manta que encontrei. No salão de entrada, encontramos com o resto do grupo. Mary ainda parecia meio atordoada, enquanto era amparada por Adam. Eris estava obviamente tenso, e os Lobisomens estavam com eles. -- Ravena, o que aconteceu com você? -- Mary se aproximou, Adam fez o mesmo.-- seu rosto... -- ele fez menção de me tocar, mas Julian se pôs na frente rapidamente. Os dois se encararam, Mary me tocou. -- você... -- eu estou bem, estou bem agora. -- ela logo entendeu o que quis dizer e assentiu. -- aquele maldito está morto? -- ela encarou Julian. Que assentiu de imediato.-- ele não poderia ficar vivo depois do que fez. -- ele se voltou para mim de imediato. -- está certo, ele estava com Hector nisso tudo?-- sim, e aparentemente ele está vindo. -- todos se sobressaltaram. -- maldito, o que faremos agora? Você matou o rei! É questão de temp
Cavalgamos durante todo o dia, e um pouco da noite. Parando apenas para descansar um pouco, tínhamos que estar o mais longe possível de lua azul. Logo já não era mais possível ver as montanhas que cercavam o reino, o que não era sinal que estávamos totalmente seguros. Mas já era alguma coisa. Um grande exército com muitos homens, mulheres, e crianças haviam vindo conosco. Mas muitos também decidiram ficar em lua azul, o que me deixava pensativa. Paramos naquela tarde próximos a um grande riacho, e descansamos um pouco. Eu estava me lavando no rio, tentando me sentir um pouco melhor. Quando ouvi um barulho na floresta, eu me sobressaltei.-- sou eu. -- Julian disse. Rapidamente eu me empertiguei, eu estava vestida com um fino vestido amarelo, que para meu azar estava colado em meu corpo.Logo ele surgiu eu engoli em seco, seus olhos recairam sobre mim de imediato. -- eu precisava me refrescar. Ele ficou imóvel por alguns instantes, até que lentamente começou a tirar a camiseta q
Julian ficou encarando Arthur ferozmente, que logo se aproximou como se nada tivesse acontecido. -- quanto tempo meu amigo... -- ele tentou abraçar, mas antes que o fizesse, Julian lhe deu um forte soco. Que jogou o velho no chão, eu arfei. Todos se aproximaram, logo eu segurei o braço de Julian. -- seu maldito! Foi por sua causa, por sua causa que a fortaleza caiu! -- ele esbravejou. Arthur ainda parecia um tanto atordoado. -- pelos malditos deuses! Do que está falando? -- Hector, ele invadiu a fortaleza! Pouco depois que você se foi, com a carta que Ravena lhe entregou, lembra agora? -- o velho lentamente foi se colocando de pé, enquanto parecia recordar o que havia acontecido. -- pelos deuses... Eu não fazia ideia. -- ele se recostou em uma parede próxima. -- a culpa não foi inteiramente sua Arthur, eu nunca deveria ter enviado aquela carta. -- você não tem culpa menina, na verdade vocês não imaginam o que aconteceu logo após quando eu fui embora. Eu e meus garotos já estáva
Nos instalamos no palácio de Olavo, que logo se mostrou ser um lugar muito liberal. Os suditos tinham direito total de andar por qualquer canto do castelo, a qualquer hora. O que me deixou impressionada. Eu e Julian ficamos em um belo e grande quarto no segundo andar, e nossos amigos ficaram próximos. Quando entramos eu logo reparei em como o lugar era aconchegante, e quente. Haviam cores quentes a todo canto, até nas paredes. Eu me aproximei da janela, dava para se ver o reino todo dali. Eu logo senti as mãos de Julian ao meu redor, me puxando para perto enquanto ele me abraçava por trás. Eu mordi o lábio, enquanto ele apertava seu corpo contra o meu. Lentamente ele tirou algumas mechas de cabelo do meu pescoço, e começou a me beijar. Eu sorri. -- já não estamos mais no riacho. -- eu gargalhei, enquanto ele me apertava ainda mais. -- é... Mas não estamos aqui para isso. -- ele bufou, ainda beijando meu pescoço. -- não acha melhor fazermos isso em um lugar que seja nosso? -- co
Descemos as escadas do quarto, o lugar estava bem iluminado com tochas a cada corredor. Era possível ouvir a música que tocava no salão principal, eu já estava ficando nervosa. Mas o braço de Julian ao redor de minha cintura, me dava um pouco mais de confiança. Rapidamente chegamos ao salão principal, todos dançavam ao som de uma música animada que os músicos tocavam do outro lado do salão. Haviam tantas pessoas, algumas eram estranhas. Algumas usavam roupas extravagantes, enquanto outras mal usavam roupas. Aquilo me fez corar algumas vezes. Olavo estava sentado em seu trono mais a frente, enquanto Anastácia lhe servia uvas na boca. Eu franzi o cenho, rapidamente nossos amigos se dispersaram. Enquanto nós dois ficamos lado a lado. -- já está arrependida? -- um pouco. -- ele sorriu. Seu olhar se voltou para mim. -- sinto que não disse o suficiente, o quão magnífica você está. -- eu olhei para ele. -- não precisa... -- é claro que precisa, esse... Vestido em seu corpo, você!
Andréas continuava a me apertar contra ele, ao som daquela música tão lenta e estranha que só parecia aumentar em minha cabeça. -- é melhor parar com isso. - disse furiosa, enquanto tentava me afastar. -- ah mas por quê? Estamos nos divertindo tanto. -- ele abriu aquele sorriso cheio de malícia. -- isso não é diversão, não sei aonde está querendo chegar. Era para ser apenas uma dança. -- logo ele me lançou para longe, e me puxou para si novamente. Eu arfei. -- você está séria demais amorzinho... Deixe a música entrar. -- ele foi apertando minhas costas, enquanto suas mãos iam descendo cada vez mais. Eu não sei ao certo o que era, mas aquela música estava começando a me deixar estranha. Não sabia se era por conta do vinho também. -- pare Andréas.-- ah amorzinho nós estamos apenas... -- ele caiu no chão, quando Julian lhe deu um soco tão forte que deixou seu rosto vermelho. As pessoas que estavam dançando pararam imediatamente. Eu parecia ter acordado de um transe. Encarei Julian
Quando acordei naquela manhã, já podia sentir os raios quentes do sol tocando minha pele. Enquanto era adornada pelos lençóis finos. Lentamente me virei, mas não avistei Julian ao meu lado. Eu me empertiguei, sentando rapidamente. Eu me sentia diferente, meu corpo estava diferente. Eu sorri, enquanto me via naquele estado. As lembranças da noite passada ainda estavam fervilhando em minha mente como fogo. Eu me movi e logo percebi que havia um pouco de sangue nos lençóis abaixo de mim. Rapidamente eu vesti um roupão e me pus de pé tratando de tirar aquela roupa de cama o mais rápido possível. Coloquei na água rapidamente tirando o sangue seco, e logo após pus no cesto de roupas ao lado da banheira. Quando sai me assustei ao vê-lo parado ao lado da cama. Usando apenas uma calça azul, enquanto segurava uma bandeja de café da manhã. Eu sorri me aproximando lentamente. -- bom dia. -- ele disse prontamente. -- bom dia. -- nos encaramos, tudo entre nós parecia novo essa manhã. -- tr
Eu fiquei imóvel ao lado da porta, enquanto o encarava. Ele veio cambaleando em minha direção, seus cabelos castanhos balançando. -- Adam, o que você está fazendo aqui? -- eu queria ver você. -- ele me prendeu contra a parede. -- é melhor você sair agora! Se não quiser morrer. -- ele riu sem felicidade. -- você é tão linda... -- ele segurou uma mecha do meu cabelo. Eu engoli em seco, enquanto ele se aproximava. Ele pareceu me cheirar, e então ergueu uma sobrancelha. -- você... Dormiu com ele? Você está fedendo a ele. -- eu o afastei, saindo de perto dele rapidamente. -- sim, eu dormi com ele. Porque... Somos casados, já estava mais do que na hora. Ele sorriu sem felicidade. -- ele forçou você? -- o que? Nunca! Eu me entreguei a Julian! Porque eu quis. -- seus olhos tremeram, ele apertou os punhos. -- não... Não... Você não poderia amar esse demônio bebedor de sangue. -- ele fez menção de se aproximar novamente, sua voz estranha por conta do álcool. -- Julian é um homem mara