*Mary Estava vindo, a batalha que tanto falamos durante tanto tempo, estava bem ali. Aquilo era assustador, e me fazia lembrar de meu pai e do meu irmão. Tínhamos que estar prontos, e contactar o mais rápido possível todos os aliados que havíamos feito. Logo eu me prontifiquei para ir com Eris, até a aldeia mais próxima e mandar as mensagens. Eu estava em minha tenda, arrumando minhas coisas. Quando mamãe adentrou. Ela ficou me olhando por alguns instantes, enquanto eu pegava a bolsa. Parei por alguns instantes, sem olhar para ela. -- fale logo. -- falar o que? -- que eu sou burra! Que deveria ficar aqui ao invés de ir. -- olhei para ela. Ela estava ali, tão elegante como sempre. Lentamente ela se aproximou de mim, e segurou meu rosto entre suas mãos. -- antes eu fiz isso, quando o medo e a dor me tomavam. Não vou mentir, eu preferiria que você ficasse aqui, não fosse. Mas eu não posso prendê-la! E confio em você. Por isso vá, mas volte, de preferência... Inteira. -- senti um
A batalha Enfim estava batendo a porta. Julian havia contactado Arthur que logo tratou de trazer todos os guerreiros que tinha consigo. Olhei para todas aquelas pessoas treinando e se preparando, meu coração acelerou. Entrei na tenda e fiquei alguns instantes imóvel, encarando aquele lugar. Até que fui até um armário, peguei papel e tinta para que pudesse escrever uma mensagem. Sentei na mesa, e encarei aquela folha em branco. Respirei fundo, e enfim comecei a escrever. Eu sabia que era uma péssima ideia, talvez meus pais nunca lessem aquilo. e se lessem, não iriam se quer se importar com o que estava escrito naquela carta. Mas eu deveria tentar, uma última vez, eu tinha que tentar. Logo me inclinei, e comecei a colocar as palavras naquela folha, as palavras com meu coração. Ao fim, eu encarei aquela carta e senti um aperto. "𝑃𝑎𝑝𝑎𝑖 𝑒 𝑚𝑎𝑚ã𝑒, 𝑛ã𝑜 𝑠𝑒𝑖 𝑠𝑒 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑎𝑚á-𝑙𝑜𝑠 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑖𝑧. 𝑀𝑎𝑠... ?
Alguns dias se passaram, Hector fazia pequenas movimentações todos os dias. Preparando seus vermes, pronto para a batalha. Nossos aliados estavam começando a chegar lentamente, e até aquele momento. Meus pais não haviam respondido minha mensagem. Eu duvidava que eles o fizessem, mas ainda sim... Aquilo partia meu coração. Minha cabeça latejava de vez em quando, eu sabia que era Atama. Ela sabia o que se aproximava, aquilo me deixava ainda mais nervosa. -- já sabemos o lugar onde ele montou seu exército. -- Julian disse em uma reunião com vários de nossos aliados. -- Emma nos informou que é próximo a enseada, do outro lado da montanha É lá onde ele planeja acabar com tudo. todos se entreolharam.-- o que faremos então? -- Andreas questionou. Emma se aproximou de Julian. -- atacaremos. -- a tenda ficou em total silêncio. -- se não atacarmos antes, os vermes irão nos encontrar aqui. Eles estão marchando em nossa direção, nesse exato momento. -- Julian disse rapidamente, apertei min
Talvez o nosso exército fossem mais de oito mil homens. Todos prontos para a batalha, todos sem medo algum. Os guerreiros da floresta, estavam um pouco mais atrás, eles seriam nossa arma secreta. Meus amigos estavam no meio, seus rostos estavam impassiveis. Não havia medo ali, mas... Havia muita insegurança e apreensão. Cavalgamos por uma hora, até que chegamos à enseada. O mar a distância, estava calmo. As águas mal se moviam. As nuvens no céu, estavam extremamente carregadas. Tempestade vinha por aí. Meu coração acelerou quando avistei o grande exército de Hector. Eram tantos vermes, todos mostrando suas presas gigantescas. Todos salivando enquanto olhavam para nós com fome e malícia. Os vampiros usavam armaduras, e espadas. Eles sorriam, e nos olhavam com ansiedade. Era um mar de monstros à nossa frente. Julian apertou minha mão, eu engoli em seco. E no meio deles, estava Hector. Ele estava em uma espécie de carruagem de metal, preta. O monstro usava uma armadura azul, e em
Meus olhos ardiam, e minha mente estava embaçada. Enquanto ouvia os gritos de Mary, e encarava o corpo de Elucia. "𝐸𝑢 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑒𝑚 𝑣𝑜𝑐ê." Mais lágrimas rolaram por minha bochecha, Hector me encarou com desdém. Enquanto jogava o coração dela no chão. E se agachava de frente para mim. -- quanto drama queridinha... Já chega, ela morreu. -- ele esticou a mão para me tocar, eu se quer consegui me mexer enquanto olhava para o corpo dela. Ele revirou os olhos. -- quanto drama. -- logo ele se pôs de pé, me segurando pelos cabelos. Julian gritou enquanto se aproximava com velocidade total, Hector segurou meu pescoço.-- mais um passo e eu quebro ela aqui. -- Julian ficou imóvel, eu senti meu corpo tremendo. Minha cabeça deu uma pontada, e minhas mãos tremeram. De repente, uma forte tempestade começou. -- eu vou matar todos os seus amiguinhos Julian. -- ele acariciou meu rosto. Julian apertou os punhos, e jogou a espada no chão. -- aceite que perdeu essa. -- solte ela. -
Todos os vermes e vampiros, ou besouros que podiam haver pelas redondezas. Foram eliminados prontamente. Não haveria segundas chances para nenhum deles. Logo após, tratamos de ir até os escravizados. Todas as pessoas, talvez mais de cinco mil delas. Entre crianças e idosos, viviam em uma espécie de calabouço fedido e sem nenhum luz. Ao nos ver ali, todos ficaram com medo. Todos eram tão fracos, tão pequenos. Eu engoli em seco, e senti nojo de tamanha crueldade. Rapidamente tratamos de tirar todos da escuridão do castelo, e levá-los para cima o mais rápido possível. Logo tratamos de dar um banho e cada um deles. Eles ainda estavam desconfiados, e não sabiam ao certo o que era aquilo. E eu acreditava que demoraria muito para que eles se acostumassem com sua nova situação, mas nós tínhamos todo o tempo do mundo. Um grande jantar cheio do que eles precisavam foi feito, e naquela noite a verdade sobre o rei foi esclarecida. Eles se entreolharam confusos, mas Julian prometeu sua lealda
-- obrigada, doce menina. -- a senhora pálida e franzina disse quando entreguei a ela uma grande bandeja de comida. -- não há de quê, amanhã eu prometo que trago um pedaço enorme de bolo de chocolate para você e para os meninos. -- ela sorriu para mim. E eu retribui me afastando. Quando saí de sua pequena casinha, Camila já me esperava na porta. Ela me encarava de forma assustada e nervosa. -- já voltei, viu. -- você sabe que eu detesto vir aqui. -- ela se aproximou e arrumou o capuz em minha cabeça, para que meu rosto ficasse coberto. -- sim, você já deixou claro! Agora vamos. -- ela bufou nervosa enquanto saímos da pequena e mal iluminada aldeia. Enquanto eu passava, pessoas a quem eu ajudava me reconheciam e sorriam para mim. Camila me encarava brava enquanto andávamos. -- você sabe como isso é imprudente. -- essas pessoas passam fome com as guerras que vem acontecendo, não posso ficar simplesmente parada e fingir que não as vejo. -- Camila cruzou os braços brava. -- você
Ele me segurou fortemente pela cintura, eu não sabia como agir. Ou o que fazer. Mas eu sabia que ele não estava brincando, ele não era um príncipe. E eu estava sendo sequestrada. Sem opções eu mordi seu pescoço, ele pareceu confuso e me soltou. Eu saí correndo em disparada para dentro do barco, pois eu já não podia pular no mar. O barco já estava zarpando, e eu não sabia nadar. Corri o mais rápido possível para o compartimento de dentro, e encontrei uma sala aberta. Eu adentrei desesperada e tranquei a porta em seguida. Logo comecei a procurar por algo afiado, ou pontudo, mas nada encontrei.Eu já estava me escondendo de baixo da mesa, quando ouvi ele mexer na maçaneta da porta. Mas não havia como ele abrir, estava trancada. Até que ele simplesmente quebrou a maçaneta, como se não fosse nada. Com uma força anormal, ela ficou amassada.Quando ele entrou na sala, seus olhos me fitaram. Havia algo confuso ali, eu queria correr. Mas não havia como, lentamente ele desfilou até mim. --