Quando acordei naquela manhã, já podia sentir os raios quentes do sol tocando minha pele. Enquanto era adornada pelos lençóis finos. Lentamente me virei, mas não avistei Julian ao meu lado. Eu me empertiguei, sentando rapidamente. Eu me sentia diferente, meu corpo estava diferente. Eu sorri, enquanto me via naquele estado. As lembranças da noite passada ainda estavam fervilhando em minha mente como fogo. Eu me movi e logo percebi que havia um pouco de sangue nos lençóis abaixo de mim. Rapidamente eu vesti um roupão e me pus de pé tratando de tirar aquela roupa de cama o mais rápido possível. Coloquei na água rapidamente tirando o sangue seco, e logo após pus no cesto de roupas ao lado da banheira. Quando sai me assustei ao vê-lo parado ao lado da cama. Usando apenas uma calça azul, enquanto segurava uma bandeja de café da manhã. Eu sorri me aproximando lentamente. -- bom dia. -- ele disse prontamente. -- bom dia. -- nos encaramos, tudo entre nós parecia novo essa manhã. -- tr
Eu fiquei imóvel ao lado da porta, enquanto o encarava. Ele veio cambaleando em minha direção, seus cabelos castanhos balançando. -- Adam, o que você está fazendo aqui? -- eu queria ver você. -- ele me prendeu contra a parede. -- é melhor você sair agora! Se não quiser morrer. -- ele riu sem felicidade. -- você é tão linda... -- ele segurou uma mecha do meu cabelo. Eu engoli em seco, enquanto ele se aproximava. Ele pareceu me cheirar, e então ergueu uma sobrancelha. -- você... Dormiu com ele? Você está fedendo a ele. -- eu o afastei, saindo de perto dele rapidamente. -- sim, eu dormi com ele. Porque... Somos casados, já estava mais do que na hora. Ele sorriu sem felicidade. -- ele forçou você? -- o que? Nunca! Eu me entreguei a Julian! Porque eu quis. -- seus olhos tremeram, ele apertou os punhos. -- não... Não... Você não poderia amar esse demônio bebedor de sangue. -- ele fez menção de se aproximar novamente, sua voz estranha por conta do álcool. -- Julian é um homem mara
Quando voltei para o castelo, as perguntas sobre quem Julian realmente era ainda ressoavam em minha mente. Eu estava passando pelos portões quando Anastácia surgiu. -- Olá, queridinha... Como vai? -- ela estava bela como sempre. Usando um longo vestido vermelho, com seus cabelos presos a coroa. -- bem, se me dá licença eu preciso fazer uma coisa. -- tentei passar por ela, mas ela não deixou. -- que tal você ficar aqui um pouco mais? Quero conversar com você. -- eu a encarei e franzi o cenho. -- não sei sobre o que nós duas poderíamos conversar. Ela sorriu. -- ah, temos sim, sobre... Seu lindo marido talvez. -- eu ergui uma sobrancelha e cruzei os braços. -- é melhor você parar por aí. -- você ficou brava? Nós poderíamos entrar em acordo. -- ela se aproximou um pouco mais, dando voltas ao meu redor. Eu já estava começando a ficar irritada com ela. -- não sei sobre "o que poderíamos entrar em acordo?" O que você quer Anastácia? -- olha... Ela ficou brava. -- ela tentou pegar
Eu continuei com Olavo por algum tempo, enquanto ele me falava sobre o fato de Julian ser adotado. Aquilo mexeu muito comigo, afinal ele não sabia quem eram seus pais. Eu imaginava que isso deveria mexer muito com ele, de todas as formas. -- não fique brava com ele, tente imaginar como é. -- eu assenti. -- eu... Eu entendo, mas é que estamos tão próximos recentemente. E eu teria entendido se ele me contasse isso. -- eu apertei as mãos. -- talvez ele não conseguisse menina. -- eu assenti novamente. -- é tudo tão confuso às vezes. -- ah menina... Você ainda é jovem, não vai melhorar, você apenas se acostuma com a confusão. -- eu sorri sem felicidade. -- bem, eu acho que vou indo. -- logo me pus de pé, mas o velho homem segurou minha mão. -- sabe... Você me lembra muito alguém. -- sim, você disse sua filha. -- não, não ela... Uma outra pessoa. Quando eu toco em sua mão, é como se lembrasse de algo. -- eu franzi o cenho. -- eu não entendo.-- você é mesmo de cascata negra? -- s
-- como isso aconteceu? -- Julian questinou nervoso. -- eu não sei, aquela tempestade... Talvez eles já estivessem nas redondezas há muito tempo. -- eu me empertiguei. -- sabe se Hector está com eles? -- eu não sei irmão, eu só ouvi os gritos. E quando desci eu vi os vermes, temos que fazer algo. -- eu os encarei. Julian se voltou para mim, enquanto vestia uma camiseta. -- Ravena fique aqui. -- não... Eu não vou ficar sozinha. -- Eris vai ficar com você. -- não, ele pode ser necessário com você, me deixe ir junto. -- ele segurou meu rosto entre as mãos. Os gritos ecoando pelos corredores. -- não, com você lá eu não vou conseguir me concentrar, pegue sua adaga, se tranque no banheiro e mate quem tentar entrar. Por favor... Me escute. -- eu arfei. Eu segurei suas mãos e nos beijamos, foi um beijo intenso demais. Quando ele se afastou de meus lábios, ele beijou minha testa. -- fique aqui. -- vou ficar. -- ele sorriu, Eris acenou para mim e logo eles saíram do quarto. Eu tranq
Andréas segurou o verme com todas as forças, enquanto eu pressionava a adaga em seu pescoço. Sem demora, eu cortei seus dois pulsos. Deixando que ele se enfraquecesse com o poder da aqua, o que aconteceu de imediato.-- ótimo, agora me diga... Demônio! Hector está aqui? Ele riu de forma irônica. -- tem certeza que eu sou o demônio mulher? -- eu fiz o mesmo, enquanto fazia outro buraco em sua carne. A criatura mostrou os dentes para mim. -- se for bonzinho e me falar a verdade... Eu mato você rápido! Agora... Se ficar com jogos, eu vou despedaçar você da forma mais lenta e dolorosa possível. -- Andréas ergueu uma sobrancelha. Parecia que algo havia tomado o controle do meu corpo. -- agora me responda, ele está aqui no reino? -- não, ele apenas nos mandou para dar um susto. - disse com um sorriso grutal. -- como ele descobriu que estávamos aqui? -- vocês deixaram rastros, foi fácil seguir. Estamos seguindo vocês desde lua azul. -- eu dei alguns passos para trás. -- o que acon
Julian continuou onde estava enquanto as lágrimas não paravam de rolar por seu rosto. Eu me empertiguei, o verme que ainda estava sob o comando de Andréas, começou a rir. -- coitadinho do pobre bastardo! Coitadinho do pobre menino sem lar. -- ele gargalhou mais alto. Eu me voltei para ele. -- cale-se maldito. -- ele nunca terá rocha nublada, nunca... Ele irá morrer como os pais, queimando até só restar pó. - ele gargalhou mais alto, eu estava prestes a enfiar a adaga em seu pescoço, quando Julian se moveu com agilidade feroz e arrancou a cabeça dele apenas com uma mão. Eu arfei quando o corpo do verme caiu aos meus pés. Os olhos de Julian estavam o mais puro sangue, suas garras começavam a aparecer. -- Julian... -- como nunca me contou isso? -- ele questionou enquanto se voltava para Olavo, seu rosto o mais puro ódio e confusão. -- como nunca me contou tal coisa, mesmo com tantos anos de amizade? COMO? -- Olavo se empertigou. -- Julian eu não tinha certeza, não poderia simpl
Eu não fiz nenhum movimento, enquanto o encarava. Meu corpo estava em transe, eu sabia que adaga de aqua estava bem ao meu alcance na cômoda ali ao lado da cama. Mas eu tinha medo de me mover. -- Julian... Como você se soltou? -- ele sorriu e suas presas brilharam. -- não foi tão difícil. -- sua voz saiu como um sussurro rouco. -- Julian você não está bem, precisa melhorar! Precisa acordar. -- ele riu baixinho, mas foi o suficiente para me deixar toda arrepiada. -- eu estou bem acordado amor... -- eu tentei sair correndo até o banheiro, mas ele saltou sobre mim e me prendeu contra a cama. Eu engoli em seco, enquanto ele me fitava de cima a baixo. Seus olhos pararam de imediato no decote da minha camisola, ele lambeu os lábios. -- Julian você não é assim. -- eu tenho fome... -- novamente sua voz ficou rouca. -- você... Você não precisa fazer isso. -- tenho fome de você. -- meus pêlos arrepiaram dos pés à cabeça. Ele pressionou seu corpo contra o meu, e eu pude sentir quanta "