O galpão no final da estrada de barro parecia silencioso quando Ellie desceu do carro batendo a porta logo em seguida. Olhou ao redor procurando qualquer movimento de pessoas ou do próprio Taylor. Não ia negar que estava com medo e que agora entendia o motivo dos garotos quererem se proteger. Talvez se não soubesse que a polícia chegaria a algum momento, não tivesse a coragem de realmente ir até Taylor e o olhar de novo, ouvir sua voz ou estar em sua presença. Como isso desencadeia tantos momentos ruins, momentos em que ela achou que morreria sozinha em um chão frio e úmido. Respirou fundo colocando as mãos dentro do casaco e andou em direção à entrada daquele galpão. Suas pernas estavam mais trêmulas do que nunca, o coração acelerado como se fosse morrer a qualquer momento, e quem sabe isso podia mesmo acontecer. Taylor era um homem perigoso por diversão, imaginava sentindo raiva? Ele seria capaz de tudo, até mesmo um assassinato.Parou na entrada quando escutou um gemido baixo, conh
— Sua amiga, a Ellie acordou antes de chegar ao hospital. Estava elétrica e tiveram que ceda-la, mas acordou de manhã.— Ellie… - Soprou o nome dela com raiva e ódio ao mesmo tempo. Ela não tinha culpa de ter sido levada para os braços daquele homem, mas mesmo assim, não conseguia mais ouvir ou ver aquela garota se não se lembrasse do quanto Taylor falou e falou e ameaçou usando o nome dela. — Como ela está?— Um pouco traumatizada, mas vai ficar bem, os pais dela estão aqui desde ontem quando tudo aconteceu - Sadie virou para olhar sua mãe — Você lembra o que aconteceu?— Eu me lembro da Ellie sair do carro e me mandar dirigir, mas não consegui me mexer, acabei desmaiando. Não queria sair dali sem ela. - A mãe sorriu e abaixou o olhar. — E aquele homem?— Bom, parece que o seu ex-noivo atropelou aquele homem na tentativa de salvar vocês duas. Os pais dele não deram queixa e até pediram para pagar as despesas do hospital. A irmã contou à polícia o que ele fazia com a namorada na cidad
Contar minha história não é nem um pouco comum, mas eu tenho certeza que você vai gostar de saber como acabei com Jae Marck e Mattie em cima de uma cama confortável suada e satisfeita... Era uma sexta-feira quando minha longa jornada para descobrir quem sou começou. Não havia nada de especial naquele dia, estava deitada na beira da piscina da minha casa escutando uma música qualquer nos fones de ouvido quando o sol simplesmente foi coberto por uma nuvem passageira. Tentar ter uma marca decente no corpo nos dias de hoje passou a ser complicado e isso não é de se esperar quando mora em uma cidade que é fria por ela mesma, sem precisar do inverno para tal. Sentei na beirada tirando um fone por vez e virei colocando os pés para dentro da água. Joguei o corpo para trás esperando a quentura do sol voltar, mas logo meus ouvidos capturaram um som ao longe e eu tive que abrir os olhos. Faziam quase cinco meses que não morava ninguém a casa ao lado da minha, mas isso estava prestes a mudar p
Sem pensar muito na minha desgraça coloco o vestido deixando expostas minhas pernas. Todas as minhas amigas dizem que eu sou bonita, devia me envolver com alguém legal para poder curtir a vida, mas meu pai sempre diz que uma mulher bonita é sempre aquela que sabe o que quer, e eu quero me formar, ter duas ou três faculdades concluídas, um emprego bom, uma casa própria e só depois penso em ter uma família. Isso é o que todas as adolescentes têm que pensar. E eu ainda não me sinto preparada para dar-me tanto assim. Tenho somente vinte e dois anos. E todos me veem como uma melhor amiga de peitos grandes e inocente e é justamente isto que sou. Termino a minha maquiagem e por fim calço minhas botas, e dando uma última olhada no meu visual, gosto do que vejo e saiu do quarto. Meu pai ainda não chegou e devo dizer que isso não me surpreende. Não encontro Eleonor em lugar nenhum e isso também não me preocupa. Chamo um táxi para chegar mais rápido no endereço que Annie me deu e saiu de cas
- Como você sabe?- Gina me contou ontem à noite. - Perco meu sorriso ao pensar na possibilidade desses dois terem transado e não me assustaria se isso de fato aconteceu. - Perguntei sobre você.- Quando chegou? Achei que ainda estivesse por aí viajando pelo mundo com seu padrinho.- Chegamos tem duas semanas, estava procurando um lugar para ficar. Me mudei com dois amigos, e você? Ainda mora no mesmo lugar? Posso passar por lá amanhã depois do meio dia.- A gente se mudou, e não, eu não quero você perto da minha casa - Tento ir novamente e o sinto me puxar para mais perto. Minha costa bate em seu peito e percebo que ainda que seu rosto não tivesse mudado nada, algo ali naquele corpo mudou, e eu não ousaria pensar no que senti.- Por quê? Não vai admitir que deva sentir algo por mim ainda? - Sua mão para na minha coxa e sua cintura mexe para o lado dançando com a música lenta, faço o mesmo dando um sorriso - eu fui seu primeiro, o primeiro a gente nunca esquece. Você não tem namorado
Meu coração até mesmo parou de bater quando Mattie saiu da minha frente revelando o dono da voz que me deixou excitada. Levanto do sofá olhando diretamente para seus olhos negros e quase tenho um novo orgasmo. - Mas... O como que? - Que barulheira é essa logo na nossa primeira madrugada? - Eu conheço essa voz. Olho para o lado rezando para não ser quem eu estou pensando, mas me engano. É realmente Marck Shimith, seus olhos estão tão surpresos quanto os meus, ele logo me encarou dos pés a cabeça colocando uma mão na cintura e me dar um sorriso. Não acredito que estou nua diante de três homens depois de gemer loucuras e gozar no sofá deles. Não acredito mesmo. - Vocês vão ficar olhando ou estão esperando um convite para sumirem? - Eu estou na minha casa - Marck cruzou os braços e eu revirei os olhos virando-me para pegar minhas coisas - Se bem que a Elsie parece está mais à vontade. - Fecho os olhos com força. Do que esse idiota está falando? - Você sabe o nome dela? - Mattie ques
Me arrumei para a faculdade porque embora meu coração esteja acelerado e em desespero eu não posso parar minhas atividades. Desci as escadas depois encontrando o vazio. Graças a Deus eu não preciso explicar o motivo da minha chegada tarde e inesperada de ontem à noite em casa para meu pai. Ele ainda deve estar em seu plantão, aquele hospital tem mais atenção dele do que eu e minha irmã.Abri a porta de casa primeiramente para olhar se tinha movimento na casa ao lado, e como não vi ninguém aproveitei para sair e desci as escadas quase correndo até o ponto de ônibus mais próximo. Tá certo que eu não vou fugir sempre que os vir, mas é melhor que eu fuja até meus pensamentos e a minha vergonha acabar, o que acho que nunca vai acontecer. Dentro do ônibus tenho sorte de encontrar um lugar vazio, tento me distrair pensando nos meus trabalhos e até na festa que deixei de lado.Ah merda, ainda tenho que pensar em Mattie.Nossa relação foi bonita e apesar dele ter feito merda, ele sempre foi um
- Sua vida parece agitada... Elsie Davis. - Sua voz rouca realmente causa calafrios em toda parte do meu corpo, ainda mais quando é bem ao pé do meu ouvido. Virei para encarar seu rosto de frente e pela primeira vez o vejo de perto. - Sou Jae. - Você já sabe quem eu sou. – Dispensei as apresentações e ele confirmou.- E o que esconde debaixo dessas roupas... - ele me olhou dos pés a cabeça - tão longas.- O que você quer? – Fui direta.- Nada. - Ele sorriu, e que sorriso maravilhoso, arrumou o cabelo para trás jogando charme para todos os lados que podia. - Você e Mattie namoram?- Não.- Mas já namoraram? Isso é notório. - Você gosta de observar as pessoas pelo visto - Jae se encosta na parede me olhando outra vez dos pés a cabeça. – Isso é loucura, não acha? Meio obsceno e safado.- Você conhece bem o significado dessa palavra. – Me provocou. E apesar de eu querer rebater, eu não estou em condições de fazer nada, me sinto exposta e seja lá qualquer argumento que eu disser, ele vai