— Hm… - A mãe pensou um pouco depois de ouvir toda a brilhante ideia de sua filha. Todo mundo precisa seguir a vida de alguma forma, e tentar manter as coisas no lugar, mas ao mesmo tempo, recomeçar a vida mesmo ainda tendo aquele tipo de homem ao seu redor, não era uma coisa boa, certo? — Você tem certeza que está segura?— Sadie contou que uma das atendentes do café está grávida, faltam poucos meses para ela sair do trabalho, e estão precisando de alguém para ficar em seu lugar. Não vou ganhar muito, mas pode ser alguma ajuda. Estou morando na casa do Vicent e nunca ajudei em nada, não quero mais ser a garota que é mantida viva pelos outros. - Contou animada. Durante aquela semana, tinha visitado Sadie todos os dias e conversado bastante sobre como as coisas iriam ficar, e uma delas foi a grande chance de emprego.Não era uma das pessoas mais qualificadas, mas ao menos sabia andar em cima de um salto, sorrir e anotar pedidos. Não seria garçonete para sempre, mas precisava de um come
Antes de o sol nascer naquela manhã de segunda, Ellie já estava de pé, acordou ansiosa para o que seria seu primeiro dia de trabalho. Não sabia o que poderia esperar, mas desejava que fosse um dia próspero, que as pessoas gostassem do seu atendimento e o que o novo patrão a respeitasse como tal. Bom, se a tratassem como gente já devia ser alguma coisa. Seu primeiro emprego foi na agência de modelo longe da sua cidade, as pessoas passaram a gostar dela e a convidar para qualquer tipo de trabalho, mas quando se é convidada e muito solicitada por ser bonita e gentil, suas colegas de trabalho que deviam a deixar cheia de orgulho de si mesmas, acabaram desejando ter aquela mesma atenção. Brigas e algumas mentiras foram espalhadas por todo lugar, e a reputação de Taylor todas as vezes que ia a um dos locais que trabalhava não ajudava. Sempre arrumava confusão com todos, até com os clientes homens que estavam presentes. Aos poucos, aquele sonho foi se acabando, se perdendo por entre os dedos
Ellie respirou mais fundo buscando forças para sorrir e então virou para os outros — A Sadie está bem. Ela está na casa de uma amiga e o celular acabou descarregando - Contou mantendo um sorriso no rosto. Vicent revirou os olhos se jogando no sofá — Estamos nos preocupando por nada.— Por nada? Ela some o dia todo não apareceu no trabalho, nem na faculdade. Mas é claro que iriamos nos preocupar. Acabamos de voltar. Posso me preocupar com minha namorada.— Claro que pode. Mas vamos pra casa? Eu passei o dia em pé andando de um lado para outro, eu quero dormir. - Pediu quase num suspiro imediato.— Vamos. Tudo bem. Se ela disse que estava bem. Não vamos nos preocupar com isso agora. - Vicent foi o primeiro a levantar, desceram juntos outra vez e seguiram para o carro. O silêncio foi mantido durante todo o trajeto, mesmo Rylian e Vicent conversando sobre as ruas estarem cheia para o filme novo que estreou naquela semana. Comentavam sobre o fato o tempo todo.No entanto, a única pessoa qu
O galpão no final da estrada de barro parecia silencioso quando Ellie desceu do carro batendo a porta logo em seguida. Olhou ao redor procurando qualquer movimento de pessoas ou do próprio Taylor. Não ia negar que estava com medo e que agora entendia o motivo dos garotos quererem se proteger. Talvez se não soubesse que a polícia chegaria a algum momento, não tivesse a coragem de realmente ir até Taylor e o olhar de novo, ouvir sua voz ou estar em sua presença. Como isso desencadeia tantos momentos ruins, momentos em que ela achou que morreria sozinha em um chão frio e úmido. Respirou fundo colocando as mãos dentro do casaco e andou em direção à entrada daquele galpão. Suas pernas estavam mais trêmulas do que nunca, o coração acelerado como se fosse morrer a qualquer momento, e quem sabe isso podia mesmo acontecer. Taylor era um homem perigoso por diversão, imaginava sentindo raiva? Ele seria capaz de tudo, até mesmo um assassinato.Parou na entrada quando escutou um gemido baixo, conh
— Sua amiga, a Ellie acordou antes de chegar ao hospital. Estava elétrica e tiveram que ceda-la, mas acordou de manhã.— Ellie… - Soprou o nome dela com raiva e ódio ao mesmo tempo. Ela não tinha culpa de ter sido levada para os braços daquele homem, mas mesmo assim, não conseguia mais ouvir ou ver aquela garota se não se lembrasse do quanto Taylor falou e falou e ameaçou usando o nome dela. — Como ela está?— Um pouco traumatizada, mas vai ficar bem, os pais dela estão aqui desde ontem quando tudo aconteceu - Sadie virou para olhar sua mãe — Você lembra o que aconteceu?— Eu me lembro da Ellie sair do carro e me mandar dirigir, mas não consegui me mexer, acabei desmaiando. Não queria sair dali sem ela. - A mãe sorriu e abaixou o olhar. — E aquele homem?— Bom, parece que o seu ex-noivo atropelou aquele homem na tentativa de salvar vocês duas. Os pais dele não deram queixa e até pediram para pagar as despesas do hospital. A irmã contou à polícia o que ele fazia com a namorada na cidad
Contar minha história não é nem um pouco comum, mas eu tenho certeza que você vai gostar de saber como acabei com Jae Marck e Mattie em cima de uma cama confortável suada e satisfeita... Era uma sexta-feira quando minha longa jornada para descobrir quem sou começou. Não havia nada de especial naquele dia, estava deitada na beira da piscina da minha casa escutando uma música qualquer nos fones de ouvido quando o sol simplesmente foi coberto por uma nuvem passageira. Tentar ter uma marca decente no corpo nos dias de hoje passou a ser complicado e isso não é de se esperar quando mora em uma cidade que é fria por ela mesma, sem precisar do inverno para tal. Sentei na beirada tirando um fone por vez e virei colocando os pés para dentro da água. Joguei o corpo para trás esperando a quentura do sol voltar, mas logo meus ouvidos capturaram um som ao longe e eu tive que abrir os olhos. Faziam quase cinco meses que não morava ninguém a casa ao lado da minha, mas isso estava prestes a mudar p
Sem pensar muito na minha desgraça coloco o vestido deixando expostas minhas pernas. Todas as minhas amigas dizem que eu sou bonita, devia me envolver com alguém legal para poder curtir a vida, mas meu pai sempre diz que uma mulher bonita é sempre aquela que sabe o que quer, e eu quero me formar, ter duas ou três faculdades concluídas, um emprego bom, uma casa própria e só depois penso em ter uma família. Isso é o que todas as adolescentes têm que pensar. E eu ainda não me sinto preparada para dar-me tanto assim. Tenho somente vinte e dois anos. E todos me veem como uma melhor amiga de peitos grandes e inocente e é justamente isto que sou. Termino a minha maquiagem e por fim calço minhas botas, e dando uma última olhada no meu visual, gosto do que vejo e saiu do quarto. Meu pai ainda não chegou e devo dizer que isso não me surpreende. Não encontro Eleonor em lugar nenhum e isso também não me preocupa. Chamo um táxi para chegar mais rápido no endereço que Annie me deu e saiu de cas
- Como você sabe?- Gina me contou ontem à noite. - Perco meu sorriso ao pensar na possibilidade desses dois terem transado e não me assustaria se isso de fato aconteceu. - Perguntei sobre você.- Quando chegou? Achei que ainda estivesse por aí viajando pelo mundo com seu padrinho.- Chegamos tem duas semanas, estava procurando um lugar para ficar. Me mudei com dois amigos, e você? Ainda mora no mesmo lugar? Posso passar por lá amanhã depois do meio dia.- A gente se mudou, e não, eu não quero você perto da minha casa - Tento ir novamente e o sinto me puxar para mais perto. Minha costa bate em seu peito e percebo que ainda que seu rosto não tivesse mudado nada, algo ali naquele corpo mudou, e eu não ousaria pensar no que senti.- Por quê? Não vai admitir que deva sentir algo por mim ainda? - Sua mão para na minha coxa e sua cintura mexe para o lado dançando com a música lenta, faço o mesmo dando um sorriso - eu fui seu primeiro, o primeiro a gente nunca esquece. Você não tem namorado