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Algum tem antes...

Luís Renato

— Luís? — Gisele me chamou, entrando em minha casa, e me abraçou apertado. — Eu sinto muito! — Vi Guilherme entrar com minha afilhada adormecida em seus braços. Droga! Não gosto disso, de ter que tirar os meus amigos do seu conforto, mas eu realmente precisava deles aqui comigo. Já eram dez da noite e o único contato após o sequestro da Ana, foi uma mensagem com a foto dela amarrada a uma cadeira e amordaçada. Eu me sentia inútil, estava arrasado, despedaçado e em frangalhos. Não conseguia pensar direito, e gelava só de pensar o que estariam fazendo com ela.

— Os detetives não arredaram os pés da porta daquele apartamento, eles não saíram pela porta da frente — Ela disse. — Então resolvemos verificar se havia outra saída no prédio. Foi quando demos conta da saída de incêndio. Provavelmente sabiam que estavam sendo vigiados — explicou. Uma falha grave na segurança. Pensei. Como não pensamos nas saídas adjacentes?

— Penso que fizeram o mesmo aqui, Gisele.
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