Meia hora depois, estou pondo as bolsas no porta-malas do meu carro. Um enfermeiro, traz a Ana, sentada em uma cadeira de rodas, segurando os nossos filhos em seus braços. Pego o Jonathan, coloco-o com cuidado no bebê conforto e faço o mesmo com a Cristal. Em seguida, ajudo a minha esposa a se acomodar melhor no banco do carona e logo estamos no trânsito, a caminho de nossa casa. Não há satisfação maior do que olhar para a minha família, em meu carro. Respiro fundo e deixo um sorriso bobo crescer em meus lábios. Assim que chegamos, com cuidado vamos para as escadas e no meio do corredor, fico na dúvida, em qual quarto deixar os meus pontinhos? Eu sei, tem o quarto deles, mas poxa, eles são tão pequeninos! Para acabar de vez com a minha agonia, peço para o Emerson providenciar dois moisés e quando ele o faz, instalo um em cada lado da nossa cama. Marta me ajuda a organizar os lençóis e os protetores e em menos de uma hora tenho minha pequena família pertinho de mim. Passamos praticamen
Ana JúliaO tempo passou muito rápido, e eu sinto que não consegui aproveitar tudo. Muita coisa boa aconteceu em nossas vidas desde então. Os nossos bebês cresceram, eu me formei em arquitetura, mais hotéis foram inaugurados. Olho para a fachada da escola infantil Mont Serrat. Uma escola grande, onde Luís estudou quando criança e passou aqui as melhores fases da sua vida, até o dia de ir para a faculdade. Jonathan e Cristal já estão com dois anos, e é o segundo dia de aula deles aqui na escola. Eles vão fazer o primeiro maternal. Juro que achei que iriam chorar no primeiro dia deles, mas para a minha surpresa, estão super empolgados.— Mick? — Jonathan gritou para um coleguinha que estava descendo do carro, ao lado de sua mãe. Ele largou a minha mão e correu em direção ao mais novo amiguinho.— Olá! Prazer, me chamo Lisa Serrano. Eu sou a mãe do Mike. — A loira alta e bem elegante disse assim que se aproximou. Sorri segurando a sua mão estendida para mim.— Prazer, eu sou Ana Júlia! E
— Então, que tal irmos para aquele nosso cantinho e curtirmos um dos nossos momentos gostosos? — O convite tem um tom rouco e vem acompanhado de um sexy piscar de olhos. Puxo a respiração, abrindo um sorriso malicioso para o meu marido. Pois é, agora temos o nosso cantinho especial. Um flat para a nossa privacidade amorosa, porque agora nós temos alguns minis invasores todas as noites ou todas as manhãs em nossa cama e como trabalhamos durante o dia, temos que encontrar uma maneira de escapulir. Entenderam o X da questão? — Hum, acho uma ótima ideia, senhor Alcântara! — sussurro as palavras. Luís morde o lábio inferior de modo sugestivo, quando me escuta falar o seu sobrenome, seguido da palavra mágica. O flat é um lugar simples e aconchegante ao mesmo tempo. É pequeno, mas serve perfeitamente para os nossos encontros íntimos. Batizamos o nome do lugar de nosso ninho de amor, já que é exatamente isso o que viemos fazer aqui, amor! Luís fecha a porta atrás de si e me olha da cabeça ao
Luís AlcântaraEu nunca tinha trabalhado tanto assim na minha vida! O fator Ana Júlia F. Alcântara como nossa arquiteta está me trazendo contratos e mais contratos. Tive que contratar duas novas equipes para dar conta do serviço. Não estou reclamando, até porque eu amo o que faço e agora eu tenho três motivos para voltar para casa. E falando em voltar para casa... Paro o carro em frente à porta da nossa mais nova moradia e sou recebido pelos gêmeos e pelo Caio ao mesmo tempo. Eles pulam nos meus braços, assim que eu saio do veículo. Eu os abraço e os beijo com animação e logo em seguida sou bombardeado por perguntas e contos do dia a dia deles. Mas estranho o fato de não ver a Ana junto a eles.— Onde está a sua mãe? — indago colocando-os no chão.— Lá dentro. Ela está com visitas — Cristal responde prontamente.— Visitas, quem?— A tia Marta trouxe uma amiga.— E também tem uma menina, papai — Cris interrompe o irmão.— Uma menina? — pergunto com a mesma animação da minha filha e vam
— Muito bom, Maxuell! — falo com admiração.— Max. Me chame apenas de Max, senhor Alcântara —pede sério.— Claro, Max. — Volto o meu olhar para Emerson e indago com meu melhor modo CEO:— Como andam aquelas investigações que te pedi? — Ele abre um sorriso orgulhoso.— Como você mesmo pôde constatar, Max é um puta investigador. Pedi para ele fazer esse serviço. Assim você conhece melhor o trabalho do garoto. Assinto mais uma vez. Em seguida, olho para Max, que me estende um envelope. Esse é negro e tem uma logo branca com a sigla MI.— O que significa?— É a minha marca. O M, é a primeira letra do meu nome, e o I, é de investigador. — Aceno em concordância.— Tem a sua própria empresa?— Ainda não. Acabei de voltar para o Brasil e estou tentando me estabelecer aqui. — Olho para o envelope e tiro de dentro dele praticamente um livro.— Descobrimos quase tudo sobre Edgar Fassini, senhor. Nome completo dos pais e um dossiê sobre eles. O cara nasceu em Goiás e viveu lá até pouco mais de vin
Sobre o livro E Se Eu Te Beijar? Esse romance conta a história de Cristal e Jonathan, os gêmeos de Ana e Luís, além de dois amigos de infância deles. Entre encontros e desencontros de amores e paixões, esse livro trará fortes emoções e eu tenho certeza que você irá se apaixonar pelas loucuras e travessuras desse quarteto. *** Jasmine. Olho pela décima vez o meu corpo seminu no espelho. Por que não sou igual as outras meninas? Pelo menos eu acho que não sou. Sei lá, elas parecem bem maiores em tudo. Peitos grandes, bunda grande, pernas grossas... Aff!!! Olho o relógio mais uma vez, acho que já estou atrasada para o nosso primeiro dia de aula. Corro para o meu armário e tiro o uniforme do colégio, vestindo-o logo em seguida. É o nosso último ano no ensino médio e depois vamos curtir as férias. Desculpe! Eu não me apresentei a vocês. As vezes sou assim mesmo, desligada, estabanada, desequilibrada e desastrada... Um conjunto desastroso, em perfeita harmonia. Meu nome é Jasmine Vieira
Jonathan. — Eu não entendo, cara — resmungo para o meu amigo, sentado ao meu lado no sofá da sala. — O quê? — Olha para mim — peço. — Qual é Jonathan! Tá me tirando? Eu vou lá ficar olhando para homem descamisado! — Ele ralha zombeteiro. — Sério Mike! Eu sou um cara bonito. — Você que está dizendo! — Rolo os olhos. — Eu tenho o corpo atlético, estou no time de futebol... contra a minha vontade, claro, mas estou. Por que Helena não olha para mim? — inquiro. Ele dá de ombros. — Vai ver você não faz o tipo dela. Você é moreno e o Victor é loiro. Já pensou nisso? — Estou determinado, cara. É o meu último ano e pelo menos uma casquinha eu tenho que tirar daquela loira — digo determinado. Sério. Eu sou rico, mas não sou o típico um filhinho de papai metido a besta. Quero me formar e ser um bom arquiteto igual a minha mãe. Tenho boas notas, pratico esportes e mesmo assim a garota não olha para mim? Não, isso está muito errado. Penso. Desperto dos meus pensamentos quando as garotas
Mick As luzes coloridas de neon piscam por todo o ambiente obscuro em meio a fumaça de gelo seco que se espalha no meio da multidão. O som dançante na voz de Ava Max, cantando Sweet But Psyco é contagiante. A moçada se agita dançando em um ritmo eletrizante, enquanto ela se mexe de uma forma quente e sensual e eu simplesmente não consigo tirar os meus olhos de cima dela. Ela é linda... é sexy pra caralho! Solto um suspiro e bebo o que restou da minha cerveja direto no gargalo da garrafa pequena. Cristal ergue os seus braços, balançando o seu corpo pequeno e magro. Seus cabelos negros e longos estão suados, e colados no seu rosto bem afilado. Ela fecha os olhos dando uma leve abaixada no quadril largo e sobe lentamente... sensualmente. Largo a garrafa no balcão e olho ao meu redor. Jonathan está enroscado em uma garota no cantinho do bar e não vejo Jasmine em lugar nenhum. Respiro fundo e dou alguns passos firmes na direção da pista de dança, quando percebo que tem muitos caras aqui d