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Já faz muito tempo que estou amordaçada, amarrada a uma cadeira e trancada aqui neste quarto. Estou com sede, com fome e os bebês estão bem agitados. Desde que todos saíram do cômodo, ninguém veio me ver. Em algum momento cheguei a dar alguns cochilos perturbados e foi exatamente em um desses cochilos, que o barulho da porta me despertou, e um homem de aparentemente trinta anos entrou. É o mesmo que me abordou na calçada com uma arma. Pensei o olhando diretamente. Ele caminhou lentamente até mim e eu respirei fundo calmamente. Preciso me manter calma, por causa dos bebês, mas confesso que não está sendo fácil. Eu definitivamente não sei o que se passa na mente deles, não sei o que pode acontecer aqui e isso me causa um medo irrefreável. Ele aponta o celular para o meu rosto e tira uma foto, depois sai, sem dizer uma palavra. Penso em Luís, no quão ele irá enlouquecer com tudo isso. Calma, Ana, só mantenha a calma e tudo vai dar certo! Tento me convencer. Para a minha surpresa, a port
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