GusDeixei a vibração leve por um tempo. No começo, parecia gostar. Depois, ela logo se deu conta de que com tão pouco atrito, não conseguiria gozar e isso a gerou frustração. O seu olhar mudou e a inquietação se tornou mais intensa. Ela também começou a perceber que quanto mais se mexia, mais os laços nas coxas se apertavam. Maya gemia em plena agonia.Aumentei duas vezes a velocidade, vendo sua face relaxar e os lábios esboçarem um sorriso. Os gemidos se tornaram mais altos. Mas, novamente, ainda não era o suficiente para um orgasmo.Olhando cheia de súplica, ela implorou por mais. Aumentei novamente a vibração e ela começou a se contorcer. Os dedos dos pés se contraíram e ela logo gozou, quase aos gritos. Com mão livre, acariciei meu pau que latejava louco para entrar nela.Maya olhou-me, esperando que eu desligasse o vibrador, mas não fiz. Elevei a vibração ao último nível, fazendo-a gritar de verdade. Após o orgasmo, o clitóris fica sensível. E se um homem souber como, ele está a
Maya— É o Augustus! — anunciou Mary.Ao caminhar pelo corredor, olhei em direção à entrada. A figura alta, morena e imponente do cara mais irritante surgiu ao passar pela porta. Ele olhou para mim e sorriu. Eu sorri de volta, sentindo o meu coração bater forte e quente outra vez.— Estão prontas? — ele perguntou.— Estamos.Entramos no carro e dirigimos em busca da nossa árvore de Natal. Depois de comprá-la, levamos para casa e a decoramos, juntos. Louise surgiu com novas fotos, nas quais estava Gus. Penduramos todas elas e, então, colocamos a estrela no topo.Quando a noite chegou, Augustus levou-me para jantar. Mas, antes de chegar no local, ele vendou-me. Ao chegarmos, ajudou-me a caminhar, alertando sobre os obstáculos no caminho. Subimos alguns degraus e depois caminhamos um pouco mais. Eu já estava levemente tonta.— Onde estamos indo, Gus? — perguntei.— De repente não confia mais em mim de olhos vendados?Ri.— É claro que confio. Só estou ansiosa. Achei que íamos comer, esto
GusAbri a porta de casa e logo os meus ouvidos se encheram com a discussão acalorada que acontecia entre Mary e Louise. O motivo do desentendimento era uma saia, a qual pertencia a Mary e Louise a usou sem a sua permissão.Pendurei o casaco no hall de entrada e retirei os sapatos. Passei por elas na sala de estar, sem me intrometer na briga de pré-adolescentes, e caminhei em direção à cozinha, onde Maya cortava legumes sobre a bancada.— Há quanto tempo está rolando essa briga?— Que briga? — ela perguntou, sorrindo.Parei logo atrás dela e repousei a mão na sua cintura, beijando o seu rosto em seguida.— Aquela onde duas garotas de doze anos brigam por uma saia.— Eu não estou ouvindo nem uma briga — falou em um tom humorado.Ri. Às vezes é mais fácil ignorar certas discussões das meninas do que se intrometer nelas. Maya era muito boa em fazer isso.— Okay. Então eu também não ouço nada. — Abracei-a.— Como foi o dia?— Cansativo. Passei as últimas sete horas em cirurgia. Não sinto
GusAssim como já havíamos percebido, Mateo tinha pressa em conhecer o mundo. As sete semanas se resumiram em cinco. As contrações começaram no meio da noite, acompanhadas de um sangramento preocupante, em um dia que eu estava em Portland para um seminário. Carson mandou que o helicóptero do hospital fosse me buscar enquanto Maya era levada por Teddy para o hospital. Quando enfim cheguei, ela já estava no centro cirúrgico. Eu me preparei e entrei. Fiquei todo o tempo ao seu lado. Não houve choro quando o pediatra anunciou que Mateo já havia sido retirado. Maya encarou o teto e apertou com mais força a minha mão, enquanto lágrimas desciam as têmporas.Beijei a sua testa e permaneci com os lábios em sua pele. Fechei os olhos, concentrando-me, e fiz aquilo que aprendi quando ainda era uma criança: rezar por um milagre de Deus.Então, em um instante, nossos ouvidos foram preenchidos por um choro agudo e forte. Maya e eu respiramos imensamente aliviados. Olhei em seus olhos, percebendo a m
MayaSeis anos depois...— Essa é a última mala? — Augustos perguntou para Mary, que assentiu.Ele a ajeitou na traseira do seu carro e fechou o porta-malas.Mary se virou para mim, que estava de pé logo ali, ao lado do carro, e sorriu com tristeza. Ela abraçou-me apertado, beijando o meu rosto.— Você vai ficar bem? — perguntou.— Vou, sim.Afastou-se, me olhando com receio.— Não preciso ir para a faculdade agora, mãe — disse com pesar.Mary estava sentindo muito em ter que me deixar. E eu sentia dor em ter que deixá-la ir. Estava sendo difícil me despedir dela e de Louise, que havia partido para Oxford há uma semana.— De jeito nenhum. — Acariciei a sua face.— Eu te amo — disse ela, abraçando-me outra vez.— Eu te amo, querida.Beijei o seu rosto, e ela se afastou.— A gente cuida dela — disse Mateo, abraçando a irmã pela cintura.— Eu sei que irá.Adrian se aproximou dela. Mary se abaixou à sua frente. O garotinho de três anos estava cabisbaixo. Entre ele e Mateo, ele com certeza
MayaPela janela, eu observava a chuva fina cair sobre o asfalto. Enquanto abotoava minha camisa, olhei as horas no relógio de pulso: quatro da manhã. O céu ainda estava escuro, e boa parte de Seattle dormia, assim como o homem atrás de mim, que se mexeu na cama. Aproximei-me dele e observei-o ressonar. Isaac é bonito e tem um corpo de dar água na boca. Ele é um eterno romântico, daqueles que te ligam no meio do dia só para ouvir a sua voz e te mandam flores sem motivo algum. Também é um grande cavalheiro; abre a porta do carro, puxa a cadeira no restaurante e só se senta depois de você. Um homem dos sonhos de qualquer mulher. Menos do meu, e eu lamento por isso.Eu não conseguia amá-lo, embora tivesse tentado muito. Minhas amigas com certeza me chamarão de estúpida quando eu contar que acabou. Elas jamais entenderiam o que eu preciso em um homem, embora ainda não me sinta verdadeiramente pronta para o que a minha alma submissa necessita. No entanto, não posso mais me enganar com ele,
MayaEntrei novamente no carro e estacionei na próxima vaga livre. Será muito divertido colocar esse babaca em seu devido lugar!— Bom dia, dra. White.— Bom dia, dr. Carson — cumprimentei-o ao descer.— Por que parou aqui? Sua vaga é lá na frente.— O cirurgião plástico que você contratou estacionou a motinha dele na minha vaga.— Eu sinto muito. Vou pedir que ele retire — disse um tanto preocupado.— Não! — Sorri para ele. — Achei que ele tem um ego bem grande, deixe-me murchar isso primeiro.Carson riu.— Não vai fazê-lo pedir demissão como o último fez. Está difícil de achar um bom cirurgião plástico.— Se isso acontecer, prometo que encontrarei um dos melhores. Alguém que não pense que toda mulher trabalhando em um hospital é a enfermeira, como se isso fosse a escória da medicina e exercer essa função fosse desmerecedora para a carreira de alguém.— Por que os plásticos são assim, hein?— Porque alguém em algum momento, em algum lugar o fez acreditar que é Deus.Carson assentiu e
MayaAo passar pela porta da frente da casa do meu pai, escutei risadas vindo da sala de jantar. Tirei o casaco e o deixei sobre o encosto do sofá, junto da bolsa. Caminhei em direção a eles e parei no batente da porta, observando minhas filhas interagirem com os avós. Sempre que presencio esses momentos, penso em como minha mãe adoraria tudo isso se estivesse aqui. As netas a amariam incondicionalmente, assim como eu a amei.Os olhos do meu pai se ergueram, encontrando os meus.— Maya... Não ouvimos você chegar.— Oi, mamãe — cumprimentaram as gêmeas, em uníssono.— Oi, meninas.— Venha, Maya. Seu lugar já está à mesa — disse Clear.Aproximei-me deles e sentei ao lado de Louise.— A vovó Clear fez uma torta de espinafre com ricota. Está muito boa. Experimente um pedaço. — Louise cortou uma enorme fatia e serviu em meu prato.— Obrigada, meu amor.— Também tem suco de cenoura com laranja — falou Mary, servindo um copo para mim e o colocando à minha frente.— Obrigada, querida.— De na