— O papai me ajudou. — A menina piscou para Pietro que abriu um sorriso sincero. — Olha só, um homem gentil. Que sorte a minha. — Andy falou olhando para Pietro e sorrindo, ainda com os olhos correndo discretamente pelo ambiente atrás dele. — Aconteceu alguma coisa, meu amor? — Ele se aproximou e perguntou discretamente dando-lhe um selinho ao notar que ela procurava por algo. — Eu achei ter visto… — Ela falou séria por um momento. — Não. Nada. — Ela o encarou e sorriu. — Coisa da minha cabeça. Esquece. — Tem certeza? — Pietro a encarou por um segundo. Sabia que ela estava mentindo como sempre fazia ultimamente. — Tenho sim, O que acha de comermos? — Andy sorriu se referindo a elee a menina. — Eba! — A menina bateu palmas animadas e correu para a cesta de lanches. O resto do dia foi completamente animado, com direito a almoço especial e passeio num parque de diversões no final da tarde. Volta e meia Andy olhava ao redor e tinha a sensação de que estava sen
Andy foi se acalmando aos poucos, sua respiração foi normalizando, suas mãos foram parando de tremer, ela segurou agora suavemente o pescoço de Pietro. Ele a encarou admirando-a enquanto acariciava seu rosto, os olhares se encontraram e ela abriu um breve sorriso. Ele a beijou apaixonadamente e ela retribuiu toda a sensação que os lábios dele lhe causava. Pietro a segurou pela cintura e o beijo foi ficando cada vez mais quente, ela apertou as mãos sobre o pescoço dele puxando-o mais para perto. Ele a segurou mais firme colocando-a em seu colo, ela colocou as pernas ao redor do corpo dele passando as mãos por suas costas sentindo-o se arrepiar. Ele a deitou na cama com todo cuidado do mundo e foi descendo os lábios, primeiramente pelos seus ombros; ele levantou sua blusa lentamente e passou a mão por sua barriga. Aquela era a deixa para entrarem num mundo só deles, longe de toda a dor e inebriados de prazer. Eles fizeram amor, dessa vez não foi selvagem, foi necessitado e ardente...An
Cezar estava empolgado para aquele almoço, finalmente ficaria frente a frente com sua doce e amada Cattleya, a mulher que quase o matou no quarto daquela casa, que lhe deu dois tiros no peito e o deixou para morrer. Hoje ele enfrentaria a mulher audaz que achou estar no controle. Ele passou anos a procura dela, só para mostrá-la que ele sempre poderia ter tudo que quisesse e ele a teria. Ele teria morrido se não houvesse fingido estar inconsciente depois do tiro, ela atiraria novamente se o visse de olhos abertos. Então ele esperou que ela saísse e conseguiu pegar o celular e ligar para o motorista. Pena que quando chegou ela já havia conseguido fugir, mas mesmo assim Cezar havia perdido muito sangue, ficou inconsciente, o tiro não pegou no coração por pouco, mas o deixou debilitado. Ele teve que passar uns tempos se recuperando para finalmente procurar sua doce Cattleya. Cezar jurou para si mesmo que um dia ainda a teria, que terminaria o que havia começado e que ela pagaria pelos
— Só me deixa falar, meu bem. — Ele falou colocando o dedo indicador nos lábios dela. — Eu não sei o que houve com você, e por quanto tempo te deixaram sozinha, não sei o quanto abusaram de você e da sua bela aparência e o quanto isso te machucou. Não é fácil ser uma mulher tão magnífica. Mas você é muito além disso, é especial e agora você me tem por inteiro, por completo e sem ressalvas! Eu estou aqui para você, estou aqui com cicatrizes e não mais feridas abertas, estou aqui com cada pedacinho meu colado novamente pelo teu amor. E eu irei fazer o mesmo. Irei juntar os seus cacos, colar seus pedaços, e fazer carinho em suas dores quantas vezes for necessário, porque eu amo você, Andy. Amo você, como nunca amei ninguém. Você me lembra a minha Cattleya, a Cattleya que cuidei por todos os dias, que admirei todas as tardes e que me prendeu tanto a atenção, você é a minha Cattleya, meu antídoto e eu nunca vou te deixar sozinha. Nunca. Mesmo que você queira, eu vou estar sempre aqui para
Pietro estava olhando através da janela, preocupado por Andy ter saído sem dar notícias daquele jeito e já faziam meia hora, ela não atendia ao telefone, não respondia suas mensagens e agora havia dado caixa de mensagem. O celular dele tocou e na mesma da hora sem nem olhar quem era ele atendeu.— Pietro Fischer falando. — Ele falou num tom sério. — Senhor Fischer, teria como se encaminhar ao Hospital Central de Boston (HCB), a Senhorita Andy Miller sofreu um acidente e o Senhor é o único na lista de chamada de emergência dela. — Estou indo para aí. — Pietro falou desligando o celular e se dirigindo para o hospital sem nem ao menos pensar duas vezes. Novamente, novamente a mesma chamada com nomes diferentes, ele deu um murro no volante. Não poderia perder ela também. Não poderia acontecer de novo, sempre dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, será que agora cairia? Será que ele ficaria sem a única mulher que foi capaz de amar depois de D
— Achei vocês. — Pietro falou entrando no escritório e dando de cara com Andy e Cezar conversando. — Ah sim, eu estava passando e vi a Senhorita Miller, como ela é a assessora e não tivemos a chance de conversarmos, achei crucial termos pelo menos um pequeno diálogo. — Cezar sorriu virando-se para Pietro. — É, o Cezar estava me explicando algumas coisas à cerca do livro dele. — Andy forçou um sorriso gentil. — Mas, ele me disse que já estava indo, pois tinha um compromisso importante, é uma pena... — Andy o encarou. — Ah sim claro. Vou sim. Mas fico feliz porque ainda vamos nos reencontrar outras vezes. — Cezar a encarou por um momento e sorriu. — Senhor Fischer, obrigado mais uma vez pela bela parceira. O Senhor é um homem magnífico. — Cezar falou cumprimentando Pietro. — Que é isso! Me chame de Pietro. Eu quem agradeço por termos sido escolhidos. — Pietro sorriu. O homem assentiu e saiu da sala, Andy respirou fundo engolindo em seco a vontade de surtar. Pietro s
— Eu… — Ela tentou argumentar quando foi interrompida. — Ahhh, minha doce Cattleya, não se precipite na sua decisão. Você tem uma semana para decidir e vir comigo para a nossa amada Rússia. Muita coisa mudou por lá durante esses anos, mas continua amável! Eu vou esperar pelo seu contato, uma semana e nada mais, contando de hoje, para resolver tudo e voltarmos para casa. E para o caso de você tentar novamente me matar, tenho provas relevantes sobre seu passado num lugar seguro e acho que a polícia quando achar vai ter um material notável. Vamos pedir o nosso almoço? — Ele falou dando uma olhada no cardápio novamente.— Perdi o apetite. — Ela abriu um sorriso sarcástico e se levantou da mesa indo em direção à porta de saída. Andy não sabia para onde ir, o coração estava acelerado e a visão embaçada pelas lágrimas a levaram direto para a frente do mar. Ela se sentou na areia colocou a cabeça entre as pernas e chorou, chorou de soluçar, seu corpo tremia com aquela conver
— Sei que vai. — Pietro sabia que ela estava mentindo, mas não a pressionaria mais, sabia que isso não iria funcionar. Algo estava completamente errado e ele descobriria. — Deveria ter ficado em casa e descansado, está com uma cara péssima. Comeu alguma coisa? — Ela falou preocupada. — Não vou te dizer que essa frase serve para você também. Tomei café, e você, comeu alguma coisa? — Ele falou sentindo o clima estranhamente pesado entre eles. — Não estou com fome. Estou meio enjoada. — Ela disse automaticamente. — Tem que ir ao médico, tenho notado que anda sempre sem fome e enjoada ultimamente, no dia do acidente o médico não lhe disse nada? — Ele perguntou curioso, ela não estava bem. — Ele disse que estava tudo normal, apenas esgotamento físico e susto com a batida. Apenas isso. Ando meio cansada. — Ela disse tentando contornar a situação. Aquele não era o momento para explicações. — Acho que é a rotina. Normal. Daqui a pouco passa e estou revigorada novamente. — Tudo bem então