Ela nunca tinha entrado naquela sala antes, na verdade somente tinha ficado da porta uma vez. O lugar era bem organizado; ele não tinha muito mau gosto, não havia janelas apenas uma seteira bem perto do teto para entrar ar, era precaução, Cezar tinha muitos inimigos. Enquanto Leon tentava abrir o cofre, Cattleya abriu as gavetas olhando todas as documentações que tinha ali, ligou o computador e abriu os arquivos e para a sua surpresa não era só dela que ele tinha arquivos incriminátorios, dos seus parceiros também. Cezar era um homem bem influente no ramo em que trabalhava e guardava sempre segredos sobre isso, mas não era com métodos limpos! Ela copiou os arquivos e os colocou num pen drive, estava preparada. Leon finalmente conseguiu abrir o cofre em uma hora, ela pegou os papéis que continha toda a sua documentação, fotos da apostila dela do tempo em que trabalhava no Shine, fotos dela com alguns clientes. Ele a vigiava a todo tempo. Ela pegou todos os papéis que e
Cattleya acordou animada, tomou um banho, fez um coque desgrenhado no cabelo e colocou o moletom de sempre. Aquele era o dia de Aksana fazer compras, mas antes ela estava preparando o café de Cezar. Cattleya se aproximou da bancada com um enorme sorriso no rosto. — Bom dia, Aksana. — Ela falou se referindo a mulher. — Bom Dia, Senhorita Mozorov. — A mulher retribuiu o sorriso. — Aksana, eu estava pensando, hoje eu quero levar a bandeja para meu marido. — Cattleya falou com uma expressão pensativa. — Senhorita… Você sabe que ele não… — A mulher tentou se explicar. — Tenha calma, Aksana. Eu sei, mas é aquilo que conversamos. Quero cuidar dele, ele precisa de mim agora. E hoje; eu acordei com tanta vontade de surpreendê-lo. — Cattleya abriu um sorriso “apaixonado” — Senhorita… — Aksana falou pensativa. — Por favor Aksana, você tá cheia de coisas para fazer, que mal tem em levar um café? Será rápido, eu tenho certeza que ele ficará feliz. — Cattleya deu de ombros olhando para a ban
Mas; ela vingaria todo o passado traumático que teve, faria isso por tudo que sofreu, ainda não havia acabado, na verdade, tinha apenas começado, ela colocou o óculos novamente e voltou para o carro. Atravessou a ponte e enquanto isso discou um número na tela do celular colocando no autofalante do carro. Chamou apenas duas vezes. — Andy. — Uma voz feminina falou preocupada do outro lado da linha. — Não. Cattleya. — Ela falou por fim. — Amiga. Onde você está? O que aconteceu? — A mulher falou com voz de choro. — Tenha calma, Celly. Eu resolvi as coisas, dessa vez, definitivamente, preciso que faça algo para mim. — Cattleya falou fria. — Fala, estou aqui para fazer o que pedir. — Celly respondeu retomando o controle de seu desespero. — Ótimo. — Cattleya sorriu. — É bom ouvir sua voz amiga.***Cattleya avistou ao longe sua casa em chamas; a empregada estava do lado de fora desesperada conversando com policiais e bombeiros que já estavam no local, havia ficado mais de três horas fo
Cattleya estava sentada assistindo ao jornal da manhã, a reportagem dizia que quinze empresários haviam sido presos por diversos crimes; desde assassinatos; estelionato á roubos pesados. De acordo com a repórter as provas havia simplesmente aparecido por uma fonte misteriosa. Anunciaram também a morte de Cezar. Cattleya havia desaparecido e eles não tinham simplesmente uma foto dela para jogar na tevê, pois tudo havia “sumido” do sistema. Uma enfermeira apareceu com um copo de chá e entregou para Cattleya que acenou em gesto de agradecimento. — Iai, alguma notícia boa ou ruim? — Cattleya perguntou. — Ainda não; respirando com dificuldade. — A enfermeira falou. — Ok. — Cattleya assentiu bebendo um gole de seu chá. — Não seja dura. — A enfermeira falou gentilmente. — Não estou sendo. A vida já se encarregou disso para mim. — Cattleya sorriu olhando de soslaio por alguns segundos para a enfermeira que cuidava da família desde que ela era uma menina. — Eu sei que ele fora um ho
Andy chegou ao restaurante mais cedo que o esperado; sentou-se na cadeira reservada e tentou disfarçar o nervosismo enquanto esperava aquele homem. Havia avisado a Pietro que precisava resolver algumas coisas por isso não poderia trabalhar, ele ficou apreensivo, mas compreendeu. Andy pediu um vinho tinto qualquer sem nem ao menos lembrar o nome da marca e se forçou a sentir o gosto do alto teor de álcool apenas para não pensar na nojeira que seria aquela conversa. Cezar era pontual, por isso exatamente no horário marcado, nem um minuto a mais e nem um minuto a menos, ele apareceu. Sentou-se à mesa todo sorridente e cumprimentou Andy. — Boa tarde, minha bela Cattleya. — Ele disse encarando o dia através do vidro e voltando o olhar para Andy. — Para você! Para mim, a tarde não poderia ser pior! Andy, Andy Miller. — Ela o encarou com o olhar desafiador de sempre e tom ríspido. — Olha; alguém não teve uma noite favorável. Desconfio que isso seja falta de amor. — Ele
Um grande baile de máscaras acontecia no enorme salão, pessoas de todos os tipos, vestidas em trajes magníficos com suas belas máscaras nos rostos andavam, dançavam e conversavam entre si. No som, Lorde agraciava o ambiente cantando Royal. Cattleya entrou com seu magnífico vestido preto com um grande decote nos seios e as costas nua, uma enorme fenda deixava uma parte de suas belas pernas à mostra, seus cabelos vermelhos cacheados caía ao longo de sua cintura, um batom vinho contornava sua boca e seus olhos roxos contrastavam com uma bela máscara preta, ela desceu as escadas do salão, passo por passo enfrentando os olhares devoradores. No pescoço um colar com o pingente de uma pequena Cattleya em dourado brilhava. Ao chegar ao final da escadaria ela encarou todo o salão, homens e mulheres vieram cumprimentá-la, bajulações; exageros; elogios, não era fácil ser a anfitriã. Cattleya havia se tornado uma grande milionária na Rússia, havia herdado tanto a fortuna de seu p
Um jornalista levantou a mão, ansioso por uma resposta para sua pergunta, ao passo em que foi escolhido.— Senhorita Cattleya, esse livro é baseado em fatos reais? — O homem a encarou levando em conta a veracidade daquelas informações.— Meu caro; tudo que tenho a lhe dizer é que a reflexão que esse livro nos traz é real. — Cattleya sorriu.— E como o impacto de ser autora do mais novo Best-Seller com tanto sucesso em vendas refletiu em sua vida? — Outro jornalista perguntou ao ser escolhido.— Tudo que eu posso dizer; é que estou orgulhosa, não de mim, e sim das pessoas que abriram a mente para todo o conhecimento que esse livro tem para passar. Minha missão foi cumprida, não por ser vendido e publicado em mais de 10 países diferentes, mas sim porque tudo que eu queria era que as pessoas refletissem sobre o verdadeiro significado de estar aqui. E isso aconteceu! Então; estou com a sensação de dever cumprido. — Cattleya respirou fundo ao final de sua frase.— E o que você diria para o
Ela estava lá; contra sua vontade, na verdade contra tudo que mais acreditava. Mas fazer o quê? Não poderia dizer não; não poderia negar como sempre fazia quando não queria algo porque naquele momento ela precisava, aquele emprego seria bom para a sua carteira, para a sua publicidade e quando uma das maiores empresas do país lhe contrata como assessora você não pode dizer não, na verdade ela até tinha dito, tinha esperneado, gritado e praguejado para todos os lados que nunca na sua vida trabalharia para um egoísta, esnobe, infantil e convencido como Pietro Fischer. Mas e agora?Ela estava ali como a última de uma fila de novos funcionários que serviriam apenas para correrem de um lado para o outro sob as ordens dela, todos imposturados como se fossem máquinas estúpidas paradas no corredor. Até que o ambiente era favorável; nem parecia ser de um bil