Pietro e Andy continuaram conversando sobre questões da empresa pelo resto da manhã e saíram para almoçar juntos passando pelo rabo de olho de Débora. Pela tarde, Pietro retornou ao hospital e Andy para a empresa, à noite voltaram a se encontrar na casa de Pietro, jantaram juntos e pelo resto da noite marcaram as visitas com os buffets. Por fim; o dia de desenhos foi marcado para a quinta-feira que Ally teria alta. Tudo foi preparado e decidido nos últimos detalhes, o Buffet foi escolhido a dedo para que não houvesse nada fora do cardápio da dieta de Ally, nem mesmo um pequeno ingrediente surpresa. No dia marcado, seguiram para o Santa luz para buscar a pequenina que já os esperava ansiosamente, ela usava um vestido florido; sapatilha e uma máscara bucal por causa das bactérias ambientes fora do quarto, Andy e Pietro optaram por usar a máscara também e a menina ficou encantada por não ser a única diferente ali. Pietro estacionou o carro e ajudou a pequena Ally a des
Pietro se calou; aquelas palavras penetraram seu coração, todas aquelas palavras se encaixavam perfeitamente… Ele se perguntou o porquê de não ter conhecido aquela mulher antes! Ele suspirou, os dois continuaram ali sentindo o silêncio do ambiente; perdidos em pensamentos, o sentimento sempre falava por eles. Andy estava quase cochilando quando sentiu algo tocar seu ombro por trás. — Oi… — Ela se virou vendo Ally parada às suas costas. — Vocês podem dormir comigo? — A menina sussurrou completamente sonolenta. — Claro. — Andy sorriu e assentiu, acordando Pietro delicadamente. Andy aninhou Ally no meio da cama, deixando-a entre ela e Pietro. Os dois a envolveram num abraço aconchegante e ficaram ali fazendo-lhe cafuné. — Eu queria tanto ter uma família. — Ally falou oscilando entre o sono e a realidade. — Mas agora sei por que não tive, não seriam vocês… Eu queria tanto que vocês fossem meus papais. — Ela bocejou por fim. — Nós adoraríamos se
“— Cattleya, você vai voltar querendo ou não. — Lorenzo gritou com a menina. — Você não vai tirar suas roupas dessa casa, está louca? — Eu não vou ficar mais aqui, Lorenzo, ache outra pessoa para ser sua mercadoria. — Ela cuspiu as palavras na cara do pai, como queria ter feito desde a primeira vez que compareceu a um evento. — Não fale assim comigo menina, quem você pensa que é? Pensa que se manda? Pensa que só porque fez dezoito anos consegue se virar sozinha? Você nunca vai ser nada sem mim. — Ele falou acertando um tapa no rosto da menina. — Ótimo… Nunca mais lave as mãos. — Ela sorriu. — Porque essa é a última vez que você toca ou vê o meu rosto. — Cattleya se virou para ir embora. — Você é muito tola mesmo, saia dessa casa. Pode ir. Vá para o outro lado do mundo não importa. Eu vou fazer as coisas virarem ao meu favor, eu vou achar você e vou lhe trazer de volta... Cattleya tremia de frio, de pânico, quando o carro da amiga parou na estrada e a porta do banco do passage
Andy estava olhando pela janela perdida em seus pensamentos, a chuva caía lá fora, o céu estava completamente nublado, Pietro se aproximou a abraçando por trás. — O que tanto te aflige? — Ele sussurrou no ouvido dela. — Não é nada, meu amor. — Andy abriu um sorriso falso. — Quando vai perceber que não precisa mentir para mim? — Ele disse dando-lhe um beijo no pescoço. — Eu… — Ela respirou fundo segurando as lágrimas quando ele a envolveu mais forte. — Minha flor... —Ele a virou para si. — Eu não posso. — Andy colocou a cabeça no peito dele deixando que as lágrimas viessem involuntariamente. Pietro a abraçou o mais forte que podia, ele não entendia o que estava acontecendo mas vê-la ali tão vulnerável, frágil e sem deixá-lo sequer ajudar estava partindo seu coração em inúmeros e pequenos pedaços. — Meu amor, confia em mim. Me deixa te ajudar. — Pietro falou depositando rápidos beijinhos no rosto dela. — Você já está me ajudando muito. Esquece esse assun
— O papai me ajudou. — A menina piscou para Pietro que abriu um sorriso sincero. — Olha só, um homem gentil. Que sorte a minha. — Andy falou olhando para Pietro e sorrindo, ainda com os olhos correndo discretamente pelo ambiente atrás dele. — Aconteceu alguma coisa, meu amor? — Ele se aproximou e perguntou discretamente dando-lhe um selinho ao notar que ela procurava por algo. — Eu achei ter visto… — Ela falou séria por um momento. — Não. Nada. — Ela o encarou e sorriu. — Coisa da minha cabeça. Esquece. — Tem certeza? — Pietro a encarou por um segundo. Sabia que ela estava mentindo como sempre fazia ultimamente. — Tenho sim, O que acha de comermos? — Andy sorriu se referindo a elee a menina. — Eba! — A menina bateu palmas animadas e correu para a cesta de lanches. O resto do dia foi completamente animado, com direito a almoço especial e passeio num parque de diversões no final da tarde. Volta e meia Andy olhava ao redor e tinha a sensação de que estava sen
Andy foi se acalmando aos poucos, sua respiração foi normalizando, suas mãos foram parando de tremer, ela segurou agora suavemente o pescoço de Pietro. Ele a encarou admirando-a enquanto acariciava seu rosto, os olhares se encontraram e ela abriu um breve sorriso. Ele a beijou apaixonadamente e ela retribuiu toda a sensação que os lábios dele lhe causava. Pietro a segurou pela cintura e o beijo foi ficando cada vez mais quente, ela apertou as mãos sobre o pescoço dele puxando-o mais para perto. Ele a segurou mais firme colocando-a em seu colo, ela colocou as pernas ao redor do corpo dele passando as mãos por suas costas sentindo-o se arrepiar. Ele a deitou na cama com todo cuidado do mundo e foi descendo os lábios, primeiramente pelos seus ombros; ele levantou sua blusa lentamente e passou a mão por sua barriga. Aquela era a deixa para entrarem num mundo só deles, longe de toda a dor e inebriados de prazer. Eles fizeram amor, dessa vez não foi selvagem, foi necessitado e ardente...An
Cezar estava empolgado para aquele almoço, finalmente ficaria frente a frente com sua doce e amada Cattleya, a mulher que quase o matou no quarto daquela casa, que lhe deu dois tiros no peito e o deixou para morrer. Hoje ele enfrentaria a mulher audaz que achou estar no controle. Ele passou anos a procura dela, só para mostrá-la que ele sempre poderia ter tudo que quisesse e ele a teria. Ele teria morrido se não houvesse fingido estar inconsciente depois do tiro, ela atiraria novamente se o visse de olhos abertos. Então ele esperou que ela saísse e conseguiu pegar o celular e ligar para o motorista. Pena que quando chegou ela já havia conseguido fugir, mas mesmo assim Cezar havia perdido muito sangue, ficou inconsciente, o tiro não pegou no coração por pouco, mas o deixou debilitado. Ele teve que passar uns tempos se recuperando para finalmente procurar sua doce Cattleya. Cezar jurou para si mesmo que um dia ainda a teria, que terminaria o que havia começado e que ela pagaria pelos
— Só me deixa falar, meu bem. — Ele falou colocando o dedo indicador nos lábios dela. — Eu não sei o que houve com você, e por quanto tempo te deixaram sozinha, não sei o quanto abusaram de você e da sua bela aparência e o quanto isso te machucou. Não é fácil ser uma mulher tão magnífica. Mas você é muito além disso, é especial e agora você me tem por inteiro, por completo e sem ressalvas! Eu estou aqui para você, estou aqui com cicatrizes e não mais feridas abertas, estou aqui com cada pedacinho meu colado novamente pelo teu amor. E eu irei fazer o mesmo. Irei juntar os seus cacos, colar seus pedaços, e fazer carinho em suas dores quantas vezes for necessário, porque eu amo você, Andy. Amo você, como nunca amei ninguém. Você me lembra a minha Cattleya, a Cattleya que cuidei por todos os dias, que admirei todas as tardes e que me prendeu tanto a atenção, você é a minha Cattleya, meu antídoto e eu nunca vou te deixar sozinha. Nunca. Mesmo que você queira, eu vou estar sempre aqui para