Andy acordou cedo, havia pegado no sono sem nem ao menos notar… Se sentia revigorada, sem nenhum resquício de cansaço! Ela levantou e tomou um banho quente e relaxante colocando um vestido rosa florido com uma sapatilha preta de flores, prendeu o cabelo num rabo de cavalo frouxo, passou um rímel e um batom rosinha, pegou uma bolsa preta pequena de lado e saiu de casa. Eram apenas oito da manhã, ela precisava encontrar um brinquedo para presentear Ally, mas não sabia qual era o seu gosto… Ela entrou em quase todas as lojas de brinquedo de Boston em busca de algo que pudesse chamar sua atenção, mas não encontrou, estava frustrada, quando indo para a última loja que visitaria passou em frente a uma joalheria e avistou uma pequena gargantilha. Um cordãozinho de ouro com uma bonequinha pendurada. Ela namorou a pequena gargantilha por alguns segundos acabando por entrar e comprar! Depois de embrulhar o pequeno presente, Andy entrou no carro e seguiu para uma panificadora, p
Andy e Pietro passaram todo o dia com Allyce, brincaram, riram e fizeram a menina feliz mesmo na cama de um hospital. No final da tarde, a menina começou com os primeiros exames com os dois sempre ao seu lado, eletrocardiograma, hemograma, urina e fezes. Terminaram já à noite com a garotinha extremamente cansada. — O que acha da Andy ler para mim hoje? — A menina falou num tom baixo e fraco. — Ah vai ser um prazer! — Andy abriu um largo sorriso. Pietro sorriu entregando um livro infantil para Andy que logo recusou. — Que tal fazermos diferente? — Ela falou num tom baixo e tranquilo deixando os dois curiosos. — O quê? — A menina sussurrou tomada pelo cansaço. — Vou lhe contar uma história que minha mãe me contou quando eu era pequenina. — Tá. — A menina sorriu e se acomodou pronta para ouvir. — Era uma vez… — Andy começou. — Uma doce menina chamada Alexia, ela tinha o poder de pegar coisas muito pesadas, e as pessoas lhe diziam que ela havia nascido defeit
Pietro abriu a porta da sala e deu espaço para que Andy entrasse, ela entrou ainda meio sem jeito analisando a beleza do ambiente. — Fica à vontade. — Pietro falou sorrindo e se direcionou a cozinha a americana. — Vou preparar algo para nós comermos. — Sua casa é muito bonita. — Andy falou se sentando no banco do balcão americano. — Então, onde aprendeu a cozinhar? — Ela o encarou enquanto ele procurava por algo na geladeira. — Minha família toda cozinhava, no caso, minha mãe cozinhava em casa de família, minha avó trabalhava para um restaurante. Ganhávamos muito pouco então para aumentar os lucros, eu a ajudava nos finais de semana preparando os pratos... Quando finalmente minha mãe podia ficar comigo eu tentava a impressionar mostrando a ela as receitas novas que aprendi com minha vó. — Ele falou empolgado enquanto catava algumas coisas na geladeira. — Você já comeu fricassé? — Ele a encarou por um momento. — Ainda não. — Andy retribuiu o olhar carinhoso. — Você vai adorar!
Andy terminou o banho e saiu enrolada na toalha, ela queria provocá-lo e não podia negar isso. Ele a olhou de cima a baixo tentando se controlar, por fim desviou o olhar jogando um blusão e uma calcinha boxe em cima da cama. — Ah meu bem, que sacanagem. — Ele foi em direção ao banheiro, mas parou no meio do caminho ficando exatamente atrás dela e falando em seu ouvido, depois retornou ao seu trajeto. Andy abriu um sorriso maligno, vestiu “sua” roupa e deitou na cama. Ela estava perdida em pensamentos quando Pietro saiu do banheiro, enrolado da cintura para baixo na toalha mostrando todo seu volume, seu peitoral e cabelos encharcados... Ela o olhou de baixo para cima e respirou fundo desviando o olhar. Ele se vestiu e deitou do outro lado da cama se enrolando no mesmo lençol que ela. — Boa noite, meu bem. — Ele falou se virando para o outro lado. — Boa noite. — Ela respondeu virando para o lado oposto e se ajeitando na cama. Os dois estavam deitados de costas um par
Ela caiu na cama de bruços, ele caiu ao seu lado, às respirações ofegantes, os corpos suados. Ele a encarou por um momento, ali deitada de olhos fechados, buscando por uma respiração equilibrada... “Que mulher linda.” Pensou. — Toma um banho comigo? — Ele perguntou a interrompendo de seus devaneios. — Claro. — Ela falou abrindo os olhos e o encarando. Ele levantou e a ajudou a se levantar, os dois foram para o banheiro. Entraram no boxe e ligaram o chuveiro se colocando debaixo e deixando a água cair sobre os dois. Ela não se importou em molhar os cabelos tarde da noite, aquele momento pareceu parar diante dos olhos dos dois. Ele a abraçou e ela encostou a cabeça em seu peito ainda debaixo d'água, então ele massageou suas costas, ela o segurou firme pelo pescoço, beijando-o suavemente. Ele passou sabonete em seu corpo e depois no dela, banhando-a com todo carinho possível, não houve falas, não precisava, houve sentimentos; emoções e conexão, houve tudo, menos fala.
— Me deixe ser esse homem... — Ele levantou o rosto dela forçando-a suavemente a olhar em seus olhos. — Me deixe ser o seu homem, eu quero aprender com você porque eu também não sei. A Débora parecia me amar, e eu queria dar o mundo a ela, mas ela não me queria, ela só queria esse mundo. Então me deixa aprender com você, me deixa desfazer a imagem que eu tenho sobre o sentimento em relação às mulheres. Também nunca conheci uma mulher que olhasse para mim além do meu dinheiro, mas para você parece ser só detalhe. Deixa-me ser esse homem para você, Andy. Seus olhos são lindos, diferentes, e capazes de enfeitiçar qualquer um, mas não estou enfeitiçado por eles, e sim pelo que tem por trás deles, por tudo que eles escondem e que sua alma grita para que ache alguém digno de revelar, por você, eu estou loucamente apaixonado pela sua alma, claro, você fode pra CARALHO, mas; isso é só um detalhe. — Ele abriu um sorriso descarado, enquanto acariciava o rosto dela, perdido nas palavras dele. — P
Pietro e Andy continuaram conversando sobre questões da empresa pelo resto da manhã e saíram para almoçar juntos passando pelo rabo de olho de Débora. Pela tarde, Pietro retornou ao hospital e Andy para a empresa, à noite voltaram a se encontrar na casa de Pietro, jantaram juntos e pelo resto da noite marcaram as visitas com os buffets. Por fim; o dia de desenhos foi marcado para a quinta-feira que Ally teria alta. Tudo foi preparado e decidido nos últimos detalhes, o Buffet foi escolhido a dedo para que não houvesse nada fora do cardápio da dieta de Ally, nem mesmo um pequeno ingrediente surpresa. No dia marcado, seguiram para o Santa luz para buscar a pequenina que já os esperava ansiosamente, ela usava um vestido florido; sapatilha e uma máscara bucal por causa das bactérias ambientes fora do quarto, Andy e Pietro optaram por usar a máscara também e a menina ficou encantada por não ser a única diferente ali. Pietro estacionou o carro e ajudou a pequena Ally a des
Pietro se calou; aquelas palavras penetraram seu coração, todas aquelas palavras se encaixavam perfeitamente… Ele se perguntou o porquê de não ter conhecido aquela mulher antes! Ele suspirou, os dois continuaram ali sentindo o silêncio do ambiente; perdidos em pensamentos, o sentimento sempre falava por eles. Andy estava quase cochilando quando sentiu algo tocar seu ombro por trás. — Oi… — Ela se virou vendo Ally parada às suas costas. — Vocês podem dormir comigo? — A menina sussurrou completamente sonolenta. — Claro. — Andy sorriu e assentiu, acordando Pietro delicadamente. Andy aninhou Ally no meio da cama, deixando-a entre ela e Pietro. Os dois a envolveram num abraço aconchegante e ficaram ali fazendo-lhe cafuné. — Eu queria tanto ter uma família. — Ally falou oscilando entre o sono e a realidade. — Mas agora sei por que não tive, não seriam vocês… Eu queria tanto que vocês fossem meus papais. — Ela bocejou por fim. — Nós adoraríamos se