— Olá. — A menina falou se referindo a um homem charmoso. Ele tinha um metro e oitenta de altura, moreno, olhos castanhos claros; cabelos na altura do ombro presos num coque. — Olá meu bem, qual seu nome? — O homem respondeu. — Cattleya. — A menina falou determinada. — Ok Cattleya, preciso que fique naquele espaço e faça algumas poses. — O homem apontou para um espaço fotográfico branco. A menina fotografou com todo charme que podia.Se fosse para sair da casa de seu pai, ela não iria se arrepender nunca de estar fazendo aquilo. — Pronto, meu bem aguarde na sala de espera. Final do corredor à direita. — O moço gesticulou para a menina. Ela foi até a sala de espera onde umas trinta garotas estavam, não sabia quantas vagas tinha, ela se sentou num canto ansiosa pela resposta! Cattleya já estava sentada há uns vinte minutos contendo o nervosismo quando uma das meninas se aproximou. — Olá. Qual seunome? — A menina puxou conversa. — Cattleya e
“— Oi. — Ela falou entrando num quarto enorme; as paredes eram todas pintadas de branco deixando o ambiente bem iluminado, em uma das paredes havia um enorme guarda roupa espelhado de um canto a outro, do outro lado uma cama de casal espaçosa forrada com lençóis vermelhos tomava espaço, e de frente na parede central ficava uma tevê de tela plana enorme. Ela seguiu até a cama colocando uma bandeja de ovos mexidos, pão, mamão e uma jarra de suco.— Acorda, meu bem. — Hum? — Ele falou ainda meio sonolento. — O que houve? — Ele bocejou e se espreguiçou ainda deitado. — Levanta baby; para tomar um café da manhã que eu fiz para você! — A mulher sorriu fazendo cafuné no cabelo do marido. — Você cozinhando? Algo grave aconteceu. — Ele abriu os olhos e se sentou na cama ainda sorrindo. — Pare com isso. Eu tento te agradar e é assim que você me retribui? — A mulher fingiu decepção com um biquinho fofo nos lábios. — Pare meu bem; eu adorei! — Ele a abraçou ainda sentado visualizando a ba
Andy passou a mão ao redor do pescoço de Pietro sentindo a necessidade daquele beijo, depois de uns trinta segundos ele a abraçou enterrando a cabeça em seu pescoço e a apertando, puxando-a para si o máximo que podia. Aquele perfume masculino que ela costumava usar o encantava, e ele se viu não querendo nunca mais sair daquele abraço. — Obrigado... — Ele sussurrou no ouvido dela. — Desculpe incomodar. — Debora congelou ao ver Pietro e Andy abraçados em clima de romance. — Tudo bem, entre. — Pietro falou soltando Andy com certa relutância e se sentindo vazio ao vê-la voltar para o seu lugar. —Tenho aqui alguns relatórios de pedidos de autores que o Senhor havia me pedido antes. — Debora disse ainda se sentindo desconfortável. — Tudo bem. — Disse Pietro levantando a mão e pegando os papéis. — Ok, qualquer coisa te chamo obrigado. — Ok. — Ela mal olhou para a cara de Andy que agora analisava os papéis dados por Pietro. Andy observou os papéis sem nenhum pingo
Ele pegou duas taças de vinho na bandeja de um garçom que passava pelo local e deu uma a ela. Algumas pessoas vinham cumprimentá-los representando empresas, conversavam sobre lançamentos, possíveis parcerias e logo se retiravam. Pietro ficou impressionado nas diversas vezes em que Andy abriu a boca para argumentar, ela falava com convicção sobre os assuntos, conhecia diversos conteúdos em todas as áreas inclusive marketing e publicidade. Encantava os homens e mulheres demonstrando propriedade sobre os assuntos. As mulheres faziam questão de levantar de suas mesas para cumprimentar Pietro, ao invés de mostrar suas funções, pareciam querer se mostrar para ele a todo o momento fazendo Andy enfurecer por dentro, ela segurou a raiva sendo tanto ética profissionalmente como discreta. Estavam entretidos conversando quando Andy se levantou e foi ao toalete. Quando voltou uma mulher loira com um vestido branco justo estava sentada em seu lugar na maior intimidade com Pietro. E
Ela a beijou mais uma vez, e depois, como se entendesse o recado, a retirou do colo e ajeitou o seu vestido. Por fim beijou o seu ombro nu e segurou as suas mãos. — Eu quero você! — Ele disse a olhando nos olhos. — Eu acho que você já me tem. — Ela beijou seu peito e respirou fundo voltando a fechar os botões de sua camisa. Ambos voltaram ao trabalho que tinham ido para fazer naquela noite, Andy conversando com alguns escritores e Pietro cumprimentando alguns parceiros. Volta e meia eles se pegavam encarando um ao outro com um sorriso gostoso guardado no canto dos lábios. Pietro estava numa roda de conversa com cinco possíveis parceiros literários, todos animados e entretidos num assunto que ele sinceramente nem estava prestando atenção. Tudo que ele conseguia pensar naquele momento era no quanto àquela mulher conseguira mexer com todos os seus sentidos! Os olhos dele correram discretamente o salão procurando por sua sedutora feiticeira, do outro la
Ela tirou a máscara e o jaleco e o deu. Ele se vestiu e entrou na sala, a enfermeira se colocou ao lado de Andy a frente do vidro. Pietro se aproximou e falou algo no ouvido da menina. Andy o encarou ainda surpresa com tudo aquilo, tudo ao seu redor desapareceu ao ver uma lágrima escapar dos olhos de Pietro, ele abaixou a cabeça no colo da criança, seu peito parecia subir e descer rapidamente enquanto ele falava algo. — O que ela é dele? — Andy perguntou tentando reconhecer o homem frágil e completamente vulnerável à sua frente. — Desconfio que ela seja a vida dele. — A moça suspirou frustrada por saber que tinha que tirá-lo de lá. E que talvez, aquela fosse a última vez que ele falasse com sua Ally viva. Pietro engoliu o choro, ele tinha que se controlar, sua menina não poderia vê-lo daquele jeito. — Volta para mim, minha Ally. — Ele falou deixando escapar um soluço. — Não me deixe também. — Ele beijou sua mão. — Senhor Fischer? — Um dos médicos falou se aprox
Quando Loren acordou Pietro já eram quase dez da manhã, ele levantou com todo cuidado para que Andy não despertasse e por um segundo parou para admirá-la, mesmo dormindo no sofá de um hospital ela era linda! Logo as preocupações atingiram seus pensamentos. — Notícias? — Ele perguntou ansioso. — Preciso que me acompanhe. — A enfermeira falou saindo da sala logo em seguida. Pietro saiu da sala seguindo Loren completamente ansioso. Quando ele chegou na sala da UTI seu coração pareceu parar de bater, ele sorriu aliviado ao ver sua menina sorrindo para ele. — Meu bem… — Ele entrou na sala rapidamente indo até a menina e a abraçando. — Oi. — Ela sussurrou com uma expressão muito cansada. — Não se esforce. — Ele falou acariciando o rosto dela. — Minha Ally, você quase me matou de susto. — Ele sorriu enquanto lágrimas de alívio escorriam pelo seu rosto. — Eu amo você. — A pequena menina falou o encarando. — Eu também amo você, minha menina. — Ele sentiu um soluç
Pietro e Andy se retirou da sala e foram para a sala de espera. — Obrigado por estar aqui. — Pietro falou sentando ao lado de Andy e a encarando por um momento. — Tudo bem, ela é encantadora. — Andy sorriu o olhando nos olhos. — Ela é sim. — Ele sorriu e começou a desfrutar do café da manhã. — Sobre aquele assunto mais cedo… — Andy relutou em falar, mas prosseguiu. — Como você chegou até o orfanato da Ally? — Quando eu perdi minha família eu acreditei que havia perdido tudo, então passei a fazer trabalho voluntário para reencontrar o sentido da vida novamente. — Ele estava perdido em pensamentos. — Nos conectamos imediatamente como eu havia dito antes, ela parecia muito com a Clara no jeitinho de ser. — Clara é um nome muito bonito. — Andy sorriu. — Sim. Foi eu quem escolhi, a Débora minha esposa não concordou. Dizia que era nome de pobre, mas com o tempo acabou aceitando. — Ele falou dando um gole em seu café. — E como era a sua esposa? Vocês eram muito felizes? — Andy