O final de semana havia passado rápido, Andy trabalhou fora visitando algumas filiais, alguns empreendedores e fazendo todo serviço comercial enquanto Pietro estava na empresa. Eles não estavam se vendo, mas, tinham algo em comum. Não paravam de pensar um no outro! Eram onze da noite de domingo, Andy estava apoiada na bancada de sua varanda observando o mar... Estava exausta e quase bêbada, inquieta e com saudade de alguém, ela sabia de quem, só não queria admitir! Por que não ligar para perguntar como havia sido o dia na empresa? Por que não? Estava tarde claro, mas provavelmente na noite de domingo ele estaria trabalhando, ou, transando por aí. “Idiota” ela se xingou. Era inacreditável que estivesse com tanta vontade de pelo menos ouvir a voz de Pietro, ela estava enlouquecendo com aquele sentimento estranho. Ela só se deu conta de que havia ligado após ouvir a respiração do outro lado da linha. — Alô. — Uma voz masculina soou do outro lado da li
O resto da tarde foi agitado, porém tranquilo, Pietro saiu para almoçar trazendo novamente a porção dela. Já eram umas nove da noite quando todos os funcionários já estavam indo embora. Pietro arrumou suas coisas e se despediu brevemente de Andy, que depois de uns dez minutos achou que seria melhor ir embora também. Quando Andy chegou ao estacionamento Pietro estava apoiado na porta do carro com uma expressão impaciente no rosto. — Houve algum problema? — Ela perguntou curiosa. — Meu carro não está ligando. Vou ter que esperar o serviço chegar para ver o que aconteceu. — Ele respirou fundo frustrado. — Ele só não está dando partida? — Ela olhou o modelo do carro, pensativa. — Isso. — Ele a encarou desconfiado. — Acho que posso ajudar. — Ela caminhou até o carro, colocou a bolsa no chão e abriu o capô visualizando por um instante as peças. — Entre e dê a partida, por favor. Ele hesitou por um minuto, mas obedeceu. — Ok. De novo. — Ela mexeu
— Olá. — A menina falou se referindo a um homem charmoso. Ele tinha um metro e oitenta de altura, moreno, olhos castanhos claros; cabelos na altura do ombro presos num coque. — Olá meu bem, qual seu nome? — O homem respondeu. — Cattleya. — A menina falou determinada. — Ok Cattleya, preciso que fique naquele espaço e faça algumas poses. — O homem apontou para um espaço fotográfico branco. A menina fotografou com todo charme que podia.Se fosse para sair da casa de seu pai, ela não iria se arrepender nunca de estar fazendo aquilo. — Pronto, meu bem aguarde na sala de espera. Final do corredor à direita. — O moço gesticulou para a menina. Ela foi até a sala de espera onde umas trinta garotas estavam, não sabia quantas vagas tinha, ela se sentou num canto ansiosa pela resposta! Cattleya já estava sentada há uns vinte minutos contendo o nervosismo quando uma das meninas se aproximou. — Olá. Qual seunome? — A menina puxou conversa. — Cattleya e
“— Oi. — Ela falou entrando num quarto enorme; as paredes eram todas pintadas de branco deixando o ambiente bem iluminado, em uma das paredes havia um enorme guarda roupa espelhado de um canto a outro, do outro lado uma cama de casal espaçosa forrada com lençóis vermelhos tomava espaço, e de frente na parede central ficava uma tevê de tela plana enorme. Ela seguiu até a cama colocando uma bandeja de ovos mexidos, pão, mamão e uma jarra de suco.— Acorda, meu bem. — Hum? — Ele falou ainda meio sonolento. — O que houve? — Ele bocejou e se espreguiçou ainda deitado. — Levanta baby; para tomar um café da manhã que eu fiz para você! — A mulher sorriu fazendo cafuné no cabelo do marido. — Você cozinhando? Algo grave aconteceu. — Ele abriu os olhos e se sentou na cama ainda sorrindo. — Pare com isso. Eu tento te agradar e é assim que você me retribui? — A mulher fingiu decepção com um biquinho fofo nos lábios. — Pare meu bem; eu adorei! — Ele a abraçou ainda sentado visualizando a ba
Andy passou a mão ao redor do pescoço de Pietro sentindo a necessidade daquele beijo, depois de uns trinta segundos ele a abraçou enterrando a cabeça em seu pescoço e a apertando, puxando-a para si o máximo que podia. Aquele perfume masculino que ela costumava usar o encantava, e ele se viu não querendo nunca mais sair daquele abraço. — Obrigado... — Ele sussurrou no ouvido dela. — Desculpe incomodar. — Debora congelou ao ver Pietro e Andy abraçados em clima de romance. — Tudo bem, entre. — Pietro falou soltando Andy com certa relutância e se sentindo vazio ao vê-la voltar para o seu lugar. —Tenho aqui alguns relatórios de pedidos de autores que o Senhor havia me pedido antes. — Debora disse ainda se sentindo desconfortável. — Tudo bem. — Disse Pietro levantando a mão e pegando os papéis. — Ok, qualquer coisa te chamo obrigado. — Ok. — Ela mal olhou para a cara de Andy que agora analisava os papéis dados por Pietro. Andy observou os papéis sem nenhum pingo
Ele pegou duas taças de vinho na bandeja de um garçom que passava pelo local e deu uma a ela. Algumas pessoas vinham cumprimentá-los representando empresas, conversavam sobre lançamentos, possíveis parcerias e logo se retiravam. Pietro ficou impressionado nas diversas vezes em que Andy abriu a boca para argumentar, ela falava com convicção sobre os assuntos, conhecia diversos conteúdos em todas as áreas inclusive marketing e publicidade. Encantava os homens e mulheres demonstrando propriedade sobre os assuntos. As mulheres faziam questão de levantar de suas mesas para cumprimentar Pietro, ao invés de mostrar suas funções, pareciam querer se mostrar para ele a todo o momento fazendo Andy enfurecer por dentro, ela segurou a raiva sendo tanto ética profissionalmente como discreta. Estavam entretidos conversando quando Andy se levantou e foi ao toalete. Quando voltou uma mulher loira com um vestido branco justo estava sentada em seu lugar na maior intimidade com Pietro. E
Ela a beijou mais uma vez, e depois, como se entendesse o recado, a retirou do colo e ajeitou o seu vestido. Por fim beijou o seu ombro nu e segurou as suas mãos. — Eu quero você! — Ele disse a olhando nos olhos. — Eu acho que você já me tem. — Ela beijou seu peito e respirou fundo voltando a fechar os botões de sua camisa. Ambos voltaram ao trabalho que tinham ido para fazer naquela noite, Andy conversando com alguns escritores e Pietro cumprimentando alguns parceiros. Volta e meia eles se pegavam encarando um ao outro com um sorriso gostoso guardado no canto dos lábios. Pietro estava numa roda de conversa com cinco possíveis parceiros literários, todos animados e entretidos num assunto que ele sinceramente nem estava prestando atenção. Tudo que ele conseguia pensar naquele momento era no quanto àquela mulher conseguira mexer com todos os seus sentidos! Os olhos dele correram discretamente o salão procurando por sua sedutora feiticeira, do outro la
Ela tirou a máscara e o jaleco e o deu. Ele se vestiu e entrou na sala, a enfermeira se colocou ao lado de Andy a frente do vidro. Pietro se aproximou e falou algo no ouvido da menina. Andy o encarou ainda surpresa com tudo aquilo, tudo ao seu redor desapareceu ao ver uma lágrima escapar dos olhos de Pietro, ele abaixou a cabeça no colo da criança, seu peito parecia subir e descer rapidamente enquanto ele falava algo. — O que ela é dele? — Andy perguntou tentando reconhecer o homem frágil e completamente vulnerável à sua frente. — Desconfio que ela seja a vida dele. — A moça suspirou frustrada por saber que tinha que tirá-lo de lá. E que talvez, aquela fosse a última vez que ele falasse com sua Ally viva. Pietro engoliu o choro, ele tinha que se controlar, sua menina não poderia vê-lo daquele jeito. — Volta para mim, minha Ally. — Ele falou deixando escapar um soluço. — Não me deixe também. — Ele beijou sua mão. — Senhor Fischer? — Um dos médicos falou se aprox