No dia marcado para a assembleia geral na empresa de Henrique, Jade se arruma com esmero, queria estar confiante e segura ao enfrentar aquele que pensou nunca mais ver. Ela tinha escolhido a dedo o vestido que usava, não queria que as pessoas pensassem que a velha Jade ainda existia. Todos que ela conhecia estariam presentes, inclusive o senhor Jaime, pai de Henrique, que sempre a elogiou por sua dedicação ao trabalho, nunca duvidando de sua capacidade de crescer profissionalmente. Jade havia acordado cedo, para que antes de se arrumar pudesse deixar Nicolas no hotelzinho, que tinha lhe garantido dar a ele os alimentos que ele precisava comer. Ao voltar para o apartamento Jade tomou um banho demorado, e depois de secar os cabelos ela vestiu o vestido que ela mesma havia confeccionado, era preto, justo e com uma fenda na frente, era de mangas, mas com um detalhe, um dos ombros ficava a mostra, tendo um detalhe na manga. Nos pés, uma sandália altíssima na cor vinho, e se preocupou ta
Jaime pretendia conversar com Jade a sós, tentaria convencê-la a assumir o cargo que lhe foi oferecido. Tinha ciência que o problema dela era com Henrique, e era compreensivo, afinal quando tudo aconteceu, foi o primeiro a condenar o filho pelo que fez, e as coisas só amenizaram quando ele conheceu Eduarda e Sofia que os conquistou, ele e a esposa. Sofia sempre foi uma jovem alegre, um pouco extravagante, mas eles aprenderam a gostar dela. — Não tenho interesse em ler relatórios de uma empresa a qual não desejo fazer parte — Jade se levanta elegantemente — E se alguém quiser comprar as minha ações é só entrar em contato. Deixarei o meu cartão com a secretária do senhor Henrique — Ao ser tratado por Jade de forma tão formal, tem vontade de dizer que para ela, ele nunca seria o senhor Henrique. — Jade... — Henrique a chama, tentando chamar a sua atenção mas é ignorado. — Tenham um bom dia — Jade sai da sala ignorando os olhares de todos. Ela deixa o cartão com a secretária, dizen
Henrique sem responder, empurra Sofia até a mesa dela dando ordem para que ela pegue a bolsa dela, quando ela faz isso, já um pouco temerosa ele sai a arrastando pelos corredores da empresa, chamando a atenção de todos. Sofia tentava se soltar das garras dele, implorando que ele a soltasse, mas era como se Henrique estivesse cego pelo ódio, ela andava aos tropeços, mas ele pouco se importava. Ele chama o elevador e grita pelos seguranças, que não demoram a aparecer. — Leve esse lixo e a ponha na rua, a partir de hoje ela não põe mais os pés nessa empresa. — Henrique, eu sou a mãe da sua filha, não pode fazer isso comigo — Sofia implorava desesperada — Henrique, me desculpe, mas é que eu fiquei com ciúmes... Henrique, por favor... Quando o elevador chega os seguranças a empurram para dentro, já que Sofia se negava a entrar, enquanto isso, Henrique se mantém parado como uma estátua esperando as portas do elevador se fecharem, seu rosto era feito pedra, sem nenhuma emoção Quand
Henrique não esperava que o seu pai fosse perguntar sobre o assunto, já tinha tido coragem de se abrir com ele, mas daí explicar o que seria BDSM, já era demais. — Pai, não vou entrar em detalhes com o senhor, mas para que possa entender, BDSM são práticas sexuais com uma dose de crueldade e violência, incluindo o sadomasoquismo, dominação e submissão, entre outras práticas, mas tudo o que eu fazia era com a permissão dela, por ela também gostar. — Sofia era uma prostituta? É isso que está me dizendo? — Ela gostar desse tipo de prática não a faz uma prostituta, éramos livres. Sofia era livre para ficar com quem quisesse, nunca me preocupei com isso, não tínhamos sentimentos um pelo outro, como eu disse antes, era apenas sexo. — Você transava com uma pessoa assim sem preservativo? — Eu penso que não, mas preciso confessar que as vezes eu ficava tão alucinado que não posso dar certeza se usava, mas na maioria das vezes com certeza eu usava. — Você realmente estava louco,
Jaime sempre gostou muito de Jade, ele a achava determinada e muito inteligente, nunca recusou um trabalho por achar difícil ou por não se achar capaz, pelo contrário, adorava um desafio. Começou a trabalhar na empresa sem experiência, mas em pouco mais de dois anos seria capaz de assumir o departamento por sua capacidade, mas na época Aguiar, o pai dela, já era o responsável pelo setor. — Como Jade ficou sabendo sobre você e Sofia? — Jaime continua as suas perguntas, queria saber ao máximo sobre a mulher que entrou na vida deles com planos bem traçados. — No dia que Eduarda nasceu eu encontrei Jade no corredor da maternidade. — Eu não sabia disso, coitada de Jade — Jaime se volta para olhar para o filho — Como Jade ficou sabendo do nascimento de Eduarda? — Eu não sei, talvez ela tenha me seguido, já que estávamos jantando e eu a deixei sozinha no restaurante para ir acompanhar o parto de Eduarda, queria cumprir minha promessa. — Confesso que pensei que você fosse mais inte
Henrique naquela noite usou a sua própria gravata para amarrar as mãos de Sofia na grade da cama, a fazendo sorrir o olhando com os olhos de pura luxúria. Mesmo sem ele a tocar, ela se contorcia gemendo sem pudor, lhe abrindo bem as pernas o fazendo morder os lábios de tanta excitação, ela demonstrava estar se deliciando por estar presa e nua na presença de um desconhecido. Ao sentir os dedos dele em sua intimidade ela pede por mais, mas ele a manda permanecer em silêncio, e assim ela faz, apenas se deliciando com aqueles dedos dentro dela.Quando lhe acariciou os seios, fez questão de lhe apertar os bicos, mas ordenou que sulortasse a dor calada, e assim ela fez, apenas mordendo os lábios e rebolando como se implorasse para ser possuída, mostrando o quanto a dor lhe dava prazer Quando lhe puxou os cabelos a beijando em seguida, Sofia correspondeu com um desejo alucinado, por isso ele lhe morde os lábios e ela sorri, ganhando um tapa não forte, mas isso a faz reclamar e lhe pedir po
Enquanto Henrique se martirizava pelo que tinha acontecido no passado e suas consequências, Jade ligava para Sebastian, o amigo por quem tinha imenso carinho. Ela tinha passado uma mensagem para ele mais cedo, quando estava indo para a empresa. — Eu nem acreditei quando recebi a sua mensagem dizendo que estava de volta — Sebastian responde animado. — Vamos almoçar juntos? Eu estou convidado, vou te esperar no restaurante de sempre, espero que ainda se lembre do endereço. — É claro que eu me lembro, será um imenso prazer almoçar com a minha amiga, de quem estou morrendo de saudade, só preciso atender uma paciente antes de sair. Sebastian era dermatologista, e tinha o seu próprio consultório, mas quando soube da chegada de Jade, ficou tão eufórico que providenciou de remarcar todos os pacientes agendados para depois do horário do almoço, não havia nenhum procedimento urgente e poderiam ser reagendados para um outro dia sem nenhum problema. Ele e Jade eram amigos desde quando er
Sebastian custa assimilar a segunda parte da informação, ele não sabe se ouviu direito, e tem medo de confirmar o que ouviu. — Calma aí... você está me dizendo que tem um filho? — Pergunta deixando o sorriso morrer. — Sim, eu tenho. Ele se chama Nicolas. — Essa aliança? Você se casou? — O que Sebastian menos queria era ouvir Jade dizer que estava casada. — Essa aliança foi um amigo que me deu — Jade mexe na aliança em seu dedo, e pensa no olhar de Henrique — Na verdade namoramos por um pouco mais de um ano, mas ele sofreu um acidente de carro, e infelizmente não resistiu. — Eu sinto muito — Sebastian diz sem ser honesto. — Acho que nasci para viver só. — Por opção — Ela o olha fingindo estar chateada — Estou brincando. Mas me fala sobre o seu filho, deve ter sido difícil depois que o pai dele morreu. — Augusto não era o pai de Nicolas, ele o aceitou como filho, mas Nicolas não era filho dele. — Quantos anos tem o seu filho? — Sebastian pergunta com uma desconfiança.