Logo após o discurso, Henrique avisa que está indo embora e ele chega a pensar que Jade não iria mais com ele. Mas ela parecia estar cansada de estar ali e quando ele se aproxima ela nem mesmo contesta em irem embora. Quando eles entram no carro, Jade tira a sandália e coloca os pés no painel do carro os alongando.
— Não sei como vocês conseguem usar um salto tão alto — Henrique questiona enquanto liga o carro— Enquanto estamos na adrenalina, confesso que nem sentimos, o problema é quando paramos — Jade sorri — Os pés agradecem quando os deixamos livres.— Está cansada? — Henrique pergunta ao vê-la fechar os olhos, com a cabeça recostada no assento.— Na verdade não — Jade ainda com a cabeça recostada o olha — Estava pensando, o que te levou a confessar aquelas coisas em um momento tão inapropriado. Você sabe que os repórteres adoram uma fofoca, talvez o que tenha feito mude o foco do evento.— Eu não me importo — Henrique responde seQuando Jade desce até a sala de refeições, encontra Lurdes cuidando de Nicolas, que tenta correr ao ver a mãe, mas Jade o impede. — Nada de correr — ela se aproxima antes que ele tente correr novamente — Bom dia meu amor, parabéns por ter se comportado com os seus avós. — Bom Dia, mamãe! A vovó diz, sô rapazinho — Jade ri do que ele diz. — Sim você já é um rapazinho — Jade confirma o que lhe foi dito — Bom dia, Lurdes! Obrigada por cuidar dele. – Não precisa agradecer, para mim é um imenso prazer ficar com ele. — Onde está Henrique e o sr Jaime? — Estão no escritório. Mas sente-se, vamos tomar o nosso café da manhã — Lurdes limpa a boca de Nicolas e coloca um pedaço de bolo de aveia já cortado para ele. — Bom dia, Jade — Jaime e Henrique chegam sentando-se em seus lugares — Estava conversando com Henrique sobre o evento de ontem, apesar do incidente, foi um sucesso. — Não duvidava disso — Jade respond
Sebastian não se abala com a pergunta, ao invés disso ele nega com a cabeça e a olha com um sorriso de lado.— Você está mesmo desconfiando de mim? Acha mesmo que eu tenho alguma coisa com aquela mulher? Se quer mesmo saber, eu a conheci através de Henrique, ele nos apresentou Sofia como a mãe da filha dele. Você ainda não tinha ido embora, mas eu não quis te contar para não te deixar ainda mais triste. Se está duvidando de mim, pergunte a Kleber. Henrique nos convidou para conhecer a filha dele que tinha acabado de nascer, ele estava muito feliz, afinal era a primeira filha dele. No dia que nos contou sobre a criança só faltou estourar champanhe e distribuir charutos. — Não precisa dizer mais nada... — Jade sente como se um punhal afiado estivesse entrando em seu peito.— Sim, eu preciso — Sebastian responde irritado — Nunca pensei que você fosse capaz de duvidar da minha amizade. Na época precisei me manter ao lado de Henrique para saber de toda a história, não queria
Cansada de ficar ali, olhando o vazio, Jade decide fazer algo que não estava tendo coragem, ela pega os envelopes que estavam no cofre da casa onde morava com os pais quando criança e os leva para cama, os colocando lado a lado. Quando vendeu a mansão, não imaginou que houvesse segredos escondidos ali. Algo lhe dizia que dentro daqueles envelopes havia resposta sobre o seu passado, sobre o passado dos seus pais. Ela pensa na mãe, que pouco falava com ela, apenas para falar mal do pai dela, ela pensa no pai que depois de inúmeros tentativas de reaproximação, desistiu dela, ela pensa na avó, que apenas lhe dizia para não julgar as pessoas sem conhecê-las de verdade, antes pensava que os conselhos da avó era para a vida, mas com aqueles envelopes a sua frente a fazia pensar ser em relação aos pais. Respirando fundo, ela abre o primeiro envelope. Ela retira várias fotos de dentro dele, e ali ela vê a mãe ao lado de uma outra mulher bem vestida. Quem seria aquela m
Jade sai do local com uma tristeza tão grande que parecia que ia explodir, tamanho era o aperto que causava no coração. Ao entrar no carro ela vai até o cemitério, sabia que de nada adiantaria pedir perdão ao pai, mas ela precisava fazer isso. — Pai, eu nem trouxe flores, pois de nada adiantaria te dar elas agora — Jade chora de Joelhos perante o túmulo do pai — Sei também que fui infantil e influenciável, mas nunca pensei que uma mãe pudesse ser tão cruel. Jade havia descoberto que o seu pai havia feito de tudo para tirar Damaris daquela vida, lhe dando tudo o que ela queria por acreditar ser por dinheiro que ela trabalhava ali. Mas Damaris gostava da vida que tinha, e não tinha interesse em deixar. Aguiar conseguiu tirá-la dali depois que ela engravidou, mas isso com a ajuda da avó de Jade, que convenceu a filha a se casar com Aguiar pelo bem da filha. Mas por Aguiar frequentar o bar onde se conheceram, Damaris acreditava que ele só a queria longe da
Camila não demora a ir embora, mas Henrique parecia não estar com pressa, ele queria saber sobre a conversa dela com Sebastian, mas buscava uma oportunidade para fazer perguntas, já que o assunto da noite foi sobre a história que Jade havia descoberto sobre os pais dela. — Você vai dormir aqui? — Jade pergunta, querendo pedir que ele ficasse. — Se você não se importar. — Confesso que eu não quero ficar sozinha — Jade confessa e o olha nos olhos — Henrique... — Eu não vou te deixar sozinha, vou ficar com você. — Henrique, você e aquela mulher ainda mantém contato? — Eu juro que não, alguém lhe enviou o convite, mas acredite em mim, não fui eu. — Eu acredito, mas Sebastian me disse que vocês mantém contato por causa de Eduarda. — Se quer saber, eu penso que Eduarda possa ser filha dele, mas com certeza você vai achar que eu estou delirando.
Henrique decide contar o que Eduarda lhe disse. Ele não sabia onde aquela conversa iria chegar, mas estava disposto responder a todas as perguntas de Jade. — Eduarda soube pelo próprio pai. Ele se apresentou à ela. — Pelo próprio pai? como assim, e quem é o pai dela? — Jade pergunta curiosa. — Eu não sei, mas penso que possa ser Sebastian. Se não houvesse segredos entre eles, não havia porquê ele esconder que a conhecia. — Em parte você tem razão. Mas por favor Henrique, me diga a verdade, você realmente não tem contato com Sofia? Acredito que não tenha esquecido Eduarda, afinal ela é uma criança e é apenas uma inocentes nisso tudo. — Eu não tenho mais nenhum contato com aquela mulher, mas eu preciso te confessar uma coisa, eu continuo recebendo notícias de Eduarda, mas isso é através da babá. É a babá quem me mantém informado sobre ela, mas isso é por eu não confiar em Sofia, só por isso que não me afasto em definitivo de Eduarda — Jade nada diz ao ter essa informação — M
Henrique pensa se havia chegado a hora de contar toda a verdade para Jade, mas ao pensar nas coisas que fazia com Sofia, o faz se sentir envergonhado pelo que era capaz de fazer. Ele acredita que ao confessar a verdade para Jade, a faça se sentir ainda pior, ainda mais decepcionada com ele. Por outro lado, se ele não dissesse o real motivo do seu envolvimento com Sofia, poderia fazer com que ela pensasse que havia sentimentos por parte dele em relação a ela. — Jade... — Henrique tenta começar, mas lhe falta coragem. — Henrique, eu não sou mais aquela jovem boba que sorria ao ganhar flores e que acreditava quando dizia me amar. Eu era assim até você me provar que as flores não significavam nada e o amor, que dizia sentir por mim, era da boca para fora. — Jade se põe na frente dele e o encara, o fazendo querer desviar os olhos daquele olhar que conseguia o intimidar — Foi sexo? Foi esse o motivo de você se envolver com outra mulher, sexo? — Henrique f
Henrique não gosta de ouvir Jade falar de Augusto novamente, isso só o faz ter certeza que se ele fosse vivo, ela não estaria ali disposta a lhe dar uma nova chance, obviamente ela estaria casada com ele e criando o seu filho o chamando de pai. Henrique permanece ali sentado, não deixaria o ciúme tirar a sua paz, afinal o tal de Augusto estava morto. Jade volta e se senta de frente para ele, com as pernas cruzadas. Ela havia aprendido a ser a pessoa que era pelas circunstâncias da vida. Sabia ter sido criticada por muitos, quando namorava Henrique, mas aquele era o jeito dela. Alguns diziam que ela era apenas séria demais, outros a achavam centrada demais, mas a verdade, é que ela era uma pessoa com uma armadura, que ao resolver tirá-la por confiar em alguém, foi ferida sem nenhuma piedade. O medo de se machucar, a fez se tornar quem era, uma pessoa de poucos amigos e de pouca conversa. Henrique foi aquele que a fez se despir de sua armadura, e por conhecê-la, sabia ter sido a pess