Henrique pensa se havia chegado a hora de contar toda a verdade para Jade, mas ao pensar nas coisas que fazia com Sofia, o faz se sentir envergonhado pelo que era capaz de fazer. Ele acredita que ao confessar a verdade para Jade, a faça se sentir ainda pior, ainda mais decepcionada com ele. Por outro lado, se ele não dissesse o real motivo do seu envolvimento com Sofia, poderia fazer com que ela pensasse que havia sentimentos por parte dele em relação a ela.
— Jade... — Henrique tenta começar, mas lhe falta coragem. — Henrique, eu não sou mais aquela jovem boba que sorria ao ganhar flores e que acreditava quando dizia me amar. Eu era assim até você me provar que as flores não significavam nada e o amor, que dizia sentir por mim, era da boca para fora. — Jade se põe na frente dele e o encara, o fazendo querer desviar os olhos daquele olhar que conseguia o intimidar — Foi sexo? Foi esse o motivo de você se envolver com outra mulher, sexo? — Henrique fHenrique não gosta de ouvir Jade falar de Augusto novamente, isso só o faz ter certeza que se ele fosse vivo, ela não estaria ali disposta a lhe dar uma nova chance, obviamente ela estaria casada com ele e criando o seu filho o chamando de pai. Henrique permanece ali sentado, não deixaria o ciúme tirar a sua paz, afinal o tal de Augusto estava morto. Jade volta e se senta de frente para ele, com as pernas cruzadas. Ela havia aprendido a ser a pessoa que era pelas circunstâncias da vida. Sabia ter sido criticada por muitos, quando namorava Henrique, mas aquele era o jeito dela. Alguns diziam que ela era apenas séria demais, outros a achavam centrada demais, mas a verdade, é que ela era uma pessoa com uma armadura, que ao resolver tirá-la por confiar em alguém, foi ferida sem nenhuma piedade. O medo de se machucar, a fez se tornar quem era, uma pessoa de poucos amigos e de pouca conversa. Henrique foi aquele que a fez se despir de sua armadura, e por conhecê-la, sabia ter sido a pess
Jade se deita novamente como se tivesse dito uma coisa que ele já esperasse, mas a verdade é que Henrique mesmo sabendo ser possível, se sentia extasiado por ouvir dela que estava lhe dando uma outra chance, isso significava que ela estava o perdoando pelo que tinha feito. Henrique se deita ao lado dela, e a abraça, mas Jade lhe vira as costas, permitindo que ficassem de conchinha e volta a dormir, sem se importar dele esta ali abraçado a ela com outras intenções. Eles acordam com alguém fazendo festa na cama deles e Jade ao ver o filho ali tão feliz, o agarra, lhe fazendo cócegas. — Papai, papai... ajuda eu — Nicolas pede em meio a gargalhadas. — Vêm filho, vamos fugir da mamãe — Henrique consegue livrar Nicolas de Jade que parecia estar bem disposta. — Não filho, você precisa ajudar a mamãe a fazer cócegas no papai — Isso é o suficiente para Nicolas se virar contra o pai e lhe fazer cócegas com as suas pequenas mãos, fazendo o pai
Ao fechar a porta, Jade se permite soltar o ar, estava se sentindo sufocada com toda aquela situação. Sebastian sempre demonstrou ser um bom amigo, mas ela não podia correr o risco de ser enganada mais uma vez, precisava descobrir a verdade, para isso não podia romper a amizade com ele, mas por outro lado não podia permitir que ele se metesse em suas decisões. — Espero está fazendo a coisa certa — Confessa se voltando para Henrique — Acho que agora podemos ir, Camila irá para casa de Kleber, eles passarão o dia juntos. — Podemos combinar com eles e almoçar todos juntos, o que você acha? — Ótima ideia, vou falar com Camila e combinamos em algum lugar, sei que você irá providenciar o almoço de Nicolas, disso eu não duvido mais. — Com certeza não precisa se preocupe, pode deixar comigo. — Acabou a reunião? — Camila chega acompanhada de Nicolas — Quero saber o que está acontecendo, por um acaso Sebastian estava fazendo uma cena de ciúmes? Foi o que me pareceu, a cara dele est
Já em casa, Jade decide que ela mesma cuidaria de Nicolas pois sempre que Henrique estava era ele quem cuidava, mas ela já estava com saudade de fazer aquilo com o filho, o ajudar no banho, o secar e depois vestir uma roupa confortável para ele ficar em casa brincando. Já arrumado ela o deixa com Henrique para se cuidar. Depois de um banho demorado ela passa um óleo corporal, sorrindo ao sentir a fragrância adocicada. Veste um vestido de malha longo, de alças finas estampado e opta por uma sandália rasteira, não tinha pretensão de sair e estava perfeita como estava. Henrique também estava a vontade de bermuda e camisa de malha. Ela encontra Henrique deitado no sofá assistindo TV com Nicolas, que estava lutando contra o sono para poder assistir o desenho que estava passando. Ela passa por eles e vai até a cozinha, iria preparar algo para o jantar, mas nada sofisticado e difícil, talvez até fizesse um lanche, sabia que Henrique gostava e Nicolas comer
A noite eles puderam continuar de onde pararam, e mais uma vez Henrique foi surpreendido por Jade, que em nada se parecia com a doce e meiga Jade. Ela não era mais a jovem ingênua e timida que ele tinha em seus braços quando namoravam, por vezes envergonhada, era agora uma mulher capaz de enlouquecer qualquer um. Já deitados, abraçados e satisfeitos, Henrique nada conseguia dizer, pois ele sabia que tudo aquilo o tal Augusto foi quem a motivou a ser e isso o incomodava um pouco.Não era com dores e humilhações, mas era com determinação, ao ponto dele se considerar submisso à ela, lhe obdecendo sem mesmo precisar que ela ordenasse algo, mas a sua atitude o levava a fazer o que ela queria. Ela não o humilhava, ela apenas lhe mostrava o que queria e ele lhe obedecia como um bom submisso. Tê-la sentada em seu rosto enquanto lhe fazia um sexo oral o fez ver o quanto ela estava ousada, vê-la debruçada sobre a pia do banheiro lhe olhando nos olhos através do espelho enquanto ele
Jade estava em seu quarto arrumando uma pequena mala, pensou que esse dia fosse demorar mais a chegar, mas ali estava ela, se preparando para voltar para a cidade de onde saiu prometendo a si mesma nunca mais voltar. Ela guarda as roupas com cuidado e calma, não estava com pressa, tudo o que mais queria é que as horas demorassem a passar e que ela não precisasse voltar para uma cidade onde só lhe trazia más recordações. Jade suspira desanimada guardando a última peça de roupa na bagagem e depois disso ela fecha a mala. Ela se senta na cama e permite que a sua memória volte ao passado, mesmo que esse passado ainda a fizesse sofrer. Quatro anos haviam se passado desde que ela pegou um ônibus e foi para outro estado, acreditando que a distância a fizesse esquecer de acontecimentos que quase a destruíram, mas ali estava ela, revivendo em pensamentos toda aquela dor. Saber que o seu pai era quem a obrigava a voltar, a fazia se sentir ainda mais revoltada pois, foi perda de tempo deix
Depois de dar um beijo no filho, Jade volta para o seu quarto, ela já estava com tudo organizado, havia feito um planejamento e sabia exatamente o que iria fazer e como. Decidida a ficar apenas o tempo necessário para resolver as questões inadiaveis, levava pouca coisa, se tudo corresse como planejado logo estaria de volta. Seus planos era colocar a casa e o apartamento que lhe foi deixado à venda, os imóveis alugados continuariam alugados, quanto as ações da empresa estava disposta a vender e, se ninguém se interessasse em comprar, seria capaz de fazer uma doação, apenas para se livrar de algo que a ligasse a Henrique. Aguiar, seu pai, não apenas assumia um cargo importante na empresa, mas era um dos acionistas da empresa de Henrique, por isso ela foi convocada para uma assembleia geral, e nessa assembleia ela ofereceria as suas ações. Na verdade, Jade torcia para que alguém a procurasse antes, e lhe fisesse uma proposta, as venderia por qualquer valor, o importante era se livrar
Usando todas as economias que tinha, Jade decidiu mudar de cidade, optando por morar em outro estado, não queria correr o risco de Henrique encontrá-la, isso é, se ele a procurasse, já que estaria ocupado com a filha recém nascida e a amante de resguardo, assim ela pensou na época. Decidiu recomeçar do zero, disposta encontrar um trabalho tão bom ou um cargo melhor do que o que ocupava antes, mas ao descobrir a gravidez pensou ser difícil conseguir um emprego formal, por isso, Jade decidiu por em prática o que tinha aprendido nos anos que morou com a sua avó, costurar. Aos poucos ela conseguiu montar uma pequena confecção que crescia gradativamente, e atualmente a sua marca lhe dava uma boa lucratividade. Na manhã seguinte, depois de passar quase toda a noite em claro, Jade acorda com alguém em sua cama, fazendo festa. — Mamãe, é hoje que vamu viaja? — Nicolas pergunta animado.— Hummmm... ainda não está na hora de acordar rapazinho.— Tá sim mamãe, eu já domi muito e a mamãe tamb