*Carla Narrando*Estava me arrumando toda pro pagode, só faltava meu boy. Ele não era bem meu ainda, estávamos naquele rolo, mas já considerava pacas e sabia que ele iria me assumir, assim espero, quer dizer.Me produzi toda no estilo e postei uma fotinha antes de sair. Peguei meus pertences super importantes e vazei.Quando já estava no portão, fui mandar mensagem para o Paulinho, mas nada dele me responder. Ah, louco, quem vai ficar aqui é outro, eu vou pegar meu bonde.Fui andando e só senti meu cabelo ser puxado. Me virei logo pra meter a mão, quando vi a cara da vadia. Era uma ruiva desbotada, quem essa daí pensa que é?— Tá louca, garota? — gritei.— Você que tá louca, puta! Se meteu com meu homem.— Que homem, fia? — perguntei sem entender o que estava se passando.— Paulinho da 10, vai me dizer que você não sabe? Na hora de sentar pra homem casado soube, se faz de santa vai, puta — ela gritava.— Paulo é casado?— Vai me dizer que não sabia, vagabunda? — ela veio pra cima de m
*Larissa*Entrei no carro maravilhosamente bem e arrumada. Outro motivo bom de eu ter quebrado a moto de Rangel. Quando a gente sai de moto, chega toda desgraçada no lugar.Não sei o que essas piranhas veem em moto, acho mó uó se jogar só porque o homem tem moto.— Desce. — o outro falou.— É assim? Tem que abrir a porta do carro pra dama, não falar "desce".— Ah, meu pai.Ele veio todo nervosinho abrir a porta do carro e me ajudar a sair. O pagode estava movimentado na entrada, inúmeras pessoas pagando a entrada. Nós não precisaríamos pagar, é óbvio, foi Rangel que bancou isso tudo.O bom é que depois ele ganha retorno com o dinheiro da entrada. Fomos nos sentar numa mesa, e Rangel pediu dois copos de cerva, já gosto. Rodei o pagode todo com os olhos procurando Carla e Luísa, e nada das minhas bests friends.Tinha várias biscates aqui e vários machos gostosos, vocês não têm noção da gostosura que são. Se eu fosse solteira...— Vou ali trocar ideia com os parceiros, tá bom. — me de
LuísaAcordei, limpei a casa toda e dei de mamar a minha neném. Minha filha era a coisa mais fofa desse mundo, era uma das poucas alegrias que eu tinha na vida. Hoje tomo bem na cara pra aprender, larguei tudo por causa de macho, engravidei cedo e me fodi. Assim que Lara completar uns 4 anos, eu vazo daqui e volto pro meu apartamento, nem que eu tenha que trabalhar que nem escrava mas não aturo mais Júnior.Minha bebê foi assistir a tv, e eu fui ver por que o outro não tinha acordado, tinha que ir para aquela desgraça de trabalho. - Júnior? - o chamei.Ela acordou com a mão na cabeça, toquei em seu corpo estava pegando fogo, ardendo em febre.- Caralho, tu tá com febre!- Minha cabeça está latejando, meu corpo todo dói.- Calma, eu vou te ajudar. Fui até a cozinha e peguei água, fui no pote onde havia todos remédios e peguei uma dipirona, e um analgésico. Depois peguei o termômetro. - Toma aqui o remédio.- Não quero. - fez birra. - Toma essa porra, tu tá
RangelSai cedo de casa, pois hoje iriam chegar vários carregamentos de arma que iríamos vender para uns caras de fora.Deixei Larissa dormindo, e proibi ela de trabalhar, ela tem que entender que não é para ficar se expondo na rua. Sei que qualquer vacilo italiano quererá me derrubar.— Bom dia, irmão. — fiz toque com Vitinho.— Bom dia, chefe. — falou enquanto separava umas trouxinhas de maconha.— Cadê Júnior? Tá melhor não?— Não, ele está de repouso. A dona dele veio avisar.— Porra, logo agora que ia precisar da ajuda dele… Mas de boa, se é pela saúde do parceiro!Me sentei na mesinha que havia ali, e comecei a revisar os bagulhos. Várias caras me devendo money de droga, eu ia querer meu dinheiro nem que eu tenha que ir no inferno.— Que arruaça da desgraça é essa aí no beco? — perguntei a meu primo Pedro.— É um Noia aí querendo comprar droga fiado.— Já falei que não é para dar confiança a esse caralho vei, mata sem dó logo.— Pô, Rangel, eu fiquei com pena, cara conheço ele h
Larissa narrandoEu estava me sentindo uma prisoneira, sem poder sair de casa, eu sei que é para o meu bem. E também não quero morrer.Esse é o preço por se envolver com bandido. Estou arrependida, mas amo Rangel, e se me encontro aqui, perdida no morro, é por alguma razão. Rangel saiu cedinho para boca exageradamente armado, eu fico com o coração na mão. Se eu soubesse que iria sofrer tanto, nem sei se tinha me metido nesse rolo.Ouvi um barulho na porta, morri de medo, o cu trancou. Fui na janela do meu quarto e abri um pouquinho da cortina e olhei, era só Carla, ufa.Abri e ela em seguida já foi reclamando.— Que demora da porra para abrir essa merda.— Cala a boca, eu fiquei com medo. Vai que era alguém querendo me matar. Entra aí logo!Ela entrou e eu tranquei a porta com as duas trincas, eu estava morrendo de medo vei na moral.— Se fosse alguém querendo te matar, não bateria na porta. — falou óbvia.— Pior que é, mas o medo é foda.— Por que está presa amiga? Vai lá em cas
(Bônus) Italiano narrando— Vaza daqui vagabunda, já te esfolei toda, quer mais o quê! - coloquei dinheiro entre os peitos da puta que eu havia comido e enxotei ela do meu escritório.Fui até o banheiro e me lavei, mesmo com camisinha tenho repelida, nunca se sabe em quantos essas vadias se esfregam por dia em troca de merreca.Sai do banheiro e me deparei com Cadu na minha sala.- Pô, sabe bater na porta mais não caralho! - falei nervoso.- Foi mal Italiano, só vim avisar que já mandei a mensagem para mina de Rangel.- Hum, aí sim uma notícia agradável. Em breve vamos estar com a putinha de Rangel em mãos.-dei um sorriso.- E a de Willian chefe? Não vão nem pôr medo?- Não, essa daí acho que tá prenha ou nem sei se já teve.- E por isso não vamos sequestrar ela?- Vamos, sim, quem disse que tenho piedade… Mas tudo no tempo exato. Só não quero apavorar WL, deixa ele achando que tá tudo de boa para o lado dele.- Não se esqueça que Rangel pode avisá-lo.- Sei muito bem C
RangelDei umas conferidas nos “produtos” que haviam chegado lá na biqueira e dei uma descansada.Ultimamente esses dias é só correria para o nosso lado, estamos na ativa. Sabemos que a qualquer hora o inimigo pode atacar, mas se vier estamos preparados, aqui é bala e fogo, dente por dente.Só não sabemos como italiano pretende nos atacar, se vier tomará e dessa vez feio. As outras duas vezes ele tentou invadir a comunidade, tentou me matar e saiu derrotado com o rabinho entre as pernas, só aguardo o próximo capítulo dessa novela.Fui indo para a casa de boa, já tinha comprado uma moto nova, mas resolvi ir andando mesmo, pois ia passar no barzinho. Passei e comprei umas cervas para mim e minha loira.Já estava quase chegando em casa quando aquela puta da Patrícia chegou perto de mim de novo, que desgraça mano.— O que você quer Patrícia? — falei todo grosso.— Sei que tu quer Rangel, eu prometo, o sigilo é garantia do replay, lembra dos nossos momentos. — passou a mão em meu peitoral.
Larissa narrandoApós aquela noite perfeita de ontem com meu amor. Acordei antes dele e fiz um café especial.Ele levantou com uma carinha de sono, e me deu um beijo.— Bom dia, loira.— Dia, amor, tô com uma ressaca! — ri.— Também. — Sorriu. — Ontem bateu certo.Ele tomou banho e se vestiu e tomamos café. Ficamos naquele climinha de romance enquanto a gente comia.A felicidade acabou quando ouvimos tiros por todo lado. Com certeza era operação.— E agora Rangel? — falei apreensiva.— Vou sair para trocar tiro com os canas.— Tá louco, porra? Se tu tivesses lá fora tudo bem, mas tu tá aqui, se botar a cara na rua vai se foder.Ele concordou e ficamos abraçados em casa. Era cada tiro um pior que o outro, o negócio lá fora tava foda, o pior é se conseguissem pacificar o morro.Foram horas ali parados e presos sem saber o que fazer. Eu queria chorar muito, mas precisava tranquilizar Rangel.Ouvimos uns tiros se aproximarem, com certeza os policiais estão vindo em direção da