Mas, gente, o que a autora está fazendo com o Bispo? Não deixe de comentar suas teorias e comentar sobre comigo em nosso grupo. Um beijo e até amanhã.
Benjamin ScottEsforço o meu corpo para pelo menos manter a cabeça para fora da água que estava fria e agitada pelos ventos que não paravam ao meu redor. Sinto os impactos das ondas sobre meus ombros e a força da água me puxando para o fundo. Para o lugar escuro onde sinto algo se prendendo em meus pés.Por mais que batesse meus pés e me impulsionasse para cima, sentia que não saia do lugar e lembrei de todo o equipamento que estava carregando. Comecei a me livrar de tudo e já começava a sentir os meus pulmões queimando pela falta de ar, estava me afogando.Me concentro e empurro o meu nervosismo para a casa do caralho e volto a nadar para cima assim que deixo todo aquele equipamento para trás, ficando apenas de calça jeans e sapato. Torcendo que, quando minha cabeça esteja para fora, não seja atingida por outra onda.— Benjamin? — Ouço Raul me chamando.Olho para todos os lados e não consigo ver nada, nado contra algumas ondas que me puxam e arremessam contra o enorme paredão de rocha
Camilla ScottA voz tranquila da Carolina é a única coisa que posso ouvir. Estava deitada em minha cama, depois que recebi notícia de que Benjamin sumiu no meio da tempestade. Sentir o cheiro do meu marido em meio aos nossos lençóis é a única coisa que está me acalmando.Passamos a madrugada toda aguardando notícias de Oliver e, quando ele nos disse que realmente não encontraram nenhum dos dois corpos, o meu mundo ruiu.Cai desmaiada e fui amparada pela família que estava ao meu lado e, ao mesmo tempo, desolada pela perda de um deles. Sentia a mão de Sophia abraçada ao meu corpo enquanto a mão de Carolina estava em meus cabelos.— Não me interessa, Henrique, mova terra e céu e encontre o Benjamin, não aceito uma filha minha viúva…Ela tinha uma voz firme, ainda me agarrando na mesma esperança que ela e Sebastian tinham naquele momento.“Sem corpo, não há morte”Uma frase fria ao ser dita em outro momento, mas agora ela é a única coisa que está me sustentando, ver no olhar de todos a me
Camilla ScottPassamos quase dois dias na espera por Oliver e Victor retornarem para casa. A cúpula da “First” foi dividida entre o Canadá e a Colômbia.Na minha casa estavam Laís e Carolina, assim como Helena, que ao me ver se aproximou lentamente e abraçou meu corpo com tanto carinho que senti algo diferente. Não era apenas ela tentando me dar condolências, mas havia algo como um muito obrigado em seu abraço carinhoso. Sentia uma gratidão vinda dela sem motivos, ou pelo menos eu não fazia ideia do porquê.Mal havia dormido nos últimos dias e estava me concentrando nas finanças, uma coisa que Jackson estava me apoiando e ensinando o que ainda não tinha tanto domínio. Até mesmo Sebastian estava cuidando de algumas coisas, já que estou grávida e com a gravidez de risco, não posso ficar andando tanto por aí.— Camilla, talvez se cobrarmos os favores com a polícia, podemos tentar aumentar as áreas de busca! — Ele diz, olhando para um dos livros caixa.Ergo o olhar da contabilidade e vejo
Benjamin ScottEstamos há mais de vinte dias dentro desse navio, com o maldito Ching Chuan fugindo dos radares e de qualquer um que visse a mim ou a Raul, e entregassem a nossa localização de mãos beijadas para nossos líderes. Raul tem se mostrado difícil e está dando trabalho para todos no navio, ele prefere ser morto do que virar um servo nas mãos de Ching, não nego que tenho o mesmo pensamento. Mas eu tenho uma esposa e quatro filhos para reencontrar.— Eles pegaram um novo lote ontem. — Raul diz enquanto comemos a nossa porção matinal de alimentos.— Percebi quando o navio parou, mas lá embaixo não consigo ter muita noção do que acontece!Volto a minha atenção para o pote com arroz e algas que deram para me alimentar. Mesmo que tivéssemos ferrado os negócios de Ching, ele nos alimentava e quase não éramos torturados, o que está me deixando preocupado.— O que foi, notei que tem ficado cada dia mais quieto.Respiro fundo, encosto minha cabeça na parede e olho para o teto antes de r
Benjamin ScottEstava deitado no colchonete e ouvia a história de como Raul teve a sua primeira missão. Ele estava tentando não pensar na mulher que viu e pela primeira vez se conteve para não causar nenhum problema para ela e muito menos para ele.— Talvez possamos nos encontrar com Apollo! — Diz, apoiando a cabeça na parede e coçando a barba. — Fico satisfeito se encontrar qualquer um dos Spanos, eles com certeza sabem o que houve conosco e se aparecermos na Grécia, eles falarão para o Carter. — Digo olhando para o teto.— Temos que dar um jeito para levar aquela garota, a quero para mim!Sorrio ao ouvir o meu amigo parecer apaixonado por uma das escravas de Ching, não o recrimino. Raul é um homem solteiro e está passando da época para casamento e tenho certeza de que se ele surgir na Colômbia com uma mulher ao seu lado, Miguel e Hector ficarão felizes, além de terem um dos seus de volta.— São duas caixas de lixo, cada um de nós levamos uma das garotas e, assim que anoitecer, saímo
Camilla ScottMesmo com as buscas incessantes de uma semana, as coisas não têm sido fáceis para mim aqui em casa. Assim que Carol, Laís e Helena se foram, fiquei apenas com Leticia, que também não podia passar muitos dias ao meu lado.— Acho que está certa… — ela diz ao me ver preparando uma pequena mala ao lado de Sara.— Não vou conseguir ficar nesse quarto sem ele! — Digo sentada no chão.— Tenho esperança de que o encontraremos, algo nessa situação não bate! — Minha irmã diz ao dobrar um vestido.— Não vou levar esse, o clima está quente e com a gravidez estou sentindo calor.Digo e começo a sentir as lágrimas se formando em meus olhos. Apoio as minhas mãos no chão e olho para o teto com o desejo de poder ver o céu estrelado que deve estar sobre a mansão nesses dias.Uma coisa que venho percebendo desde que meu marido desapareceu, o céu que sempre foi encoberto por muitas nuvens, está a cada dia mais limpo, com a lua sempre brilhante em suas fases. É como se o criador estivesse co
Camilla ScottCom os dois primos do meu marido ao meu lado, entro na boate seguindo Sebastian que não estava gostando de me ver dentro daquele lugar. Já era fim de tarde e logo todas as boates estarão funcionando e gerando as receitas que preciso para manter as buscas por meu marido.Para esse momento, havia escolhido uma roupa confortável que usaria tranquilamente na academia, afinal, acredito que teremos que matar alguém essa noite aqui.— Não devia estar aqui… — Sorrio ao ouvir Sebastian reclamar novamente.— Devia estar tricotando sapatinhos?Ouço a risada de Oliver, que olha para o outro lado quando viro a cabeça em sua direção.— Você espera quatro crianças, deveria estar deitada com as pernas para cima enquanto a servimos! — Sebastian me responde e vejo a preocupação em seu olhar.Dessa vez, solto uma gargalhada e logo sou acompanhada pelos três. Sei e entendo por que eles tentam ser meus protetores. Eles, assim como eu, têm a certeza de que em breve Benjamin voltará para casa
Benjamin ScottO dia amanheceu com a temperatura fresca, o que me deixou radiante para a cerimônia que estava para realizar. A primavera chegou trazendo suas flores e o aroma refrescante que vinha do Central Park e com elas um casamento para ser celebrado em nossa igreja. Sou o bispo mais novo de nosso país, fui ordenado há três anos e agora com meus trinta e nove anos começo a ver o quanto venho sendo abençoado pela graça divina.Levanto de minha cama simples e ergo o olhar para a cruz de madeira que estava no meio da parede de frente minha cama. Uma decoração simples compõe o meu quarto na casa paroquial, sorrio agradecido por mais um dia na vocação que há muito custo consegui concluir. Olhando diretamente para a cruz de madeira me ajoelho e início as minhas preces matinais, pedindo misericórdia pelos pecados da minha comunidade e sem deixar de pedir que todos eles continuem complacente.Termino a minha oração e começo a me arrumar para realizar o casamento mai esperado e cheio de c