Desculpa por ontem não ter liberado um capítulo, mas por trás de uma autora de histórias empolgantes há uma pessoa que estava ontem extremamente irritada. Peço perdão por minha falta e compensarei hoje com um segundo capítulo. Por favor, comentem e deixem suas teorias.
Camilla ScottCom os dois primos do meu marido ao meu lado, entro na boate seguindo Sebastian que não estava gostando de me ver dentro daquele lugar. Já era fim de tarde e logo todas as boates estarão funcionando e gerando as receitas que preciso para manter as buscas por meu marido.Para esse momento, havia escolhido uma roupa confortável que usaria tranquilamente na academia, afinal, acredito que teremos que matar alguém essa noite aqui.— Não devia estar aqui… — Sorrio ao ouvir Sebastian reclamar novamente.— Devia estar tricotando sapatinhos?Ouço a risada de Oliver, que olha para o outro lado quando viro a cabeça em sua direção.— Você espera quatro crianças, deveria estar deitada com as pernas para cima enquanto a servimos! — Sebastian me responde e vejo a preocupação em seu olhar.Dessa vez, solto uma gargalhada e logo sou acompanhada pelos três. Sei e entendo por que eles tentam ser meus protetores. Eles, assim como eu, têm a certeza de que em breve Benjamin voltará para casa e
Camilla ScottAlgumas semanas já se passaram e os governos encerraram as buscas por meu Bispo e por Raul. Algo que não compreendia o porquê, afinal, não foi encontrado nenhum corpo.Acredito que os dois foram resgatados por algum navio ou barco e, por algum motivo, eles não conseguem mandar nenhuma notícia. Minha teoria é o que está fazendo com que tanto os colombianos como a alta cúpula da “First” mantenham os seus esforços para encontrar o meu marido.Enquanto não o encontramos, estou limpando a nossa casa dos ratos que estão em nossa casa. Olho para Miley que esses dias tem ajudado Sebastian com algumas coisas desde que ele dispensou a sua governanta por estar passando informações da casa para os capos.— Camilla, prefere que desmarque a sua consulta? — Ela já tinha me perguntado outras três vezes.— Eu sei que consigo dar conta e ir à consulta… — Reclamo enquanto a vejo digitar algo no celular. — Você e Sebastian juntos parecem duas fofoqueiras.Sorrio e continuo a me arrumar enqua
Benjamin ScottAo me arremessar no mar, dessa vez decidido a estar naquele lugar e não como ocorreu há quase trinta dias. Mergulho de cabeça e nado para o fundo para fugir de qualquer disparo, que fosse feito contra mim e meus companheiros.Nado freneticamente, segurando a minha respiração o máximo que posso. Quando emerjo, estava há pelo menos cinquenta metros, olho para os lados e vejo Raul incentivando Xuan a nadar. Mesmo com a água gelada, sentia um calor infernal correndo pelo meu corpo, era como se fosse a energia que necessitava corresse por meu corpo.A imagem de minha diabinha em um vestido azul-claro exibindo as nossas crianças era a imagem que estava dentro da minha cabeça. Estava alucinado, desejando ver minha esposa assim que conseguir escapar de uma vez dessa situação em que estava.— Vamos, Raul, falta só um pouco! — Grito quando ponho novamente com a minha cabeça para fora do mar.— Você consegue, minha luz! — Ouço-o dizer para Xuan.Ela, por sua vez, diz alguma ofensa
Benjamim Scott O homem de cabelos escuros estava com a fisionomia intrigada sobre quem são as pessoas que está ajudando a fugir, ele me encarava e esperava que dissesse algo sobre quem somos.Ele deveria ter a minha idade e algo nele começava a me causar medo e preocupação. Durante o tempo em que Antony me treinava para me tornar um Bispo da Sanctus Justitia ele me deu claras instruções de lugares onde há alcateias instaladas e quais delas poderiam ser perigosas caso soubessem quem sou.— Com medo forasteiro? — Ele pergunta e, por um segundo, vejo algo brilhar em seus olhos.Algo que nem de longe chega a ser humano ou se quer natural. Sabia que eles conseguem mudar apenas partes de seus corpos para mostrar quem são. Como se fosse um documento de comprovação.— Me chamo Benjamin Scott… —Ponho a mão em meu peito, me apresentando ao homem que olha fixamente para mim. — Eles são Raul e Xuan. Estamos fugindo dos chineses que nos capturaram quando tentávamos resgatar algumas mulheres em Hon
Benjamin ScottCom Ching caído aos meus pés e com um lobisomem rosnando e mostrando os dentes, olhando para mim furiosamente. Tento controlar o medo e o pavor que estava sentindo, tentando acreditar que ele não me fará mal enquanto não souber o que o chinês pode saber sobre sua parenta.Dou um passo para trás quando o vejo se aproximando e colocando as patas dianteiras no chão. E em um piscar de olhos, vejo todo aquele pelo sumir e a pele humana surgindo. — Não há medo em você… — ele diz ao estreitar os olhos.— Apenas um pouco! — tento soar calmo.— Quem é você? — sua pergunta saiu quase como uma acusação.Ralf parece um homem inteligente e com certeza juntará as informações com a minha falta de reação. Preciso pensar rápido e decidir o que será melhor para manter a minha vida dentro do meu corpo.— Nasci na máfia, mas meu pai fez uma escolha no passado que causou um grande impacto na minha vida e acabei sendo criado pelo clero… — me interrompo ao vê-lo arregalar os olhos. — Mas, não
Benjamin ScottOlhar para o homem que estava atrás da mesa com alguns livros sobre ela e de braços estendidos em um convidativo bem-vindo faz com que note que ele é tão poderoso quanto o próprio Carter. Mesmo que o poder dele venha de uma forma totalmente diferente da maioria dos outros mafiosos.Vejo Alex Spanos dando a volta na mesa para se aproximar de mim e de Raul, então noto no sofá uma senhora de cabelos ruivos trançados lateralmente. Ela estava sentada olhando fixamente para mim e Raul, deixava ao seu lado uma revista que em algum momento estava sendo a sua distração enquanto esperava por algo ou simplesmente esperava por seu marido.Quem não conhece a história do mafioso que caçou meio mundo uma ruiva enquanto seus próprios parentes a escondiam com medo de que ele a magoasse?— Vocês não têm noção do quanto procuramos por vocês… — Alex diz e se aproxima de mim e de Raul. — Alguém está ferido? — Pergunta, olhando de mim para meu amigo.Nego com a cabeça e entramos de uma vez no
Camilla ScottEstava trêmula com o celular entre minhas mãos, olhando para o aparelho sem acreditar que acabei de ouvir a voz do meu marido. Nesse momento, não tinha nenhuma reação, a incredulidade e a euforia por finalmente saber que ele estava vivo e com uma alucinante história para nos contar, faz com que saia da maca e arrume o meu vestido.— Desculpa, mas preciso ir, retorno assim que meu marido voltar! — Falo ao receber várias folhas de papel toalha para limpar a minha barriga.Vejo-a confirmar com um sorriso no rosto, sei muito bem que todos que estavam ao meu lado estavam torcendo para que Benjamin retornasse, tranquilizando o coração de cada um. Principalmente o meu, que estava por um fio.Recolho minha bolsa e me apresso a sair do consultório de onde havia vindo para ver como estavam meus filhos. Mas antes que pudesse sair de seu consultório, viro na direção da médica que está acompanhando a minha gestação.— Meus filhos estão bem? — pergunto ao me recordar com a preocupação
Camilla Scott O resto do dia passou tão lentamente que nem mesmo arrumar a nossa casa para receber o meu marido foi suficiente para acalmar a minha ansiedade. Estava eufórica para ver o meu marido e sentia meus filhos agitados dentro de mim. Durante os dias em que fui afastada por Sebastian após a morte de Maximilian, comecei a ler o que podia sobre a gestação de múltiplos e algumas coisas chamavam muita a minha atenção, e uma delas foi entender como tudo o que sinto eles podem sentir dentro de mim. Compreendi que o vínculo de uma mãe com o seu filho nasce muito antes do nascimento de sua criança, se forma ainda dentro do ventre materno. Já era madrugada e estava deitada em minha cama, o voo deles estava programado para chegar quase perto do amanhecer e Sebastian pediu que ele fosse primeiro lá para entender o que realmente aconteceu e, como uma esposa da máfia, aceitei o pedido do tio do meu marido. Impaciente, levantei-me da cama e caminhei até as portas francesas que dão acesso