Enquanto eu pensava em como acabar com Nicolas, o carro dele parou na minha frente e ele abaixou o vidro. Iria tripudiar em cima de mim ainda?
- Quanto custa o programa? – ele perguntou.
Olhei ao redor. Será que ele estava falando comigo mesma? Estaria ele passando bem?
- Quanto quer para dormir comigo? – ele insistiu.
- Você está mesmo falando comigo?
- Sim, prostituta numa esquina. – ele riu.
Olhei e vi que eu realmente estava numa esquina.
Comecei a gargalhar:
- Você vai mesmo fazer isso?
- Vou. – ele disse firmemente. – Tenho grana... Quanto você quer para me satisfazer por completo.
Corei e disse:
- Quero o cordão que você tem no pescoço.
Ele colocou a mão sobre o cordão:
- Isso é muito valioso, querida. Tem que valer a pena.
- Eu aposto que não se arrependerá.
<E Nicolas estava certo. Tinha mesmo um motel minúsculo ao lado do posto de gasolina, na autoestrada. O carro de Nicolas devia valer mais que o prédio em péssimo estado. Antes que eu pudesse dizer que estava disposta a mudar de ideia, ele já tinha pago e entrado com o carro. Ele me ajudou a descer. O piso da garagem estava com várias lajotas quebradas. A porta tinha várias marcas.- Isso parece feito com uma faca. – eu ri, analisando.- Não duvido... Vai que uma mulher achou o marido com a amante e ficou esfaqueando a porta... Ou talvez até matou o adultero dentro do quarto.- Nick... Não falei assim. Eu vou ficar com medo.Ele abriu a porta. A cama era redonda, talvez das primeiras que existiu no mundo. Os lençóis eram para ser brancos, mas estavam longe do tom desejado. Tinha um coração vermelho na parede, parecendo feito à mão, com tecido de ce
Fazer sexo com Nicolas Welling era algo que eu gostava muito. Talvez fosse um dos melhores prazeres da minha vida. Mas a porra do gesso atrapalhava muito. Então duas vezes foram suficientes. Porque com Nicolas não importava quantas vezes fizéssemos... Sempre era perfeito. E pela minha experiência com Tom nos últimos anos, eu preferia uma “bem dada” a cinco “mais ou menos”. Talvez Tom se achasse “o cara” e se gabasse por aí, dizendo que me comia cinco vezes na noite. Mal sabiam que nem sempre eu gozava uma. Nicolas sempre se preocupou em me satisfazer também. Ele olhava nos meus olhos quando eu gozava, sentindo junto de mim tudo que ele conseguia me proporcionar. Era uma troca mútua de carícias e prazer. Eu não sei se isso era pura química, atração física ou amor. Ou quem sabe as três coisas juntas.Nos deitamos abraçados o res
Nicolas demorou a falar, como se estivesse pensando nas palavras que usaria:- Eu já contei para Joana que estávamos juntos. E ela não gostou, claro. Disse que se vingaria em você. Então creio... Que este seja o plano dela.- Eu não tenho medo da loira siliconada. – confessei.- Não quero que você sofra qualquer coisa por minha causa...Sim, eu entendia muito bem o que ele queria dizer. Eu também não queria que ele sofresse em função de minha situação com Tom, ou fosse prejudicado de qualquer forma por minha causa. Mas que eu estava curiosa sobre o que a siliconada estava armando para mim, claro que estava. E o fato de Nick dizer “não vá”, me deixava com ainda mais vontade de ir. Joana poderia pensar que era forte. Mas eu era Juliet... E ela não sabia com quem estava lidando. Eu não era mais a mulher triste e destru
Assim que Eliete chegou fomos para a sala de reuniões, que já estava cheia. Acionistas, secretárias e alguns membros do alto escalão do resort. Tom estava sentado também e me encarou quando eu entrei com Eliete. Respirei fundo e tentei agir normalmente. Assim que chegou o último acionista, no limite do horário combinado, Nicolas iniciou a reunião. Era sobre o novo comercial do resort que passaria na televisão e era bem importante, pois já estavam preparando a época da alta temporada, quando os turistas estavam de férias e costumavam movimentar ainda mais o local. Enquanto ele falava, Tom levantou, batendo suas mãos sobre a mesa com força e disse, me olhando seriamente:- Por que você está usando uma parte do colar e Nicolas a outra?Percebi a camisa de Nicolas com dois botões abertos, deixando aparecer parte do pingente pendurado no cordão. Na pr
Coloquei uma calcinha limpa que encontrei no armário e uma camiseta dele, pois não encontrei nenhuma roupa minha ali.- Preciso trazer umas roupas extras para cá. – falei.- Até dias atrás o seu antigo quarto estava lotado de coisas suas. Se não tivesse se livrado de tudo, ainda estariam lá.- Eu não precisava de tantas coisas, Nick. Fez-me bem me livrar de todo aquele peso que carreguei por cinco anos.Sentei na cama, me escorando na cabeceira. Ele terminou de colocar a roupa e jogou sobre a cama um envelope pardo:- Isso é para você.Olhei curiosa e peguei, abrindo imediatamente. Eram os resultados laboratoriais dos exames que eu havia pedido para ele. O encarei enquanto ele deitou ao meu lado, fechando os olhos, visivelmente cansado.- Obrigada, Nick. – dei um beijo no rosto dele. – Por ter feito os exames sem contestar.- Está tudo
Nicolas arrancou minha roupa de uma só vez, me deixando só com as peças íntimas. Olhei-o perplexa e totalmente excitada:- O que é isso?- Isso é vontade de você, rainha do drama. Finalmente vou fodê-la sem a porra do gesso.Embora eu não estivesse mais usando o gesso, por vezes esquecia de movimentar minha perna, como se ele ainda estivesse ali.Nicolas se ajoelhou sobre mim enquanto eu desabotoei sua camisa sem pressa, passando a mão sobre o seu peito nu quando a retirei vagarosamente.Ele se abaixou e me deu um beijo leve. Abri minha boca e senti sua língua entrando vagarosamente. Nosso beijo costumava ser intenso, mas eu não queria causar dor no ferimento dele. Então tomei cuidado. Sentir seus lábios delicadamente nos meus fez com que eu molhasse minha calcinha, desejosa dele dentro de mim. Arqueei meu corpo, esfregando-me nele, sentindo sua ere&cced
Joana saiu sorrindo sarcasticamente.- Que mulher debochada. – disse Otto.- Ela me dá medo. – confessou Eliete.- Sinceramente, não tenho medo dela... Mas do que Nicolas pode ter escondido de mim e que ela sabe.- Você não deveria ter vindo. – disse Eduardo.- Bem, não é sempre que podemos desfrutar de uma “festa estranha com gente esquisita”. – ironizei e eles começaram a rir.- Parece um circo de horrores. – completou Eliete.- Tenho medo de me virar e ver os garçons seminus servindo os drinques. – brincou Eduardo.- É... Gente de dinheiro e gostos exóticos e duvidosos. – falei vendo tudo ao redor.- Vamos procurar uma mesa? – disse Otto. – Se é que vamos conseguir.- Vamos... – concordei enquanto tentava equilibrar meus saltos na grama. – Se eu soubesse que s
Otto deu um beijo na minha testa e entrou no carro. Nicolas saiu atordoado e veio até mim:- Não é seguro ficar ao lado dele, Juliet.- Ela é minha filha, Welling. – Simon disse entredentes.- Vai me dizer que é assunto de família, Simon Dawson? – ele falou amargamente, me olhando, lembrando de um assunto que só nós dois sabíamos.Foi como se estivéssemos há exatos seis anos atrás e eu tendo que fazer uma escolha. No entanto era diferente agora. Talvez Nick fosse mais próximo do meu pai do que eu jamais fui na vida.- Nicolas... Espere com Otto. Eu já vou...Ele me olhou demoradamente antes de voltar para o carro.- O que você quer? – perguntei me cobrindo com meus braços, sentindo tremores de frio.- Você... Tentou se matar afogada? – ele perguntou.- Por que eu faria isso? –