Assim que Eliete chegou fomos para a sala de reuniões, que já estava cheia. Acionistas, secretárias e alguns membros do alto escalão do resort. Tom estava sentado também e me encarou quando eu entrei com Eliete. Respirei fundo e tentei agir normalmente. Assim que chegou o último acionista, no limite do horário combinado, Nicolas iniciou a reunião. Era sobre o novo comercial do resort que passaria na televisão e era bem importante, pois já estavam preparando a época da alta temporada, quando os turistas estavam de férias e costumavam movimentar ainda mais o local. Enquanto ele falava, Tom levantou, batendo suas mãos sobre a mesa com força e disse, me olhando seriamente:
- Por que você está usando uma parte do colar e Nicolas a outra?
Percebi a camisa de Nicolas com dois botões abertos, deixando aparecer parte do pingente pendurado no cordão. Na pr
Coloquei uma calcinha limpa que encontrei no armário e uma camiseta dele, pois não encontrei nenhuma roupa minha ali.- Preciso trazer umas roupas extras para cá. – falei.- Até dias atrás o seu antigo quarto estava lotado de coisas suas. Se não tivesse se livrado de tudo, ainda estariam lá.- Eu não precisava de tantas coisas, Nick. Fez-me bem me livrar de todo aquele peso que carreguei por cinco anos.Sentei na cama, me escorando na cabeceira. Ele terminou de colocar a roupa e jogou sobre a cama um envelope pardo:- Isso é para você.Olhei curiosa e peguei, abrindo imediatamente. Eram os resultados laboratoriais dos exames que eu havia pedido para ele. O encarei enquanto ele deitou ao meu lado, fechando os olhos, visivelmente cansado.- Obrigada, Nick. – dei um beijo no rosto dele. – Por ter feito os exames sem contestar.- Está tudo
Nicolas arrancou minha roupa de uma só vez, me deixando só com as peças íntimas. Olhei-o perplexa e totalmente excitada:- O que é isso?- Isso é vontade de você, rainha do drama. Finalmente vou fodê-la sem a porra do gesso.Embora eu não estivesse mais usando o gesso, por vezes esquecia de movimentar minha perna, como se ele ainda estivesse ali.Nicolas se ajoelhou sobre mim enquanto eu desabotoei sua camisa sem pressa, passando a mão sobre o seu peito nu quando a retirei vagarosamente.Ele se abaixou e me deu um beijo leve. Abri minha boca e senti sua língua entrando vagarosamente. Nosso beijo costumava ser intenso, mas eu não queria causar dor no ferimento dele. Então tomei cuidado. Sentir seus lábios delicadamente nos meus fez com que eu molhasse minha calcinha, desejosa dele dentro de mim. Arqueei meu corpo, esfregando-me nele, sentindo sua ere&cced
Joana saiu sorrindo sarcasticamente.- Que mulher debochada. – disse Otto.- Ela me dá medo. – confessou Eliete.- Sinceramente, não tenho medo dela... Mas do que Nicolas pode ter escondido de mim e que ela sabe.- Você não deveria ter vindo. – disse Eduardo.- Bem, não é sempre que podemos desfrutar de uma “festa estranha com gente esquisita”. – ironizei e eles começaram a rir.- Parece um circo de horrores. – completou Eliete.- Tenho medo de me virar e ver os garçons seminus servindo os drinques. – brincou Eduardo.- É... Gente de dinheiro e gostos exóticos e duvidosos. – falei vendo tudo ao redor.- Vamos procurar uma mesa? – disse Otto. – Se é que vamos conseguir.- Vamos... – concordei enquanto tentava equilibrar meus saltos na grama. – Se eu soubesse que s
Otto deu um beijo na minha testa e entrou no carro. Nicolas saiu atordoado e veio até mim:- Não é seguro ficar ao lado dele, Juliet.- Ela é minha filha, Welling. – Simon disse entredentes.- Vai me dizer que é assunto de família, Simon Dawson? – ele falou amargamente, me olhando, lembrando de um assunto que só nós dois sabíamos.Foi como se estivéssemos há exatos seis anos atrás e eu tendo que fazer uma escolha. No entanto era diferente agora. Talvez Nick fosse mais próximo do meu pai do que eu jamais fui na vida.- Nicolas... Espere com Otto. Eu já vou...Ele me olhou demoradamente antes de voltar para o carro.- O que você quer? – perguntei me cobrindo com meus braços, sentindo tremores de frio.- Você... Tentou se matar afogada? – ele perguntou.- Por que eu faria isso? –
- Mãe, você não é obrigada a gostar dela. Mas nunca aceitarei que a maltrate na minha presença ou a faça se sentir mal por qualquer motivo.- Fala isso para sua mãe, Nicolas? Parece que esta menina é mais importante que eu na sua vida.- Ela não é uma “menina”. E ela é tão importante quanto você. – falei saindo.Minha mãe e sua eterna mania de querer atenção. Nunca conversei muito com ela sobre meus relacionamentos. No entanto, quando partimos da nossa casa, anos atrás, eu contei sobre mim e Juliet. E ela decidiu que a culparia por tudo... Inclusive por tirá-la da nossa casa, porque no fundo, minha mãe nunca quis ter saído. Queria ter continuado a ser agredida e viver aquela vida miserável que ela julgou que tinha que levar até o fim dos seus dias.Se ela gostava do meu pai, com toda sua
Acordei com meu corpo dolorido na manhã seguinte. Meus olhos doíam e estavam inchados de tanto chorar. Coloquei o relógio para despertar às seis horas para fazer as malas.Eram nove horas quando Otto entrou no meu quarto e eu ainda não havia organizado tudo nas malas.- Achei que já estaria pronta. – ele disse.- Estou tentando ser rápida.- Quer ajuda?- Sim...Ele começou a retirar as peças dos cabides e ia me entregando par eu pôr nas malas. A cara dele estava péssima também. Estávamos ambos em silêncio enquanto arrumávamos tudo.- Ainda quer trocar seu sobrenome? – ele me perguntou.- Se você deixar, eu quero sim. Não foi uma coisa de momento...- Obrigado... – ele disse. – Achei que pudesse ter ficado com raiva e por isso me pediu aquilo.- Não... Eu ia falar com v
- Não vou ficar aqui... Foi bem difícil. Vocês não tem noção da dor que eu senti. E ele sabia que isso aconteceria quando planejou.- Ele não planejou da forma com aconteceu. – disse Dani.- Meninas, parem de defender Nick... “Eu” sou a amiga de vocês, não lembram? Vocês não tem noção das coisas que Simon me disse. Foi horrível.Elas me abraçaram:- Vamos esquecer o que houve com seu pai... Combinado? Pelo menos enquanto estivermos aqui. – pediu Lorraine.- Quanto tempo vocês ficam? – perguntei.- Até o senhor perfeito nos mandar embora.“Então vocês ficarão aqui para sempre”! Pensei comigo.- Por que não traz as meninas, Ju? – falou Dani.- Como assim?- Alissa e Val.- Mas... Isso seria viável? – me questi
- Ei, Nicolas, por que você decidiu que não se pode fumar nesta porra? – gritou Lorraine enquanto saía da piscina com a filha no colo.Eu ri. Ela não conseguia se conter. Lorraine sendo Lorraine: sincera e sem papas na língua.- Não fui eu que decidi... É lei.- Mude a lei... Você o dono da porra toda.- Querida... Não grite deste jeito. – pediu Felipe. – Ainda mais palavrões. Estão todos olhando para cá.- Não tem problema, Felipe. – disse Nicolas. – Graças a vocês eu entrei na piscina do Paradise pela primeira vez. – ele enxugou os cabelos e balançou-os, ficando arrepiados.Aquele homem era obra do diabo, porque de Deus não era. Nicolas era pura perdição. Não existia maior perfeição em Paraíso... E nem nos arredores. Ele era tão alto... O cor