Entrei em pânico ao ver o sangue escorrendo pelas minhas pernas:
- O bebê... – falei tentando entender o que estava acontecendo.
Nicolas apertou a campainha e em minutos apareceu uma enfermeira.
- Precisa ajudar minha esposa... Ela está sangrando. E está grávida.
A enfermeira veio até mim e disse:
- Aguarde um minuto...
Ela saiu e quando me dei em conta estava numa cadeira de rodas sendo levada. Comecei a sentir uma dor forte abdominal. De repente parece que tudo ficou claro demais... Eu ouvia vozes, mas não conseguia identificar de quem eram. Ou não queria... Eu não tinha mais lágrimas. E nem sei o que exatamente eu sentia. Já tinha sofrido demais e acho que não queria saber o que tinha acontecido com o meu bebê. Então preferi imaginar que aquele momento não estava acontecendo... Que era um pesadelo e que quando eu acordasse tudo esta
Um mês depois e eu já não aguentava de saudade. Achei que seria fácil ficar sem Nicolas, mas era muito mais difícil do que eu imaginei. Este tempo me dediquei exclusivamente ao livro e aos meus pensamentos. Fiquei sozinha com minhas culpas e arrependimentos. Mas ouvir a voz dele me daria ânimo para seguir em frente e concretizar meu objetivo final.Eu não precisava de número dele gravado na memória do celular... Porque ele era o único número que eu tinha decorado na mente.- Alô? – ouvi a voz do outro lado da linha.Já era tarde da noite. Eu já o imaginava deitado na cama, sem camisa, com seu meio sorriso, tentando parecer sério. A voz dele me acalentava e trazia ao meu coração a sensação de paz.- Como você está? – perguntei um pouco sem jeito.- Depois de trinta dias da sua partida? Bem, se eu
Tom estava no horário combinado, no ponto de encontro. Levamos em torno de uma hora para chegar ao presídio onde Simon estava. E depois quase uma hora para conseguirmos acessar a cela dele.Simon estava sozinho numa cela pouco iluminada. Não havia pintura nas paredes, somente o cimento, cru, despedaçando, cheio de palavrões e nomes de pessoas escritos. A grade era grossa e trancada por chave e fechadura. Havia um beliche e dois colchões sem lençóis. Nada mais além daquilo.Assim que nos viu andou até nós, surpreso:- Se não é minha filha. – ele falou com voz mais fraca que o normal. – Veio ajudar o papai?- Vim ver com meus próprios olhos sua destruição.- E trouxe Panetiere para quê? Quer que eu lhe consiga algo para cheirar? – ele ironizou. – Talvez eu possa indicar um local, Panetiere. Mas não se pr
Assim que descemos no aeroporto, eu fui quase correndo até os táxis. Era mais de 9:30. Assim que sentei no banco traseiro, avisei ao motorista:- Precisamos chegar ao Paradise Resort... Em menos de trinta minutos.Ele virou para trás e me encarou:- Posso tentar, mas acho difícil.Otto disse:- Não quero tente... Quer que chegue. Tempo é dinheiro. Cada segundo pode valer uma boa gorjeta, rapaz. Guardei dinheiro a vida inteira para usar com esta pequena mulher. – Otto pegou minha mão. – E estou disposto a gastar tudo numa corrida de táxi. – ele riu.- Chegaremos em quinze minutos. – o motorista disse. – Nem que eu tenha que ir pela beira da praia.Ele partiu cantando pneus e isso me deu um pouco de esperanças.- Se não estiver usando roupas brancas, não poderá entrar no casamento, filha. – Otto observou.
Fomos conduzidos para dentro do barco por um homem que deu algumas instruções para Nicolas e depois nos deixou a sós.Assim que Nicolas ligou o iate de pequeno porte, perguntei:- Você já fez isso?- Poucas vezes, mas sim, já fiz. Não acredita na minha habilidade em dirigir um iate? – ele brincou.- Acredito em você, Nick... E em tudo que você faz. – admiti.- Este momento é nosso... Só nosso. – ele disse.Assim que deixamos o pequeno deck onde o iate estava atracado, subi ansiosa para ver a paisagem. Eu nunca havia estado num iate em toda a minha vida. Na verdade, nem num barco. Senti o vento forte fazendo meus cabelos baterem no meu rosto... E a sensação era absolutamente incrível. O sol alto, iluminando o mar gigantesco enquanto o Paradise ia ficando para trás, com sua beleza inigualável e indescritível. Se
Quando o iate atracou no Paradise, eu estava com a bunda ardente de tantas palmadas e havia feito sexo como nunca antes em toda a minha vida. Será que isso era a vida de casada? Ou uma saudade incontrolável que nos consumia? Ou o desejo ardente que tínhamos um pelo outro?Não importava... Eu não queria explicações. Tudo que eu queria era viver ao lado do meu marido, Nicolas Welling, para sempre, sem nada nem ninguém nos separar.Consegui ir em casa e trocar de roupa antes de irmos à boate para minha última surpresa. Enquanto eu me maquiava, olhando Nicolas pelo espelho, disse:- Você sabe que sou muito ansiosa, não é mesmo?- Se eu sei? Claro que sei, rainha do drama.- Então você poderia pelo menos dar uma dica da surpresa. Porque na minha cabeça, pode ser você me raptando da boate e me levando para o banheiro. Ou talvez à pro
Eu olhava no relógio de minuto em minuto. Meu cliente estava atrasado e minhas pernas começavam a doer de ficar tanto tempo de pé.- Vai cansar em cima deste salto, nanica. – disse Sabrina se escorando na muralha atrás de nós, ao meu lado.Jenifer saltou de um carro e veio até nós, sentando no chão, do lado oposto de Sabrina.- Noite boa... – ela disse. – Oi, nanica. Você tem aparecido muito nos últimos tempos. Tá faltando grana para sustentar as crianças?- Podemos dizer que sim, admiti. E adivinhem? Eu fiz a ecografia e já sei o sexo. – confessei feliz.- Não acredito. O que é? – perguntou Jenifer ansiosa, se levantando e colocando a mão na minha barriga.- Outra menina.- Eu sabia! – vibrou Sabrina. – Titia já ama. – ela alisou a minha barriga.- Aposto que ela
INFORMAÇÕES:ESTE LIVRO FINALIZOU COM 133 CAPÍTULOS E 1195 PÁGINAS.*SE UM DIA VOCÊ LER ESTA HISTÓRIA, SABERÁ QUE É PARA VOCÊ:Eis sua carta de amor, PJ, com meus mais sinceros pedidos de desculpas. Você sempre foi perfeito e eu completamente imperfeita. Onde quer que esteja, desejo que seja tão feliz quanto eu sou.Obrigada pela inspiração.Da sua “querida”.GOSTARIA de deixar registrado que amo a banda TNT, mas os fatos aqui descritos relacionados a eles foram todos com um cantor de rock gaúcho que não autorizou a mencionar o nome dele no livro. Usei esta banda por ser mais famosa que o tal cantor que me ignorou por completo.Eu ainda guardo o CD, depois de 22 anos, ainda que “conservar algo que possa recordar-te seria admitir a mim mesma q
- oito anos antes –Eu o vi pela primeira vez numa noite como outra qualquer no Manhattan Bar. A banda tocava um pop rock enquanto eu dançava ao som contagiante da música, deixando que o efeito da bebida me deixasse mais zen. A cada gole, eu me animava mais e fechava meus olhos, deixando o ritmo entrar na minha mente e alma. Como eu gostava daquele lugar...Quando abri os olhos novamente, ele estava no mesmo lugar, conversando com alguém, sem desviar o olhar. Embora estivesse escuro e somente os flashes de luz nos iluminassem, era impossível não mergulhar naqueles olhos azuis claros estonteantes.Eu estava na parte da pista de dança, que descia um degrau. E ele acima, próximo do bar. Ele era alto... Muito alto. Vale ressaltar que eu sou baixa... Muito baixa.Quando percebi, alguém envolvia meu corpo por trás. Claro que a pista estava cheia, como sempre, e vez ou outra era impossív