- oito anos antes –
Eu o vi pela primeira vez numa noite como outra qualquer no Manhattan Bar. A banda tocava um pop rock enquanto eu dançava ao som contagiante da música, deixando que o efeito da bebida me deixasse mais zen. A cada gole, eu me animava mais e fechava meus olhos, deixando o ritmo entrar na minha mente e alma. Como eu gostava daquele lugar...
Quando abri os olhos novamente, ele estava no mesmo lugar, conversando com alguém, sem desviar o olhar. Embora estivesse escuro e somente os flashes de luz nos iluminassem, era impossível não mergulhar naqueles olhos azuis claros estonteantes.
Eu estava na parte da pista de dança, que descia um degrau. E ele acima, próximo do bar. Ele era alto... Muito alto. Vale ressaltar que eu sou baixa... Muito baixa.
Quando percebi, alguém envolvia meu corpo por trás. Claro que a pista estava cheia, como sempre, e vez ou outra era impossível não esbarrar em alguém. Mas aquilo foi um abraço indesejado. Ou seria desejado? Virei para visualizar quem era e saber se recusaria ou aceitaria o toque. Revirei meus olhos ao ver Giovane:
- Você? – perguntei.
- Até parece que não gostou de me ver. – ele rebateu.
Atrás dele dois de seus amigos inseparáveis.
- Não quero que me toque assim... – pedi. – E já te disse isso.
- Eu simplesmente não resisto... E você sabe disto.
Retirei as mãos dele do meu corpo e antes que eu dissesse qualquer coisa ele e os outros simplesmente começaram a dançar conosco. Olhei para Alissa e Valquíria, que simplesmente começaram a rir. Em vez de me ajudar, elas só achavam engraçado?
- Quer fugir? – perguntou Daniela no meu ouvido.
Procurei pelo desconhecido lindo e ele não estava mais lá. Suspirei e respondi:
- Só se for agora, amiga.
Peguei na mão de Dani e saímos da pista, deixando Giovane sozinho com minhas amigas. Eu não o conhecia direito e nunca o vi fora do Manhattan. Desde que comecei a frequentar o lugar, ele simplesmente não me deixava em paz. Eu poderia dizer mil vezes “não”. Ainda assim ele não desistia. Eu nem sei porque eu não ficava com ele na verdade. Claro que ele não era uma beleza de homem... Mas também não servia para feio na minha classificação. Ele era moreno, baixo, corpulento. No fim, ele meio que estava sempre junto da gente, tentando se enturmar e ficar perto de mim. Nunca vi ele ficando com outra garota ali.
Olhei no relógio e já passava da 1 hora da manhã.
- Ele não vem mais. – disse Dani. – Vamos aproveitar. Achar alguém para beijar na boca.
Sim, ela tinha razão. “Ele” não viria mais. Já era tarde e geralmente quem tinha que entrar o fazia até a meia noite. E eu só me dava uma oportunidade de conhecer outra pessoa ou beijar alguém quando me certificava de que “ele” realmente não viria.
Segui com a mão grudada na de Dani e subimos a escadaria estreita até o segundo andar. Eu não gostava daquele ambiente onde só tocava músicas dance e a fumaça pairava no ar. Ali era permitido fumar. Então além da música que entrava dentro da mente e fazia a cabeça quase explodir, tinha cheiro de cigarro misturado com maconha. Passar a noite ali era a sentença para sair chapada sem provar da erva. Daniela definitivamente gostava dali e já havia beijado vários gatinhos daquele lado. Era a segunda vez que eu subia em seis meses de Manhattan.
Como ela me “salvou”, tive que ser agradecida. Suportei três músicas e já tinha uns garotos se recostando em nós. Eu já mencionei que além de tudo eu não gostava das pessoas que frequentavam o andar de cima?
- Vamos descer? – convidei.
- Mas acabamos de chegar. – ela disse nem olhando para mim, já vidrada num dos rapazes que se chegavam.
- Preciso ir ao banheiro. – menti.
- Tem banheiro aqui em cima. Vai e eu espero você.
Eu desci. Certamente ela conseguiria seu alvo e esqueceria de nós até a hora de irmos embora. Eu conhecia minhas amigas como a palma da minha mão, assim como elas me conheciam.
Quando voltei para a pista térrea o que vi me deixou completamente sem ação: Valquíria aos beijos com o desconhecido de olhar incrível. Eu não sei o que me deixou mais atônita... Ele ter ficado com ela ou ela ter ficado com alguém. Valquíria simplesmente “nunca” aceitava uma companhia masculina durante a noite no Manhattan... Ou em qualquer outro lugar. Ela era simplesmente obcecada por Adriano, um garoto que mal conhecia, mas que de vez em quando aparecia no Manhattan. E Val nunca fui uma mulher de se deixar levar pelo momento. Era muito focada e nunca dava uma chance a ninguém. Então vê-la nos braços dele me deixou surpresa. E por mais que ele fosse lindo e tenhamos trocado alguns olhares antes, eu sabia que meu coração não tinha espaço para ninguém a não ser “ele”, meu eterno amor do Manhattan.
Entrei na roda e comecei a dançar como se nada tivesse acontecido. Felizmente Giovane havia saído e então havia sobrado um casal e Alissa sozinha. Peguei as mãos dela e decidi que dançaria até me acabar.
- Vamos beber? – convidou Alissa.
- Só se for agora.
Fomos ao bar e pegamos dois drinques. Eu era simplesmente fanática por Pina colada. Umas quatro e eu já quase nem sabia meu nome ao final da noite, pois era extremamente fraca para bebida alcoólica. Então quando eu queria me manter sóbria, bebia uma ou duas. Quando queria apagar a noite, bebida mais de quatro.
Antes que voltássemos para a pista, Val nos encontrou, de mãos dadas com o até então desconhecido dos olhos mais lindos que eu já vi na minha vida.
- Este é Nicolas. – ela apresentou.
- Oi... – ele disse sorrindo.
Ele era realmente bonito. Deu-me até um certo calor ao ver aquele sorriso tímido.
Nicolas era mais alto do que eu previa quando o avistei ao longe. Val passava do ombro dele. Eu batia no seu peito. Acho que ele tinha de 30 a 40 centímetros mais do que eu. Então eu precisava olhar para cima para falar com ele. O mesmo acontecia com Alissa, que era ainda mais baixa do que eu.
Ele tinha olhos azuis claros, pele clara e cabelos lisos não muito curtos e bem penteados. A barba era feita impecavelmente e a roupa, uma camisa branca e calça jeans escura, pareciam ter acabado de sair da lavanderia.
- Muito prazer, Juliet. – me apresentei oferecendo minha mão.
Ele pegou minha mão e se aproximou, me dando dois beijos no rosto. Puxa, além de lindo era cheiroso. Ah, eu invejei Val. Ela demorava para escolher alguém, mas quando o fazia tinha bom gosto. E ela merecia alguém legal, assim como ela. Tudo que queríamos era que ela esquecesse Adriano de uma vez por todas.
Fiquei feliz pelos meus dois beijos, mas Alissa também ganhou, então percebi que eu não era uma privilegiada. Juliet, nem pense em sequer cogitar você e Nicolas junto. Depois que ele ficou com Val passou a ser totalmente proibido.
Começamos a conversar sobre assuntos sem importância, eu mais com Alissa e ele com Val. Antes que eu terminasse a minha bebida Dani retornou, de mãos dadas com o garoto que a rodeava lá em cima. E junto dele dois outros. Não eram bonitos, mas tinham cara de cafajeste e pareciam ter fumado além da conta. Eu já havia bebido três piñas coladas. Então fui de tequila. E adivinha? Aceitei o beijo do cafajeste de camisa preta. Escolhi ele porque o outro estava de camiseta e eu não gostava de homens que saíam de camiseta. Também não suportava homens que saíam para dançar com tênis esporte nos pés. Se eu era exigente? Pior que não... Nenhum pouco. Mas tinha sim minhas restrições.
Enfim, dei uns bons beijos nele no bar. Não trocamos uma palavra sequer. Não lembro nem se perguntei o nome dele. Mas ele beijava bem e isso eu tinha certeza. Tentou passar a mão na minha bunda. Subi ela pra cima enquanto o beijava. Mão boba comigo não... Quer dizer, não com aquele estranho.
Alissa ficou com o outro, de camiseta. Ela não era muito exigente não. Nunca foi. Se ela também tinha um amor impossível do Manhattan? Sim, tinha. Mas ela era como eu, não se apegava a isso. Éramos diferentes de Val, que era fiel... Agora já acho que nem tanto. Afinal, por que ser fiel a alguém que não tem absolutamente nada com você?
Éramos completamente loucas, pervertidas, divertidas e aproveitávamos a vida como se não houvesse amanhã. Por quê? Porque só tínhamos 18 anos e vivíamos a melhor época das nossas vidas. Nossa única responsabilidade era estudar (e fazíamos isso muito bem).
Não costumávamos frequentar outro lugar a não ser o Manhattan. Aquele bar era nossa vida. Conhecíamos os frequentadores assíduos como nós e recebíamos com beijos calientes os novos. Éramos conhecidas por nossos nomes pelos proprietários e trabalhadores do local. Até as bandas que tocavam ali já sabiam que éramos figuras repetidas do Manhattan.
Assim a noite passou, como outra qualquer... Aquela que você vê o tempo ir e o amor da sua vida não aparecer. O problema é que ele quase nunca dava o ar de sua graça por ali. Então você dá uns beijos, acompanhados de uns amassos mais fortes nos escolhidos. E quando vai embora só torce para chegar logo o próximo sábado na esperança de que talvez “ele” apareça.
Nos despedimos dos nossos “ficantes” e fomos esperar o táxi na conhecida escadaria do prédio outro lado da rua. Acho que os degraus até já conheciam nossas bundas, que ficavam ali todas as madrugadas de sábado para domingo, vendo a galera aos poucos deixar o Manhattan. Dani se despediu e não foi embora conosco. Acompanhou o garoto que conhecera até sabe-se lá aonde. Bem, na verdade sabíamos muito bem onde. E Nicolas nos acompanhou.
Minha cabeça girava um pouco. Significava que eu tinha bebido um pouquinho além da conta.
- Tudo bem? – perguntou Val tocando no meu ombro.
Ela e Nicolas sentavam dois degraus acima.
- Sabe aquela sensação de tontura e bem estar? – olhei para ela.
- Sim... – ela riu. – E como se chamava o garoto?
- Vou saber...
- Você não perguntou o nome dele? – ela deu uma gargalhada.
- Claro que não.
- Então sem chance de vê-lo de novo. – disse Nicolas.
- Não perguntei o nome justo para não manter vínculos.
- Bom saber sobre o universo feminino. – ele riu. – Ainda bem que você perguntou o meu nome, Val.
Virei para frente e tentei manter meus olhos na porta de saída. Vai que um dos amigos “dele” estivesse por ali e eu não vi. Val costumava sempre encontrá-los, mas acho que desta vez ela estava ocupada demais para isso.
Senti o dedo de Val me cutucando e olhei para trás. Nicolas passava o braço nos ombros dela. Eles eram um casal fofo. Acho que eu tentaria meter na cabeça dela que ficar com ele era a melhor alternativa. Ele era no mínimo mil vezes mais bonito que Adriano.
- Sabia que Nicolas estuda na Escola Técnica?
Encarei e ele e perguntei:
- Qual ano?
- Quarto.
- Nicolas, quer ser meu melhor amigo? – falei seriamente.
Ele começou a gargalhar:
- Você é muito louca, menina.
- Não estou brincando. Eu sou simplesmente apaixonada por um garoto que estuda lá. É tipo: se eu não ficar com ele de novo eu vou morrer, entende?
Ele estreitou os olhos:
- Isso é possível?
- Sim, acredite, para ela é. – explicou Val. – Ela é simplesmente obcecada por este garoto desde que o viu pela primeira vez.
- O viu e ficou obcecada? – ele perguntou confuso.
- Eu fiquei com ele. – expliquei.
- Ah... Namoraram?
- Não... Fiquei com ele uma vez.
- E ficou obcecada? – novamente ele pareceu não entender.
- Deixa eu explicar melhor: não é obsessão. Eu amo ele.
- Talvez eu conheça, se ele estuda na Escola Técnica. Qual o nome dele?
O nosso táxi parou no mesmo momento que Giovane saiu pela porta do Manhattan.
- Para o táxi, imediatamente. – gritei.
Levantei e fui correndo, puxando a porta e sentando atrás. Eu não gostava de sentar na frente, então sempre corria para sentar atrás e seguir acompanhada até a casa de Alissa. Geralmente dormíamos na casa dela aos sábados. Alissa sentou comigo e Val ficou na frente, com cara de poucos amigos. Fechei meus olhos e escorei minha cabeça no ombro de Alissa, que recostou sua cabeça na minha.
- Seis meses antes (dos oito anos) -Eu estava na fila aguardando para acessar o interior do Manhattan Bar. Era o aniversário de dezoito anos de Alissa e estávamos empolgadas. Ela seria a primeira a completar a maioridade. E para mim tudo era ainda melhor: a primeira vez que eu saía numa casa noturna. Geralmente minhas saídas eram na casa das minhas amigas ou festas particulares, em casa de conhecidos.Minha mãe era legal, mas infelizmente havia casado com um homem chato que me importunava o tempo inteiro e se achava meu pai, embora não fosse. Ele não era só conservador, mas fazia questão de tentar mudar a opinião de minha mãe com relação a tudo. Como era aniversário de Alissa e a mãe dela insistiu para eu acompanhar elas, teria minha primeira vez no Manhattan Bar.Assim que passei pelo segurança e acessei a porta de entrada, havia um pequeno espa&cced
Assim que chegamos à casa de Alissa, nossas camas já estavam preparadas no chão da sala. Trocamos de roupa e nos jogamos nos colchões macios. Deitei no meio das duas. Olhei para Val e disse:- Eu não acredito que você deu uns beijos na boca. Nicolas é legal, agradável...- Bonito. – completou Alissa.- Muito bonito. Acho que você deve casar com ele. – brinquei.Ela revirou os olhos, entediada:- Não vou mais nem ficar com ele de novo.- Não combinaram nada, Val? – perguntei surpresa. – Como assim? Ele até esperou nosso táxi. Sabemos que não são todos que fazem isso. Só os garotos mais importantes e apaixonados. – formei um coração com meus dedos para ela.- Nem comece, Juliet.- Como não? Hora de tirar Adriano desta vidinha. – brinquei.- Claro... Depois qu
No dia seguinte eu e Val nos falamos normalmente, como se nada tivesse acontecido. Éramos assim mesmo... Dizíamos o que queríamos e às vezes magoávamos umas às outras. Mas no fim, sempre nos perdoávamos... Porque éramos amigas. Eu deixava elas me falarem verdades que jamais admiti que outras pessoas o fizessem, especialmente minha mãe e meu padrasto.Mas quando acabou a aula, novamente Nicolas estava lá, esperando por Valquíria. Desta vez fizemos menos alarde. Se quiséssemos que ela continuasse com ele, precisávamos nos comportar.Ele estava no mesmo lugar e parado do mesmo jeito. A única coisa que mudava era sua camiseta, que agora era azul, combinando com seus olhos.Val atravessou e ele a recebeu com um beijo na boca, não tão longo, nem tão breve. Acho que ele realmente estava gostando dela, ou não estaria ali esperando por ela dois di
Eu detestava andar sozinha, fosse na rua, fosse no Manhattan Bar, fosse na festa da escola. Mas tive que fazer isso na esperança de encontrar o amor da minha vida em algum lugar por ali. A festa era no ginásio de esportes do Instituto. O lugar era grande. Mas não impossível para encontrar alguém, embora estivesse lotado. Andei por cerca de meia hora, dando voltas e voltas e não o encontrei. Cansada, fui até Alissa e Val, que encerravam seu turno na venda de bebidas.- O encontrou? – perguntou Val.- Não... Acho que deve ter ido embora.- Mas ele estava aqui... Eu juro.- Eu também vi. – disse Alissa.- Eu acredito em vocês, meninas. Mas realmente não o encontrei.- Nós vamos atrás de Saul... Ver o que ele está fazendo. Vamos junto? – convidou Alissa.- Não... Estou podre de cansada. Meia hora dando voltas procurand
Passei o restante da semana tentando me aproximar de Nadiny, mesmo sem gostar muito dela, afinal, agora sabia que ela não mentia sobre conhecer Carlos Eduardo, “o meu Cadu”. Tudo para que ela não “esquecesse” de levá-lo ao Manhattan no próximo sábado. Eram raros os sábados que não saíamos à noite, assim como quando isso acontecia não acabarmos no Manhattan. Minhas amigas já haviam ido algumas vezes ao Lounge 191, mas eu não. Elas saíam mais do que eu, pois tinha vezes que eu ganhava castigo e com elas isso nunca acontecia. O meu castigo era não sair com elas no sábado. O que eu fazia nestes momentos? Ficava trancada no meu quarto chorando ou espraguejando minha mãe e meu padrasto.Mas neste sábado felizmente correu tudo bem e eu não fiquei de castigo. Então eu pude estar com as meninas na tradicional fila do Manhattan.
Eu poderia afirmar que nunca fiquei com um homem como Tom. Ele simplesmente me tirava da zona de conforto. Quando percebi, estava no canto mais escuro do Manhattan, imprensada contra a parede com aquelas montanhas de músculos perfeitos me envolvendo. Claro que eu me imaginei debaixo do corpo dele numa cama macia. E sim, poderia imaginar ele entrando em mim. Fiquei pensando no tamanho do membro dele. Aquele homem não era de Deus, definitivamente. Era tentação para qualquer mulher. Agora... O que ele está fazendo aqui, comigo? Não que eu tivesse uma autoestima baixa, mas ele era um deus grego... Não se podia negar. Eu me senti uma adolescente sem graça que bebeu além da conta.As mãos quentes levantaram meu vestido, e ele simplesmente passou-as por dentro da minha calcinha, sentindo a pele das minhas nádegas. Eu nunca havia feito um tipo de coisa assim num local público... Nunquinha. Embora eu e
Deitamos em nossas tradicionais camas no chão. Garanti meu lugar ao lado de Dani. Já estava amanhecendo e não tínhamos a mínima intenção de dormir. Os primeiros questionamentos vieram para mim:- Quantos anos ele tem? – perguntou Dani.- 27.- Ele é quase dez anos mais velho do que você. – observou Alissa.- Já me apaixonei por um exatamente dez anos mais velho. – as lembrei.- Eu já fiquei com um homem de 30 uma vez. – disse Dani. – Isso não tem nada a ver, meninas.- Exceto pelo fato de minha mãe me matar se souber, estou tranquila. Gostei dele. – confessei.- Hum, gostei desta afirmação. Há tempos você não admitia gostar de alguém a não ser...- Não falei o nome dele! – gritou Dani. – Não vamos estragar nossa noite.- Ele
E Valquíria estava definitivamente disposta a fugir de Nicolas de qualquer jeito. Não esperou até o quinto período de aula na segunda-feira, indo embora após acabar o quarto.Assim que saímos, quando a aula finalmente acabou, lá estava Nicolas, esperando por ela. Ele estava sempre arrumado, como se tivesse recém saído do banho. Quem conseguia uma façanha daquelas? Despedi-me de Alissa e Daniela e segui meu caminho.- Ei, Juliet... Espere.Olhei Nicolas apressando o passo atrás de mim. Parei para ver o que ele queria.- Oi...- O que houve com Val?- Ela... Precisou sair mais cedo. – falei sem ter coragem de dizer a verdade.- Mas está tudo bem com ela?- Sim, tudo certo. Ela tinha um compromisso em família, só isso.- Você está indo para casa?- Sim. – confirmei olhando no relógio. Logo