- Seis meses antes (dos oito anos) -
Eu estava na fila aguardando para acessar o interior do Manhattan Bar. Era o aniversário de dezoito anos de Alissa e estávamos empolgadas. Ela seria a primeira a completar a maioridade. E para mim tudo era ainda melhor: a primeira vez que eu saía numa casa noturna. Geralmente minhas saídas eram na casa das minhas amigas ou festas particulares, em casa de conhecidos.
Minha mãe era legal, mas infelizmente havia casado com um homem chato que me importunava o tempo inteiro e se achava meu pai, embora não fosse. Ele não era só conservador, mas fazia questão de tentar mudar a opinião de minha mãe com relação a tudo. Como era aniversário de Alissa e a mãe dela insistiu para eu acompanhar elas, teria minha primeira vez no Manhattan Bar.
Assim que passei pelo segurança e acessei a porta de entrada, havia um pequeno espaço sem absolutamente nada. À esquerda, uma porta que dava de frente para o caixa, onde se ganhava a consumação mínima, que vinha em forma de cartão. Ali também era pago o cartão ao final da noite. À esquerda, o primeiro bar, todo espelhado, com belos barman’s e os mais variados tipos de bebidas e coquetéis coloridos enfeitavam o lugar. Dava vontade de provar tudo. Algumas banquetas altas ficavam dispostas para quem preferisse beber sentado. Passando alguns metros, à esquerda, uma pequena escada, pouco iluminada, de onde se acessava o segundo andar, que tocava músicas dance. Dali não se ouvia nada lá de cima. Mas sim o som que vinha da pista de baixo, que ficava à frente, numa área mais ampla. Onde estávamos era claro e bem iluminado. Passando dali, via-se a enorme pista de dança, um degrau abaixo. Ela ficava centralizada, cercada por camarotes com bancos de couro e mesas em mármore à esquerda. À frente, o palco, já com microfones e instrumentos musicais esperando a banda. À direita, o segundo bar, interligado ao palco. Era igual o da entrada, porém maior. Na lateral direita, antes do bar, uma pequena entrada com porta vai e vem em madeira, estilo veneziana, onde ficavam banheiros masculinos e femininos, um de frente para o outro.
Felicidade era a sensação que irradiava de mim, ouvindo as minhas músicas preferidas em meio ao ambiente escurecido com algumas poucas luzes ora brancas, ora coloridas.
- E então? – perguntou Alissa.
- Amei. – falei atenta a tudo.
Alissa e Valquíria já havia estado ali uma vez. Mas eu não fora junto. Daniela havia ido mais vezes, com outras companhias.
Descemos e começamos a dançar imediatamente. Isso eu amava nas minhas amigas: eram divertidas o tempo todo. Tirando Val, que nem sempre estava de bom humor. Mas naquele dia especialmente ela estava. Eu conheci Alissa e Daniela há três anos, quando entrara no ensino médio. Valquíria eu conhecia desde que minha memória começou a existir. Estudamos juntas a vida inteira, desde o primeiro ano. Mas naquela época não éramos melhores amigas. Fomos criar este vínculo quando trocamos de escola e fomos para o ensino médio.
Ainda assim criamos laços tão fortes que nos conhecíamos só de olhar uma para a outra. Alissa era apaixonada por Saul, que estudava na mesma escola que nós. Ele costumava ir ao Manhattan e foi daí que descobrimos o lugar. A intenção era encontrá-lo lá. Na primeira vez ela o viu lá, mas ele ficou com outra garota. Doeu nela, que acabou ficando com outro. Hoje era aniversário dela e quando assoprou as velinhas antes de sair, ela desejou ele. Esperávamos que o desejo das velas desse certo.
A noite foi divertida. Tinham muitos garotos bonitos que era até difícil escolher. Não éramos perfeitas, mas não servíamos para feias, então logo estávamos com muita companhia masculina tanto dançando conosco quanto ao nosso redor, como abutres na carne nova.
Ganhei um vestido preto da minha mãe para sair naquela noite. Era lindo, porém havia ficado um pouco curto. Não deu tempo para trocar, pois ela me entregou minutos antes de eu sair para a casa de Alissa. No dia anterior eu havia pintado meu cabelo de rubi. A nova Juliet era ruiva. Mas havia sido morena, loira, platinada, preto azulado e até estilo Geri Halliwell, das Spice Girls. Como boa aquariana, eu gostava de mudanças e fugia do tradicional. Não sabia por quanto tempo eu seria ruiva, mas atualmente eu gostava. Meus cabelos nunca estiveram tão compridos: no meio das costas. Eu não conseguia deixar crescer mais. Não tinha paciência alguma para nada. O avermelhado combinava com minha pele clara e meus olhos esverdeados. Meu cabelo era liso. Eu era magra... E não gostava muito do meu corpo por isso. Sonhava ter mais coxas, mais bunda e menos peito. Mas nem tudo é como se quer quando a gente só tem 17 anos.
Começou a tocar “Santeria”, uma música pela qual eu era simplesmente fanática. Sem pensar muito e depois de beber já três drinques, me joguei no meio da pista e comecei a dançar loucamente. Quando vi um garoto estava junto comigo, imitando meu jeito louco e sem ritmo. E ele também sabia toda a música. Enfim, alguém com bom gosto musical. Ele era magro, mas tinha braços fortes. Era um pouco mais alto que eu (qualquer pessoa era mais alta que eu), tinha cabelos castanhos não tão curtos e completamente desalinhados. Seus olhos eram claros... Pareciam-me azuis na pouca luz que tínhamos. E boca dele era perfeita. Não sei se foi tão claro que fiquei olhando para a boca dele que quando percebi, ele se aproximou de mim e me beijou.
A boca não só era bonita, mas beijava bem. Seus lábios eram quentes e ele tinha gosto de bebida doce. Sua língua era exigente. Ainda dançávamos quando passei meus braços pelo pescoço dele, para intensificar aquele beijo maravilhoso. Ri em meio ao beijo na boca quando ele abaixou as mãos e puxou meu vestido para baixo. Quem em sã consciência puxa o vestido de uma garota para baixo e não para cima? Nos soltamos quase sem fôlego e já não dançávamos mais tanto quando ele olhos nos meus olhos e perguntou:
- Qual seu nome?
- Juliet. E o seu?
- Carlos Eduardo... Mas pode me chamar de Cadu.
- Pode me chamar de Juliet. – eu ri.
- Hum... Vou te chamar de Ju. – ele disse pegando minha mão e me puxando para perto do corpo dele, enquanto suas mãos envolviam minhas costas e ele voltava a dançar junto de mim.
Não, eu não lembro mais que música tocava. Eu sequer sei quem estava perto de nós ou se existia alguém. Eu poderia dizer que foi a bebida em excesso que me deixou completamente embriagada por aquele homem. Mas não foi. Era algo que eu nunca senti antes. Não sei porque... Mas foi especial. E não pelo fato de ele ser bonito.
A banda começou a tocar e me virei para olhar enquanto ele ficou atrás de mim, abraçando-me por trás, sem nunca me soltar. A sensação que eu tinha era de que o conhecia há mais tempo. E meu corpo parecia não querer ficar longe do dele...
Vez ou outra ele me dava beijos no pescoço e descansava o queixo nos meus ombros. Se aquilo não era perfeição, eu não saberia dizer o que era.
Quando percebemos a banda acabou a apresentação. Não nos soltamos um minuto sequer. Depois de mais outros beijos envolventes e nenhuma tentativa de escorregar as mãos por lugares proibidos, ele perguntou:
- Você mora aqui na cidade?
- Sim. E você?
- Na cidade vizinha.
- Estuda onde? – perguntei na certeza de que ele era estudante de ensino médio também.
- Escola Técnica.
- Perto de onde estudo. – observei feliz.
- Vai dizer que você estuda no Instituto?
- Aham. – concordei.
- E só nos encontramos aqui? Como eu nunca vi você na rua?
Eu ri novamente:
- Eu não ando muito pelas ruas não.
- Na verdade, nem eu. – ele admitiu. – Não costumo sair muito.
- Se eu disser que é a primeira vez que venho aqui, acreditaria?
- Se eu disser que eu também, você acredita?
Começamos a rir. Eu completei:
- Um garoto que não gosta da noite?
- Na verdade gosta, mas não é um doido para viver na rua.
- Eu gosto bastante... Mas tenho uma família um pouco tradicional e conservadora.
- Devem ser parentes da minha. – ele riu.
- Pelo menos podemos escutar música... Já que você também gosta de Sublime.
- Gosto bastante, embora não seja o fã número um deles.
- Achei que era...
- Passou a ser a música perfeita quando a vi dançando tão empolgada... Acho que até é minha preferida agora.
Eu ri:
- Se continuar falando assim, vou me apaixonar...
Eu falei isso mesmo? Você está louca, Juliet?
- E ainda não está? – ele riu alto. – Eu já estou... Completamente.
Ele me beijou de novo. Seus lábios sedentos devoravam os meus. Eu estava para dizer que foi meu melhor beijo até aquele momento. Mas, não imaginando que aquilo poderia ficar ainda melhor, fui surpreendida quando ele me abraçou com força, me apertando contra si, e depois me levantou, trazendo-me até seus lábios novamente. Carlos Eduardo era fascinante e sabia como satisfazer uma adolescente sonhadora, mas ao mesmo tempo pouco inocente.
Foram vários beijos quentes trocados durante a noite. Mas não durou muito. Logo alguns garotos vieram até ele:
- Precisamos ir.
Ele me olhou e fez uma carinha triste. Sério, você precisa mesmo ir? Tem certeza de que não quer ficar para sempre nos meus braços?
- Chegou minha hora. – ele falou.
- Foi bom conhecê-lo, Cadu. – confessei.
- O prazer foi todo meu, Ju.
Ele me deu um beijo rápido e andou. Ei, você foi perfeito... Não vai marcar de me ver de novo? Fiquei ali, parada, o vendo partir. Volte aqui, amor da minha vida. Quero você para sempre... Casa comigo.
Acompanhei-o até ele desaparecer entre a multidão, sentindo meu coração apertado.
- Não vai dizer que se apaixonou? – perguntou Dani me abraçando por trás.
- Completamente... Não dá para ver os corações saindo pelos meus olhos?
- Dá sim... Agora vira para cá, pelo amor de Deus. Não duvido que você vá atrás dele.
- Então me segura firme. – brinquei.
Realmente não havia mais nenhuma graça aquele lugar depois que ele partiu. Eu nunca fui uma garota muito recatada. Gostava de me divertir e mesmo quando minha mãe tentava me impedir, eu ainda assim burlava as regras. E isso gerava alguns castigos de vez em quando. Eu esperava que quanto chegasse aos dezoito anos isso acabasse. Agora era esperar, pois logo chegaria a minha vez. Dei meu primeiro beijo aos trezes anos, bem atrasada das minhas outras amigas. Foi com um garoto desconhecido. Eu tinha medo de beijar um que eu gostasse ou conhecesse e ele achasse que eu não sabia beijar. Então a tática foi aprender com um desconhecido para aprimorar com os outros. Eu ainda era virgem... E acreditava que era por falta de oportunidade. Gostei de muitos garotos, quase sempre fiquei com quem eu queria e namorei alguns que só atrapalharam minha vida. Eu era focada nos estudos, dedicada, mas 50% do meu tempo era voltado para paixões da adolescência. Amava um a cada semana e “desamava” em duas. Isso me diferenciava bastante de minhas amigas. Alissa ficava com outros garotos, mas gostar era só de Saul. Valquíria, por sua vez, gostava de Adriano há muitos anos e não ficava com ninguém a não ser ele. O primeiro beijo dela foi no ano passado, obrigada por nós. De tanta insistência, ela acabou cedendo às nossas pressões. Beijou uma pessoa que nós escolhemos e depois nunca mais viu uma boca masculina na vida. Acho que ela fez alguma promessa que só beijaria a segunda vez se fosse Adriano. Ainda assim ela sempre saía conosco. Mas seu humor dependia de Adriano aparecer no local ou passar por ela na rua. Daniela era a única de nós que já havia perdido a virgindade. Já havia sido noiva e com ele havia feito sexo pela primeira vez. Noivado terminado e tínhamos uma Dani que podia dormir com quem quisesse sem se importar. Ela que aproveitava bem a vida. Nós, pobres medrosas... A primeira vez é sempre conflitante para uma garota. Principalmente quando já não se é tão jovem, e ao mesmo tempo não tão velha. Tínhamos um pacto que a primeira que fizesse contaria todos os detalhes (quando eu digo todos é absolutamente todos). Dani dizia algumas coisas, mas ela não era tão clara como queríamos. Ela perguntava se queríamos filmar a próxima vez... Simplesmente ríamos. Só quem não passou por isso sabia o quanto se tinha curiosidade.
Mal sabíamos que realmente não era possível descrever com tantos detalhes para as amigas... Porque talvez aquele momento tivesse que ser um segredo para sempre. Principalmente quando ele envolvia a quebra de um pacto de amizade. Sim, fui eu que quebrei o pacto... E não as perdi, mas também nunca mais foi a mesma coisa. Mal eu sabia o quanto aqueles momentos todos eram preciosos. Muito menos a reviravolta que Cadu daria na minha vida e o quanto ele seria responsável pela minha destruição.
Assim que chegamos à casa de Alissa, nossas camas já estavam preparadas no chão da sala. Trocamos de roupa e nos jogamos nos colchões macios. Deitei no meio das duas. Olhei para Val e disse:- Eu não acredito que você deu uns beijos na boca. Nicolas é legal, agradável...- Bonito. – completou Alissa.- Muito bonito. Acho que você deve casar com ele. – brinquei.Ela revirou os olhos, entediada:- Não vou mais nem ficar com ele de novo.- Não combinaram nada, Val? – perguntei surpresa. – Como assim? Ele até esperou nosso táxi. Sabemos que não são todos que fazem isso. Só os garotos mais importantes e apaixonados. – formei um coração com meus dedos para ela.- Nem comece, Juliet.- Como não? Hora de tirar Adriano desta vidinha. – brinquei.- Claro... Depois qu
No dia seguinte eu e Val nos falamos normalmente, como se nada tivesse acontecido. Éramos assim mesmo... Dizíamos o que queríamos e às vezes magoávamos umas às outras. Mas no fim, sempre nos perdoávamos... Porque éramos amigas. Eu deixava elas me falarem verdades que jamais admiti que outras pessoas o fizessem, especialmente minha mãe e meu padrasto.Mas quando acabou a aula, novamente Nicolas estava lá, esperando por Valquíria. Desta vez fizemos menos alarde. Se quiséssemos que ela continuasse com ele, precisávamos nos comportar.Ele estava no mesmo lugar e parado do mesmo jeito. A única coisa que mudava era sua camiseta, que agora era azul, combinando com seus olhos.Val atravessou e ele a recebeu com um beijo na boca, não tão longo, nem tão breve. Acho que ele realmente estava gostando dela, ou não estaria ali esperando por ela dois di
Eu detestava andar sozinha, fosse na rua, fosse no Manhattan Bar, fosse na festa da escola. Mas tive que fazer isso na esperança de encontrar o amor da minha vida em algum lugar por ali. A festa era no ginásio de esportes do Instituto. O lugar era grande. Mas não impossível para encontrar alguém, embora estivesse lotado. Andei por cerca de meia hora, dando voltas e voltas e não o encontrei. Cansada, fui até Alissa e Val, que encerravam seu turno na venda de bebidas.- O encontrou? – perguntou Val.- Não... Acho que deve ter ido embora.- Mas ele estava aqui... Eu juro.- Eu também vi. – disse Alissa.- Eu acredito em vocês, meninas. Mas realmente não o encontrei.- Nós vamos atrás de Saul... Ver o que ele está fazendo. Vamos junto? – convidou Alissa.- Não... Estou podre de cansada. Meia hora dando voltas procurand
Passei o restante da semana tentando me aproximar de Nadiny, mesmo sem gostar muito dela, afinal, agora sabia que ela não mentia sobre conhecer Carlos Eduardo, “o meu Cadu”. Tudo para que ela não “esquecesse” de levá-lo ao Manhattan no próximo sábado. Eram raros os sábados que não saíamos à noite, assim como quando isso acontecia não acabarmos no Manhattan. Minhas amigas já haviam ido algumas vezes ao Lounge 191, mas eu não. Elas saíam mais do que eu, pois tinha vezes que eu ganhava castigo e com elas isso nunca acontecia. O meu castigo era não sair com elas no sábado. O que eu fazia nestes momentos? Ficava trancada no meu quarto chorando ou espraguejando minha mãe e meu padrasto.Mas neste sábado felizmente correu tudo bem e eu não fiquei de castigo. Então eu pude estar com as meninas na tradicional fila do Manhattan.
Eu poderia afirmar que nunca fiquei com um homem como Tom. Ele simplesmente me tirava da zona de conforto. Quando percebi, estava no canto mais escuro do Manhattan, imprensada contra a parede com aquelas montanhas de músculos perfeitos me envolvendo. Claro que eu me imaginei debaixo do corpo dele numa cama macia. E sim, poderia imaginar ele entrando em mim. Fiquei pensando no tamanho do membro dele. Aquele homem não era de Deus, definitivamente. Era tentação para qualquer mulher. Agora... O que ele está fazendo aqui, comigo? Não que eu tivesse uma autoestima baixa, mas ele era um deus grego... Não se podia negar. Eu me senti uma adolescente sem graça que bebeu além da conta.As mãos quentes levantaram meu vestido, e ele simplesmente passou-as por dentro da minha calcinha, sentindo a pele das minhas nádegas. Eu nunca havia feito um tipo de coisa assim num local público... Nunquinha. Embora eu e
Deitamos em nossas tradicionais camas no chão. Garanti meu lugar ao lado de Dani. Já estava amanhecendo e não tínhamos a mínima intenção de dormir. Os primeiros questionamentos vieram para mim:- Quantos anos ele tem? – perguntou Dani.- 27.- Ele é quase dez anos mais velho do que você. – observou Alissa.- Já me apaixonei por um exatamente dez anos mais velho. – as lembrei.- Eu já fiquei com um homem de 30 uma vez. – disse Dani. – Isso não tem nada a ver, meninas.- Exceto pelo fato de minha mãe me matar se souber, estou tranquila. Gostei dele. – confessei.- Hum, gostei desta afirmação. Há tempos você não admitia gostar de alguém a não ser...- Não falei o nome dele! – gritou Dani. – Não vamos estragar nossa noite.- Ele
E Valquíria estava definitivamente disposta a fugir de Nicolas de qualquer jeito. Não esperou até o quinto período de aula na segunda-feira, indo embora após acabar o quarto.Assim que saímos, quando a aula finalmente acabou, lá estava Nicolas, esperando por ela. Ele estava sempre arrumado, como se tivesse recém saído do banho. Quem conseguia uma façanha daquelas? Despedi-me de Alissa e Daniela e segui meu caminho.- Ei, Juliet... Espere.Olhei Nicolas apressando o passo atrás de mim. Parei para ver o que ele queria.- Oi...- O que houve com Val?- Ela... Precisou sair mais cedo. – falei sem ter coragem de dizer a verdade.- Mas está tudo bem com ela?- Sim, tudo certo. Ela tinha um compromisso em família, só isso.- Você está indo para casa?- Sim. – confirmei olhando no relógio. Logo
Eu estava uma pilha de nervos quando ceguei. Eu e Lorraine andamos um pouco. Eu não queria subir ao segundo andar rapidamente, para que ela não soubesse que eu havia ido a um encontro “casualmente planejado”.Usei um vestido curto, rosa, rodado e uma sandália baixa. Deixei meus cabelos soltos e caprichei no batom.- Sinceramente, não vejo graça em andar no Shopping. – reclamou Lorraine. – Vamos comer ou beber alguma coisa?- Vamos. – concordei feliz pela ideia dela.Enquanto entrávamos no elevador, ela comentou:- O que deu em você me convidar para sair? Quase nunca se desgruda das suas amigas.- Queria exatamente desgrudar um pouco delas. – falei.- E vocês tem ido ao Manhattan?- Sim.- Eu tenho ido mais ao Lounge 191 nos últimos tempos. Tem homens mais velhos lá... O que eu gosto. – ela piscou.- Eu sei