- Tudo bem, ligue então, vamos ver se a polícia interfere em assuntos domésticos de um casal.Ele estava também irritado, olhando profundamente para a mulher à sua frente. Já que entre eles, não havia volta ao passado, ele não se importava com mais nada, ele iria mantê-la presa a ele, só queria vê-la todos os dias.O turbulento Rafael interiormente, nunca imaginou que, ao pensar dessa maneira, estava se rebaixando a um amor que era apenas um pedido humilde.Nuno se levantou de repente, puxando a mão grande do homem que segurava firmemente o braço da mulher, empurrou o homem à sua frente.- Solte-a, você é extremamente egoísta! Você não entendeu? Jane não quer ir com você, não quer ficar com você, não quer ver você! Isso é o seu estilo, agir de forma desonesta?Rafael foi empurrado de surpresa, ninguém esperava que o homem, que agora pouco parecia um lobo feroz, apenas com este empurrão, simplesmente cairia tão facilmente.Ninguém esperava por isso!Tiago, com o rosto negro, correu para
- Eu...Ela queria perguntar se tinha feito algo errado, se tinha entendido mal. Sua voz rouca soava como um monólogo, que caía aos olhos de quem queria entender, proporcionando uma nova interpretação.Nuno se aproximou:- Me desculpe, não imaginei que um pequeno empurrão causaria tais consequências graves.Havia um leve arrependimento em seu rosto, nem mais nem menos, era perfeito. Quando a mulher virou para olhar, ela hesitou por um momento, e balançou a cabeça:- Não tem nada a ver com você.A grande mão do homem, escondida atrás de seu corpo, se fechou em um punho e depois se abriu novamente. Não tinha nada a ver com ele? Era tarde demais, tinha tudo a ver com ele, tinha que ter tudo a ver com ele.Involuntariamente, ele soltou um grito de dor, com uma expressão sofrida.- Sr. Nuno, o que houve?- Nada.O homem, com uma expressão de dor no rosto, cobriu o dorso com uma mão, enquanto suportava a dor, e com um olhar culpado para a mulher, balançou a cabeça:- Eu estou bem.- Não se m
- Chefe, seu sobrenome não é Gomes?Cecília perguntou, seguindo-a cautelosamente.- Por que todo mundo te chama de Jane Pereira?Na porta do seu quarto, a mulher parou, olhou para Cecília, que estava atrás dela. Na face da garota, ela viu o medo, e nos olhos da garota, ela viu o entendimento. Ela entendeu porque Cecília tinha perdido sua inocência e alegria habituais na frente dela, e em vez disso estava com medo.- Cecília, você tem medo de mim, não é?A mulher perguntou em vez de responder.A face da menina ficou vermelha como um "bumbum de macaco", com a vergonha de ser vista através dela:- Não, não, chefe, como eu poderia ter medo de você. Você é a melhor.Uma mão fria tocou o rosto de Cecília, que tremeu ligeiramente. Ela levantou as pálpebras com cuidado, lançando um olhar furtivo à sua chefe, só para se encontrar com os olhos tristes e sem esperança.- Chefe.- Cecília, agora, eu mesma não sei qual é o meu nome. Quando nasci, meu avô me chamou de Jane, porque ele era um Pereira
Rafaela parou um táxi, e o motorista perguntou aonde ela queria ir. As pessoas daqui, sempre calorosas e alegres, falavam num sotaque não muito convencional. Rafaela, acostumada a ser crítica, naquele momento, não estava no humor para criticar.Estava prestes a responder ao motorista quando o celular começou a vibrar. De repente, ela segurou o celular nervosamente, fixando os olhos no nome do chamador por um bom tempo.Rafaela estava hesitante. Se não atendesse, ela poderia procrastinar por mais tempo. Assim que atendesse essa ligação, ela não teria mais como recusar.O longo toque do celular finalmente se silenciou. Antes que Rafaela pudesse respirar aliviada, aquele toque infernal tocou novamente, incansável.Sem opção, ela atendeu:- André.- Mãe, você desembarcou, certo?Do outro lado da linha, André perguntou ansiosamente:- Mãe, vá direto encontrar a irmã, é o hotel "Memórias" que eu mencionei antes.Do outro lado, André insistia para que Rafaela encontrasse Jane. Essa informação
Rafaela ficou chocada, olhando para a pessoa à sua frente como se fosse um fantasma:- O que você está falando? - Ela disse cada palavra com extrema dificuldade.Jane contou a Rafaela tudo o que sabia de forma clara e concisa.- É assim, acredite ou não, eu não sou sua filha, não posso salvar seu filho. Pra família Pereira não falta dinheiro, ao Sr. Lucas não falta conexões, acredito que com suas conexões, se realmente quiserem salvar seu filho, deveriam ser capazes de encontrar um doador compatível. Se até mesmo a poderosa família Pereira não consegue encontrar, então eu, como uma estranha, certamente não posso ajudar.A mulher disse tudo isso com extrema calma. Se Rafaela não estivesse tão chocada neste momento, se ela gastasse um pouco mais de tempo olhando para Jane, ela veria a tristeza escondida sob a aparência calma e fria de Jane.Se não houvesse, se...Então ela não veria a tempestade por trás da calma, nem a dor sob o frio.Jane deu uma última olhada na mulher que ela chamou
"Seu pai... Ele já tem um filho bastardo há muito tempo."Jane ficou chocada, verdadeiramente chocada desta vez.Ela olhou para Rafaela e pensou consigo mesma, que família era essa!Ela já não se considerava uma Pereira, afinal, ela nem carregava mais o sobrenome Pereira, certo?- Jane, eu te imploro, por favor! - Rafaela suplicava, chorando.Jane achou a situação tão ridícula que começou a rir. E enquanto ria, as lágrimas começaram a escorrer.- Jane?Rafaela piscou, sem entender a filha que naquele momento estava tanto rindo quanto chorando.- Você...Na frente de Rafaela, a risada de Jane ficou ainda mais alta. Ela riu tanto que começou a chorar, se agachou no chão, segurou o estômago e, apontando para Rafaela, disse:- Você é a maior responsável por eu estar rindo tanto hoje.Rafaela arregalou os olhos, incrédula.- Jane, como você se tornou assim!Rafaela olhava em desespero para a filha que estava no chão, rindo tanto que precisava segurar o estômago.- Como você pode transformar
Ao abrir os olhos, todo o quarto era pálido.- Acordou?- Tiago?Ela virou os olhos novamente, acostumando-se com a luz brilhante do sol lá fora, sem perguntar por que estava no hospital. Seu entendimento estava fragmentado. Agora que acordou, aquelas memórias fragmentadas, pouco a pouco, voltavam.Ela se lembrou, era Rafaela.Perguntou lentamente para a pessoa ao lado:- Onde ela está?- Rafael não está aqui. - Disse Tiago- Eu perguntei, onde está Rafaela.Ao ouvir isso, Tiago ficou imediatamente furioso:- No seu coração, Rafael é menos importante do que uma Rafaela?Ele zombou friamente:- Jane, você já amou Rafael de verdade? Se você o amava, como podia ser tão indiferente?Ouvindo isso, Jane sentiu uma absurdidade brotando do fundo do coração. Ela olhou atentamente para Tiago, com uma seriedade incomparável.- O que você está olhando?Tiago ficou irritado com seu olhar, que tipo de expressão era aquela? Ele não achava que suas palavras eram ridículas. A mulher na cama retirou seu
A noite estava silenciosa.Havia um andar no prédio do Grupo Gomes, aceso brilhante, o símbolo do poder do Grupo Gomes.Diante da mesa de trabalho, os dedos de um homem não paravam de digitar no teclado. Cada som, parecia o estampido de uma "batalha", assim como a situação atual.Os olhos do homem, sombrios como lâminas, afiados e astutos, estavam fixados na tela, em cada detalhe.Havia três anos, ele expulsou Sandro do Grupo Gomes. Durante esses três anos, ocupado com a constante expansão, deu oportunidade aos atentos. Em diferentes setores do vasto Grupo Gomes, eles infiltraram seus espiões.Ele foi para Lagoa de B, finalmente, Sandro viu sua chance. Atacou com forças internas e externas!Muito bom!Muito bom mesmo!Nesse meio, a família Pereira estava envolvida!O homem parou de digitar, seus olhos se tornaram profundos e, de repente, um sorriso apareceu em seus lábios finos. Mas aquele sorriso, comparado ao frio em seus olhos, parecia tão falso.- Lucas, Lucas...Conforme o homem s