Os olhos de Nuno, esfriaram.

- Estou procurando a morte? Por que eu estaria "procurando a morte"? Porque toquei naquilo que você queria? Hahaha, você realmente não mudou, passaram tantos anos, você ainda é tão obstinado, ainda tão paranoico, ainda tão egoísta!

Cada palavra dele estava cheia de um frio infinito. Ele tinha um rosto tão semelhante ao do homem do outro lado. Tinha contornos de olhos semelhantes, longos e frios, sobrancelhas que voavam para as têmporas, os olhos negros como a noite profunda. Mas, Nuno via o homem do outro lado como o arqui-inimigo. Se as palavras pudessem ferir, ele desejaria fatiar Rafael, o homem do outro lado, em mil pedaços!

Para a surpresa de todos, Rafael não se enfureceu, mas olhou para ele com olhos indiferentes:

- Obstinação, sim. Paranóia, sim. Egoísmo, sim.

Seus lábios finos pressionaram para baixo com arrogância, desdenhando:

- Mas, o que isso tem a ver com você?

Ao terminar, ele era dominador, como sempre foi. Não admitindo derrotas, nunca abai