HANA*Quando você ama muito alguém, você espera ter uma vida com aquela pessoa, havíamos chegado em um ponto que um filho não deveria ser o único motivo de ficarmos juntos, mas todas as mudanças e os sentimentos que essa mudança trouxe para nossas vidas.O Carter não tocava em mim por medo que as lembranças ruins tomassem conta de mim e me afastasse dele novamente, não tinha haver com o que a Ingrid disse, mas saber que ele tinha aquela preocupação me fez acreditar fielmente que aceitar ele de volta na minha vida foi uma escolha inteligente, e não uma escolha burra como eu já cheguei a pensar.Quando finalmente ele tocou em mim, eu pude sentir todo aquele amor envolvendo cada célula do meu corpo, a respiração dele, o grunhido dele me fez sentir coisas que eu nunca senti na minha vida, pois apesar de rápido e simples, foi intenso e envolvente pra mim, mas mesmo com todo o envolvimento do momento, e toda a certeza que habitava em meu coração, eu não esperava ser pedida em casamento.Ou
JONH * Seis meses se passaram e eu experimentei de tudo, as surpresas que a vida me ofereceu, essas eu agarrei com unhas e dentes, desde uma noite mal dormida, a uma noite inteira de sexo com direito a jatos de leite na minha cara a cada vez que eu apertava os seios da Hana, mas foram os seis meses mais intensos e bem aproveitados da minha vida. Nesse período tudo se organizou, as agências estavam com muitos contratos, a Flávia conseguiu se entender com a Hana, e eu consegui juntar a Flávia e o meu segurança, eu sabia que aquele era um casal em potencial, e o Jhonatan estava crescendo cada vez mais lindo e esperto, ele era a minha cara, mais tinha os olhos da Hana, o nosso filho era perfeito, e a Hana era a mulher mais linda do mundo, e uma mãe excepcional. Tudo na nossa vida aconteceu fora de ordem, mas saiu perfeito do mesmo jeito, mas deixamos o casamento pra depois e quando o Jonatha fez cinco meses, decidimos que estava na hora de nos casarmos, e o casamento aconteceu quan
HANA*Depois da cerimônia, me senti levitando, como se tudo o que eu tivesse vivido até ali, tivesse me levado exatamente pra realização daquele momento, era o meu destino me apaixonar por Jonh Carter.Ele me puxou, envolveu suas mãos em minha cintura, e quando nossos olhos se encontraram, vi nele a promessa de uma vida inteira juntos. Estávamos ansiosos pela nossa lua de mel, e enquanto Ingrid cuidava do nosso pequeno Jhonata, nós embarcávamos para um paraíso escondido, só para nós dois, onde nos perderíamos no amor e na presença um do outro.Quando chegamos, o cenário era de tirar o fôlego: um bangalô isolado sobre águas cristalinas, rodeado por palmeiras e com uma vista do pôr do sol que parecia feito para nós. Carter me puxou pela cintura assim que entramos, seu olhar intenso me queimava por dentro. Não havia pressa nos seus gestos, mas cada toque dele parecia carregar uma urgência silenciosa, como se ele quisesse memorizar cada detalhe meu, como se o mundo pudesse acabar a qual
Depois da primeira noite no nosso paraíso isolado, me senti em uma espécie de êxtase. Era como se o universo conspirasse a nosso favor, proporcionando momentos que eu nunca imaginaria viver. O sol amanheceu tímido, sua luz dourada adentrando pelas janelas do bangalô e iluminando o rosto sereno de Carter, que dormia ao meu lado. Deitada ali, o observando, me peguei sorrindo, me sentindo completa. Nos dias seguintes, aproveitamos cada instante. No café da manhã, ríamos de bobagens enquanto ele me roubava beijos entre uma mordida e outra de frutas frescas. À tarde, saíamos para explorar a pequena ilha, descobrindo praias escondidas e recifes de corais deslumbrantes. Em uma das vezes, ele me puxou para um mergulho inesperado, e quando voltei à superfície, o vi observando com aquele sorriso maroto, um misto de diversão e desejo. Ele nadou até mim, passou os braços ao meu redor, e antes que eu pudesse me recompor, me beijou com uma intensidade que me tirou o fôlego. — Cada segundo
JONH*Ao retornar daquela viagem com Hana, senti que a lua de mel havia sido uma espécie de refúgio, uma bolha em que o tempo parecia diferente, um mundo onde existíamos apenas nós dois. Estávamos completamente isolados de tudo e de todos, entregues a cada segundo de paz, amor e riso. O mundo parecia pequeno comparado ao amor que sentia por ela. Mas essa bolha estourou no momento em que cruzamos a porta de casa e fomos recebidos por Ingrid e por aquele olhar que carregava más notícias.A ideia de a mãe de Hana ter reaparecido, ainda mais depois de tudo o que ela já havia feito, fez meu sangue ferver. Eu queria poder descansar da viagem, segurar meu filho, matar a saudade dele... mas aquilo precisava ser resolvido antes. Não podia ignorar.Então, fui direto ao hotel onde Ingrid havia indicado que aquela mulher estava hospedada. Eu já sabia o que ela havia feito à Hana, e qualquer rastro de respeito que eu pudesse sentir por ela como mãe de Hana havia desaparecido. Alguém que coloca a
Voltei para casa com um peso nos ombros. A conversa com a mãe de Hana ainda ressoava na minha cabeça, cada palavra cheia de veneno e falsas intenções. No caminho, pensamentos ruins me tomaram. Imaginei a presença da mãe de Hana se infiltrando aos poucos, criando rachaduras nas bases sólidas que estávamos tentando construir. Eu não tinha dúvidas de que essa mulher não sentia remorso nem arrependimento. Uma mãe que não se importou em jogar a filha para fora de casa, seria capaz de fazer qualquer coisa para se manter confortável, mesmo que isso significasse trazer sofrimento para Hana e para nossa família. Era como se uma tempestade estivesse se formando no horizonte, e minha única vontade era barrá-la antes que nos alcançasse.Ao abrir a porta de casa, fui recebido pelo silêncio acolhedor do lar, e aquilo me fez perceber o quanto eu queria proteger esse espaço, proteger Hana e nosso filho de qualquer coisa ou pessoa que pudesse ameaçar nossa paz.Eu vi a Hana no sofá, os olhos brilha
Já passava das oito da noite quando o telefone tocou. O número era desconhecido, mas decidi atender mesmo assim. A voz do outro lado estava embargada, cansada. Levei alguns segundos para processar a quem pertencia, até que ela se identificou.— John, sou eu… a mãe da Hana.Um frio correu pela minha espinha, mas mantive o controle. Havia algo naquele tom de voz que já me preparava para o teatro que viria a seguir.— Ah, é você.Respondi, fingindo despreocupação. — Eu havia esquecido que tinha dado o meu número pra você.Ela ignorou a pergunta, indo direto ao ponto. O que veio depois foi uma sequência ensaiada, com uma falsa humildade que quase me fez rir.— John, eu só queria te pedir… uma ajuda. Sabe, dois milhões seriam o suficiente para eu recomeçar minha vida. Desde que a Hana foi embora, a minha situação não tem sido nada fácil.Soltei uma risada curta, não acreditando na audácia.— Dois milhões? É isso mesmo? Perguntei, com uma ironia afiada. — Achei que você fosse um pouco mai
HANA*Eu passei pelo inferno, conheci todas as faces da dor de ser despejada por alguém que deveria me proteger, não tive bons direcionamentos sobre relacionamentos saudáveis, e minha única conselheira se prostituía pra manter a vida de alto padrão que tinha, porém, ela foi a única que nunca soltou a minha mão.A conclusão que tiro é que existem realidades paralelas que podem ser erradas pra algumas pessoas, mas que pra outras pode ser a melhor coisa da vida.Era errado se prostituir? Minha resposta é: DEPENDE.Talvez olhando por outro ângulo, o John seria o tipo de homem que eu jamais iria querer voltar a olhar pra cara dele, mas pessoas feridas ferem outras pessoas, e eu escolhi olhar pra ele como vítima, quando ele expôs suas dores pra mim.Mas a minha dor diante do que a minha mãe me fez, não se comparava com nada no mundo, não havia justificativas pra todo o trauma psicológico e afetivo que ela causou em mim.Deixar Jonh tomar a frente das minhas batalhas não era sinal de fraque