Eu chorei, pois aquilo doeu em mim, nós dois tínhamos bagagens que ninguém conseguiria medir, mas que ambos deveríamos nos livrar, pois se queríamos uma vida diferente, muitas coisas teriam que ser deixadas pra trás.No dia seguinte quando eu abri a porta e vi aquele homem lindo, foi impossível não sorrir, eu o puxei pela gola da camisa e o beijei, era necessário ir com calma, mais eu tinha necessidade daquele beijo que provocou um frio intenso na minha barriga.Ingrid: Vocês vão se comer aí fora mesmo? Tem comida aqui dentro Carter, deixa a Hana pro jantar.Nós dois começamos a rir e aquele sorriso tão descontraído do Carter me fez ver que realmente aquela mudança era pra valer.Os dias foram passando e as coisas foram ficando mais sérias, o Carter me acompanhou na ultrassom do nosso filho e começou a chorar enquanto segurava a minha mão e eu chorei junto, ainda não dava pra saber o sexo do bebê, mas ficamos felizes em saber que estava tudo bem com ele.O Carter ficou muito protetor,
JONH *Pedir a Hana em casamento não foi uma decisão repentina e impulsiva, na verdade tudo foi fortalecendo aquela vontade à medida que as coisas iam acontecendo, foi o beijo inesperado que ela me deu ao me receber na casa dela, foi às lágrimas que derramamos juntos na ultrassom do nosso filho, foi às crises de ciúmes dela em relação a Flávia e foi a entrega dela enquanto eu estava dentro dela me entregando também, foi o olhar de desejo misturado com amor, foi tudo.Eu amava aquela garota e amava tudo o que ela me fazia sentir, o nosso amor não foi algo que aconteceu de forma normal, foi um encontro de almas, eu a reconheci, mas não estava preparado pra aquele encontro, o meu coração não estava pronto, pois a dor e a frustração haviam tomado conta de todo o espaço existente nele, mais eu que nunca levei a sério o destino, fui tragado por ele, e ele me salvou ao introduzir a Hana na minha vida, mesmo que de maneira errada.Todas as mulheres que passaram pela minha vida tinham a sua s
No final da gestação da Hana, decidimos comprar uma casa no Brasil, ela não queria mais voltar pra Las Vegas por que não queria ter contato com a mãe dela, então eu respeitei essa decisão e disse que iria fazer duas viagens por mês pra Las Vegas por conta da agência, mas que tudo daria certo, mas ela disse que me acompanharia nessas viagens e ficaria na minha casa nesses momentos, e tudo ficou acordado entre nós e também falei sobre a decisão com a Flávia que aceitou.Os advogados organizaram os documentos que selaram a sociedade entre eu e a Flávia, e ela passou a ser a minha sócia oficialmente, só faltava ela e a Hana se darem bem.Nós estávamos preparando tudo no quarto do Jhonatan, nome que escolhemos pro nosso filho, quando de repente a Hana paralisou e olhou pro meio das pernas, a bolsa havia estourado, eu olhei pra aquela poça e depois olhei pra ela com um sorriso no rosto.— Vai nascer, o nosso filho vai nascer.Hana: Ligue pro médico meu amor, fique calmo.Eu tentei ficar cal
HANA*Quando você ama muito alguém, você espera ter uma vida com aquela pessoa, havíamos chegado em um ponto que um filho não deveria ser o único motivo de ficarmos juntos, mas todas as mudanças e os sentimentos que essa mudança trouxe para nossas vidas.O Carter não tocava em mim por medo que as lembranças ruins tomassem conta de mim e me afastasse dele novamente, não tinha haver com o que a Ingrid disse, mas saber que ele tinha aquela preocupação me fez acreditar fielmente que aceitar ele de volta na minha vida foi uma escolha inteligente, e não uma escolha burra como eu já cheguei a pensar.Quando finalmente ele tocou em mim, eu pude sentir todo aquele amor envolvendo cada célula do meu corpo, a respiração dele, o grunhido dele me fez sentir coisas que eu nunca senti na minha vida, pois apesar de rápido e simples, foi intenso e envolvente pra mim, mas mesmo com todo o envolvimento do momento, e toda a certeza que habitava em meu coração, eu não esperava ser pedida em casamento.Ou
JONH * Seis meses se passaram e eu experimentei de tudo, as surpresas que a vida me ofereceu, essas eu agarrei com unhas e dentes, desde uma noite mal dormida, a uma noite inteira de sexo com direito a jatos de leite na minha cara a cada vez que eu apertava os seios da Hana, mas foram os seis meses mais intensos e bem aproveitados da minha vida. Nesse período tudo se organizou, as agências estavam com muitos contratos, a Flávia conseguiu se entender com a Hana, e eu consegui juntar a Flávia e o meu segurança, eu sabia que aquele era um casal em potencial, e o Jhonatan estava crescendo cada vez mais lindo e esperto, ele era a minha cara, mais tinha os olhos da Hana, o nosso filho era perfeito, e a Hana era a mulher mais linda do mundo, e uma mãe excepcional. Tudo na nossa vida aconteceu fora de ordem, mas saiu perfeito do mesmo jeito, mas deixamos o casamento pra depois e quando o Jonatha fez cinco meses, decidimos que estava na hora de nos casarmos, e o casamento aconteceu quan
HANA*Depois da cerimônia, me senti levitando, como se tudo o que eu tivesse vivido até ali, tivesse me levado exatamente pra realização daquele momento, era o meu destino me apaixonar por Jonh Carter.Ele me puxou, envolveu suas mãos em minha cintura, e quando nossos olhos se encontraram, vi nele a promessa de uma vida inteira juntos. Estávamos ansiosos pela nossa lua de mel, e enquanto Ingrid cuidava do nosso pequeno Jhonata, nós embarcávamos para um paraíso escondido, só para nós dois, onde nos perderíamos no amor e na presença um do outro.Quando chegamos, o cenário era de tirar o fôlego: um bangalô isolado sobre águas cristalinas, rodeado por palmeiras e com uma vista do pôr do sol que parecia feito para nós. Carter me puxou pela cintura assim que entramos, seu olhar intenso me queimava por dentro. Não havia pressa nos seus gestos, mas cada toque dele parecia carregar uma urgência silenciosa, como se ele quisesse memorizar cada detalhe meu, como se o mundo pudesse acabar a qual
Depois da primeira noite no nosso paraíso isolado, me senti em uma espécie de êxtase. Era como se o universo conspirasse a nosso favor, proporcionando momentos que eu nunca imaginaria viver. O sol amanheceu tímido, sua luz dourada adentrando pelas janelas do bangalô e iluminando o rosto sereno de Carter, que dormia ao meu lado. Deitada ali, o observando, me peguei sorrindo, me sentindo completa. Nos dias seguintes, aproveitamos cada instante. No café da manhã, ríamos de bobagens enquanto ele me roubava beijos entre uma mordida e outra de frutas frescas. À tarde, saíamos para explorar a pequena ilha, descobrindo praias escondidas e recifes de corais deslumbrantes. Em uma das vezes, ele me puxou para um mergulho inesperado, e quando voltei à superfície, o vi observando com aquele sorriso maroto, um misto de diversão e desejo. Ele nadou até mim, passou os braços ao meu redor, e antes que eu pudesse me recompor, me beijou com uma intensidade que me tirou o fôlego. — Cada segundo
JONH*Ao retornar daquela viagem com Hana, senti que a lua de mel havia sido uma espécie de refúgio, uma bolha em que o tempo parecia diferente, um mundo onde existíamos apenas nós dois. Estávamos completamente isolados de tudo e de todos, entregues a cada segundo de paz, amor e riso. O mundo parecia pequeno comparado ao amor que sentia por ela. Mas essa bolha estourou no momento em que cruzamos a porta de casa e fomos recebidos por Ingrid e por aquele olhar que carregava más notícias.A ideia de a mãe de Hana ter reaparecido, ainda mais depois de tudo o que ela já havia feito, fez meu sangue ferver. Eu queria poder descansar da viagem, segurar meu filho, matar a saudade dele... mas aquilo precisava ser resolvido antes. Não podia ignorar.Então, fui direto ao hotel onde Ingrid havia indicado que aquela mulher estava hospedada. Eu já sabia o que ela havia feito à Hana, e qualquer rastro de respeito que eu pudesse sentir por ela como mãe de Hana havia desaparecido. Alguém que coloca a