Eu não posso deixa-los serem demitidos por minha causa, mesmo sabendo que ele vai ficar ainda mais puto da vida decido interferir, bato na porta do escritório.- Hafiq, abra, por favor.- Antônia, eu estou em reunião, depois eu falo com você.Eu abro a porta e ele levanta a sobrancelha, me encarando furioso, os lábios rígidos. A cena que se descerra a minha frente é deprimente.Youssef, aquele tanque de guerra em forma de homem, está encolhido dentro do terno preto amassado, as feições péssimas, e os outros dois seguranças, estão tão cabisbaixos que os rostos quase esfregam o chão.- Eu sei o motivo da reunião, por isso eu vim falar com você.- Agora não é um bom momento.A tensão aumenta na sala em pontos altíssimos da escala Richter, é certo que o “terremoto Hafiq” vai derrubar tudo e os seguranças olham uns para os outros, apavorados, cada qual querendo salvar a sua pele quando não restar nada em pé.Ele enfim cede e se dirige aos seguranças.- Depois eu falo com vocês.Ficamos sur
- Por que precisa ter cerimônia religiosa?- Eu posso enumerar infinitos motivos: para minha família poder participar, pelos meus costumes, por mim, por você, por Kaled, pelo cacete. E por que não, Tônia?- Não acho adequado um casamento religioso, podemos nos casar somente no civil.- Por que não é adequado? Ah, deixe-me ver, eu havia me esquecido, você já se casou, não é? Com meu irmão! Você não quer se expor, casando-se comigo, eu não sou bom o suficiente? Você tem vergonha de mim, Antônia?Eu não vou aturar mais isso, por que ele tem que meter Zie em toda discussão nossa?- Já te disse para lavar a boca antes de falar de Zie, ironia não combina com você, você só está falando merda.Hafiq levanta devagar e se apoia na mesa falando mais alto.- E eu já te disse que Zie é apelido de amantes, eu não quero ouvir os apelidos carinhosos do casalzinho perfeito, ele se chama Aziz, seu falecido marido, ponha isso em sua cabeça. Chega, casaremos no Qatar, será melhor assim, já está decidido.
Seus dedos pressionam a minha calcinha e com dois dedos ele repuxa a renda frágil, rompendo-a sem esforço.Estou nua, presa e vulnerável a esse homem possuído.Fecho os olhos, se eu conseguir mantê-los fechados, talvez eu tenha mais chances de resistir a esse trem descarrilado que me arrasta para as minhas mais obscuras tentações. Estou apavorada.Apavorada e inegavelmente excitada com a versão bruta de Hafiq.Eu sei que ele vai me tomar da forma mais gostosa, ele me brindará com o seu melhor. Pra mim, só a possessão mais enlouquecedora e viciante.Sua melhor lambida, o seu toque mais marcante, a mais delirante de todas as fodas. Ainda assim, não estou preparada pra isso.A sua boca roça macia e exigente em minha orelha, a cabeça enterrando-se em meu pescoço.Hafiq invade minha boca, exigindo mais dos meus beijos, indo além do misturar dos gostos. Ele espreme meus lábios, excitando-me, a língua perversa provando-me com calma, lambendo-os com uma preguiça perniciosa.E desce as mãos pe
Ele joga com o meu corpo, me penetra a carne com mais um dedo, os nós de seus dedos correndo pra dentro e pra fora de minha abertura úmida e melada.Como eu vou mostrar a ele que não me tem, se meu corpo diz totalmente o contrário?- Você não me quer, Antônia?Meu sexo escorregadio pulsa sem parar, eu estou constrangidamente lubrificada.Estou molhada, muito molhada, mas eu não dou o braço a torcer.- Não, eu não quero.Ele abre mais as minhas coxas. Que humilhação, eu insisto em dizer que não o quero e a minha vagina está cada vez mais inchada e cremosa.Hafiq coloca os dois dedos entre meus lábios depilados, deslizando-os facilmente, a carne de tão úmida faz barulho a cada movimento de fricção.Eu estou completamente louca para ele enfiar-se em mim até as bolas e receber todo o prazer que ele quiser me dar.Excitada e orgulhosa, ele sabe e perversamente gosta disso.- Você vai gozar? Me diga Antônia.Eu consigo responder em um fio de voz.- Vou.- Vai gozar, habibi?- Eu vou, Hafiq.
HAFIQEla crava os dentes no meu ombro pra suportar todo o prazer que sente, não existe nesse mundo nada mais belo do que senti-la se despedaçar inteira nos meus braços.Um grito preso sai de sua garganta, ela está liberta, solta, as suas coxas tremem, o orgasmo fluindo em seu corpo.- Nunca mais esqueça quem manda!E eu a penetro por mais uma vez, meu pau latejando sem parar, sinto o gozo vindo em uma grande torrente, estremeço com o meu orgasmo, despejando um urro intenso de prazer em sua boca.Colado nos seus lábios, espremo-os à medida minha semente jorra farta, encharcando-a com meu prazer.- Foda, você é gostosa pra caralho. Ah, habibi, eu sou louco por você, eu preciso de você Tônia, cada vez mais, promete que nunca vai me deixar, me prometa.Por que eu disse isso? Eu já não me reconheço mais, o que eu sinto por ela me expõe a fragilidades que eu faço de tudo pra esconder.A grande verdade é que eu estou complet
Nada como uma noite de sexo punitivo e descontrolado para eu despertar revigorada, principalmente em uma manhã de primavera em Londres.Hafiq dorme como um bebê. Já tentei acordá-lo por duas vezes sem sucesso.Ele pensa que ainda tem 18 anos, não questiono o apetite insaciável de meu homem, mas 34 anos pesam nas costas de qualquer um, até mesmo de um deus do sexo como Hafiq.Apesar de eu estar quase em um estado comatoso, me lembro do final de nossa noite e decido começar a tomar as rédeas dessa casa.Após um banho pra espantar a preguiça, desço para meu front de batalha, começando por Ranya.Depois da conversa que tivemos, ela está bem mais receptiva a mim, eu sento na cozinha ea mesa está posta, antes de eu pedir, ela já me entrega uma caneca com café e um pão quentinho, frutas, geleias e várias outras gostosuras.Eu peço escondendo a boca cheia que ela se sente ao meu lado. Mostro o bule cheio, ela entende o que quero dizer, sorri daquele seu jeito meio desconcertado, pega outra c
Hafiq entra em uma loja de roupas caríssima da Knight bridge, procura a gerente da loja e surge logo uma funcionária para me ajudar a escolher as melhores peças e montar um guarda roupa diversificado e de bom gosto.Estou horrorizada com o preço das peças e olho pra Hafiq, ele percebe o que estou pensando.- Pare com isso, não me irrite com essas bobagens, habibi. Escolha as roupas e esqueça os outros detalhes, por favor.Pego um vestido preto Dior de renda com uma fenda lateral, ele me olha com aprovação e separo logo para provar.Estamos na loja há uma hora e estou perdida em um mar de saltos altos Manolo Blahnik, longos Alexandre Herchcovitch, peças de diversas grifes, calças de alfaiataria, sobretudos, jaquetas, calças jeans e camisetas. Mas o que realmente me seduziu foi um vestido de noiva Vera Wang, marfim, com bordados discretos na barra até os joelhos e um decote generoso nas costas. Lembro-me do vestido branco que vesti na exposição e decido compra-lo.Aproveito que Hafiq sa
Por mais que eu tente me manter calma, é inevitável, as minhas unhas roídas refletem meu estado de espírito, estou tensa pra cacete, em alerta máximo.Eu vou me casar hoje.Não que eu nunca tenha me casado, afinal, sou viúva de Zie.Mas nosso casamento foi algo arranjado, um acordo entre dois amigos, questões de herança, resgates do passado.Sem sexo, sem amor carnal. Sem pernas tremendo.Preciso me controlar, senão vou ter um ataque cardíaco até de tarde.Hafiq também está tenso, tomamos café em silêncio e para completar, Kaled parece que resolveu tirar o dia de hoje para se aventurar pela casa e dois vasos já foram parar no lixo.Hafiq resolveu correr em um parque próximo ao nosso apartamento, realmente isso não é coisa de noivo normal.Qual é o louco que no dia do casamento vai correr pra distrair, sinceramente!Ranya mesmo sabendo que será somente uma cerimônia civil encheu a casa de arranjos de flores, encomendou um pequeno bolo, canapés e alguns espumantes para brindarmos.Hafiq