CAPÍTULO 35

Eu não posso deixa-los serem demitidos por minha causa, mesmo sabendo que ele vai ficar ainda mais puto da vida decido interferir, bato na porta do escritório.

- Hafiq, abra, por favor.

- Antônia, eu estou em reunião, depois eu falo com você.

Eu abro a porta e ele levanta a sobrancelha, me encarando furioso, os lábios rígidos. A cena que se descerra a minha frente é deprimente.

Youssef, aquele tanque de guerra em forma de homem, está encolhido dentro do terno preto amassado, as feições péssimas, e os outros dois seguranças, estão tão cabisbaixos que os rostos quase esfregam o chão.

- Eu sei o motivo da reunião, por isso eu vim falar com você.

- Agora não é um bom momento.

A tensão aumenta na sala em pontos altíssimos da escala Richter, é certo que o “terremoto Hafiq” vai derrubar tudo e os seguranças olham uns para os outros, apavorados, cada qual querendo salvar a sua pele quando não restar nada em pé.

Ele enfim cede e se dirige aos seguranças.

- Depois eu falo com vocês.

Ficamos sur
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