Clark Collins Eu mal conseguia acreditar. Victoria... Ela não era apenas um sonho distante. Ela era real, tangível, e eu estava mais determinado do que nunca a conquistá-la. A sensação de euforia que dominava meu corpo era impossível de conter. Meu coração ainda estava acelerado, e a imagem dela, com o sorriso suave e o olhar determinado, estava gravada em minha mente.Cheguei em casa, e a mansão parecia maior do que o habitual, como se de alguma forma minha alegria a tivesse expandido. Soltei o casaco no sofá da entrada e passei a mão pelos cabelos, tentando processar tudo. Ela era a mulher dos meus sonhos, literalmente. Tudo parecia surreal, como se eu ainda estivesse preso naquela fantasia que me acompanhou durante os três anos no coma. Mas não... Ela era real, e faria de tudo para tê-la ao meu lado.Estava tão imerso nos meus pensamentos que demorei a lembrar que havia algo importante marcado para hoje. Alexander e Zara. Droga! Eles viriam jantar, e com toda a euforia do dia, eu
Clark Collins Alexander ficou em silêncio por um momento, me observando atentamente como se tentasse entender até onde ia minha determinação. Eu sabia que ele se preocupava comigo, mas não tinha como explicar a certeza que eu sentia. Victoria era tudo o que eu sempre quis e precisava acreditar que o destino estava ao meu lado dessa vez.— Clark, isso é... intenso, cara. — Alexander disse finalmente, soltando um suspiro. — Só não deixe essa obsessão te cegar, entende? Quero ver você feliz, mas às vezes...— Não é obsessão, Alex — o interrompi, convicto. — Eu sei o que sinto. Ela é real, e vou fazer o que for preciso para tê-la na minha vida.Ele assentiu, ainda um pouco cético, apesar dele ser um romântico escritor que havia criado um romance baseado na minha história, mas ele respeitava meu sentimento. Era o que sempre admirei nele, sua capacidade de apoiar sem impor seus próprios julgamentos.Antes que a conversa pudesse continuar, a porta da mansão se abriu e Zara voltou com minha
Clark CollinsOs dias passaram arrastados, como se o sábado fosse uma miragem que nunca se aproximava. Eu podia sentir a antecipação crescendo dentro de mim, um calor latente a cada segundo que me separava de Victoria. Finalmente, o relógio marcou a noite de sábado e, ao parar meu carro em frente à casa dela, senti meu coração acelerar como não acontecia há muito tempo. Mas, claro, eu estava no controle. Sempre estive.Antes que eu pudesse chegar à porta, lá estava ela, deslizando em minha direção como um sopro de vento, vestida de forma elegante e sedutora ao mesmo tempo. Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios, enquanto ela me encarava com uma leve confusão nos olhos. Sem dizer uma palavra, abri a porta do carro para ela, como se esse gesto fosse natural entre nós.A viagem até o aeroporto foi breve, e eu pude notar a hesitação em seus olhos quando perguntei:— Está pronta?Ela franziu o cenho, confusa.— Mas... nós não íamos jantar?Dei um sorriso tranquilo, daqueles que sem
Clark Collins. Era impossível negar. A cada toque, a cada beijo trocado na cozinha do restaurante, a sensação de familiaridade me atingia como uma onda inevitável. Não era a primeira vez que eu me sentia assim ao lado de Victoria, e não seria a última. Quando a beijei, não foi apenas o desejo que me guiou, mas a convicção de que já havíamos estado ali, naquele exato ponto, em outro tempo ou espaço. Como se todas as noites mal dormidas e todos os sonhos que eu tinha com ela fossem, na verdade, memórias tentando se libertar. Nossos lábios se encontravam com uma pressa, um fervor que beirava o desespero. O jeito que ela reagia, as respostas imediatas de seu corpo ao meu toque, tudo indicava que o desejo era mútuo, mas algo mais pairava no ar. Enquanto eu a erguia no balcão, sentindo a maciez de seus lábios contra os meus, não consegui afastar a sensação de que isso não deveria parar ali. Eu precisava de mais. De tudo. Dela. No entanto, Victoria, em um rompante, interrompeu o beijo,
Victoria Hayes A noite passou em um piscar de olhos. O jantar com Clark havia sido maravilhoso, intenso, e, ao mesmo tempo, confuso. Tudo nele despertava algo em mim que eu preferia deixar adormecido. Desde o momento em que ele me beijou na cozinha do restaurante, até a despedida na porta de casa, meu corpo ainda vibrava com o impacto de sua presença. Mas eu não podia... Não devia me envolver. As flores que ele me deu estavam agora sobre a mesa, ao lado da sacola de sobremesas. Eu as olhei com um sorriso triste, sabendo que ele estava certo. Eu realmente não iria dormir fácil naquela noite. Minha mente estava um turbilhão de pensamentos, memórias e emoções. Cada toque, cada palavra trocada... Como eu poderia simplesmente colocar tudo isso de lado? "Isso é só uma boa lembrança", repeti para mim mesma, tentando acreditar. Mas, quanto mais eu tentava, mais a verdade se distanciava. Clark me conhecia melhor do que eu gostaria de admitir. E talvez fosse isso que me assustava tanto.
Clark Collins — Você é patético, Clark. — Sua voz era cheia de desprezo. — Ela não é nada para você. Eu sou a mulher da sua vida, sempre fui! Aquele foi o limite para mim. O olhar cheio de desprezo que ela lançou sobre Victoria foi a gota d'água. Me coloquei entre as duas, encarando Laura com uma frieza que eu sabia que ela nunca tinha visto antes. — Acabou, Laura. — Minha voz era firme, sem espaço para discussão. — Eu estou cansado de repetir isso. Pare de me procurar, pare de tentar trazer de volta algo que nunca mais vai existir. Eu não te amo. Nunca amei. Por um breve momento, vi o brilho de dor nos olhos dela, e aquilo quase me fez hesitar. Mas então ela olhou para Victoria novamente, com tanto ódio que tudo o que eu sentia por ela desapareceu de vez. — Diz o que quiser — ela cuspiu, os olhos ardendo de raiva. — Mas você vai se arrepender. Ela nunca vai ser o que eu fui para você. Olhei diretamente nos olhos dela, minha expressão implacável. — Você está certa. — Eu disse,
Victoria HayesEu observava Hiago se afastar pela porta, e só então soltei o ar que estava prendendo. O choque ainda pulsava em minhas veias, e meu coração não sabia se batia por causa da presença de Hiago ou pelas lembranças que ele havia trazido com sua chegada."Isso não pode estar acontecendo", pensei, enquanto olhava para Eliza. — Não posso ir agora — murmurei, tentando me recompor. — Diga à sua mãe que estou lisonjeada com o convite, mas, no momento, as coisas estão muito complicadas para mim. Mas prometo que, em breve, marcaremos algo.Hiago me encarou por alguns instantes, talvez percebendo o peso nas minhas palavras, mas, como um verdadeiro cavalheiro, apenas assentiu com um sorriso compreensivo.— Entendo, Victoria. A semana que vem é o aniversário da minha mãe, e a empresa vai fazer uma grande festa para comemorar o aniversário dela e da fundação da empresa. Seria importante para ela, sabe? Se você aparecesse por lá, como um presente. Pela memória de Heitor.Meu coração ap
Uma semana depois...Clark Collins Eu estava de pé ao lado do bar, observando o ambiente com um copo de whisky na mão. A festa estava em seu ápice. Convidados ilustres, empresários e figuras da alta sociedade circulavam pelo salão luxuoso. Luzes douradas refletiam nos cristais pendurados, e tudo parecia cuidadosamente montado para impressionar. Mas nada disso me importava. Eu estava com meus pensamentos apenas por ela. Victoria Hayes.Não sabia ao certo o que sentir. Nosso último encontro na editora ainda ecoava na minha mente, cada palavra, cada gesto. Desde então, não conseguia tirá-la dos meus pensamentos. Ela era a mulher que eu amava, mas parecia tão distante, tão presa ao passado. E, agora, aqui estava eu, cercado de pessoas, mas perdido em pensamentos que só me levavam a ela.Então, de repente, o murmúrio no salão diminuiu. Um silêncio respeitoso se espalhou.Olhei para a entrada e lá estava Victoria. Ela parecia deslumbrante, usando um vestido impecável, daqueles que faziam q