Nossa dor...

Nazli Ylmaz

Ao deitar ao lado de Leyla naquela noite, observei sua respiração suave, o rosto sereno. Era raro vê-la assim, sem as linhas de preocupação ou tristeza que tantas vezes marcavam seu semblante desde que nossa mãe se foi. Eu fiquei ali, no escuro, admirando minha irmã com o coração cheio de um misto de orgulho e dor. Ela era tão forte… muito mais do que ela própria imaginava.

Minha mente então me levou de volta no tempo, ao dia em que conheci o pai dela. Eu era uma criança, e ele surgiu em nossas vidas de forma repentina, trazendo alegria e uma energia diferente para nossa casa. Minha mãe parecia tão feliz ao lado dele. Aqueles primeiros tempos foram como um sonho; ele me tratava bem, e eu, que nunca conheci meu pai verdadeiro, comecei a vê-lo como alguém que poderia preencher aquele vazio. Eu até cheguei a chamá-lo de “pai”, sem nem precisar de permissão, porque ele me fez sentir que eu podia.

Lembro-me de quando minha mãe anunciou que estava grávida de Leyla. A felicidade
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