Capítulo 4

— Seus pequenos estão tendo uma boa alimentação, porque estão no peso certo, tamanho certo, a imunidade está ótima... 

Mia sorriu, se virando para ver seus filhos brincarem no tapete colorido, onde tinha vários brinquedos em volta. Aquela sala era uma festa para crianças. Colorida e cheia de brinquedos. E a médica era maravilhosa. Gentil, carinhosa, muito educada e observadora. 

— Eu acredito que já podemos retirar o medicamento de apetite. 

— Eu também acho, eles só não estão comendo parede, porque o gosto é ruim.

A médica, riu, Mia riu, e Liam abriu aquele sorriso ladino. 

— Não posso contar nos meus dedos quantas vezes escuto “tô com fome” durante o dia. 

— Isso é bom, deixe-os comer. 

— Foi o que eu disse.

— Só que com moderação.

Liam fitou a esposa.

— Foi o que eu disse. – Ele repetiu e ela revirou os olhos. – O bom é que durante a tarde eles preferem algo mais saudável. Fruta, vitamina, iogurte... 

A médica balançou a cabeça. 

— Ótimo, isso é muito bom, está explicado eles estarem tão saudáveis. 

— Então tudo certo, Audrey?

Audrey Chambers era a melhor amiga de sua cunhada Lucy, e era a médica de seus filhos desde que eles completaram um ano. Era a melhor pediatra da cidade, o que fazia dela, uma médica muito concorrida pelos pais.

— Até a próxima consulta. 

O casal sorriu, se levantando.

— Ah, e esse bebê? Como está?

— Ótimo. – Diz com um sorriso.

— Comendo como os irmãos. No caso, a mãe está comendo como os filhos. 

— Liam!

A médica riu. 

— E ela já tem nome?

O casal sorriu.

— Lívia. 

— Lindo nome. Eu espero que eu seja a pediatra de Lívia. 

— Com toda a certeza, Audrey. 

Eles se despediram, fizeram os trigêmeos se despedirem também, e saíram da sala, com os pequenos pedindo por sorvete. Era cedo? Sim. Mas eles mereciam por terem sido tão obedientes, apesar do grito que o único garotinho dos três deu de repente, assustando os adultos. Ele, claro, riu. Coisa de criança, nada que apenas um “querido, estamos no médico, você não pode gritar”, não resolvesse.

— Mat!

Mia se aproximou, abraçando-o e a esposa dele. 

— Oi, minha linda. – Beijou a bochecha da filha mais nova do casal. – Dia de consulta também, pelo jeito. – Comentou com um sorriso.

— De rotina. – Caitlin respondeu com o mesmo sorriso. – E vocês?

— Também. 

— A médica disse que podemos suspender o medicamento da fome. 

— Até que enfim, esses três estão comendo tudo que vê pela frente.

— Mat! – A esposa brigou e ele deu de ombros. 

— Eu disse algo parecido a médica. 

O outro riu, e as mulheres reviraram os olhos. 

— Como você está, hein? 

— Eu estaria muito melhor se minha esposa me deixasse seguir minha filha a todo encontro dela com o filho de vocês. Mas ela me ameaçou. 

— Você precisa superar. 

— Ele nunca vai superar, Mia, está me enlouquecendo com esse ciúme bobo. 

— É cuidado, querida, não ciúme. Você precisa ver a diferença. 

— Você vai ver a diferença quando passar da cama para o sofá. 

Liam riu, mas Mia segurou a risada, levando a mão a boca. 

— Que coisa, deixa nossa filha ser feliz. 

— Meu filho é um ótimo rapaz, sua filha está em boas mãos. 

Mattew se aproximou de Liam. 

— Se seu filho pensar em tocar em minha filha... eu vou capar ele. 

Liam se indignou. 

— Eu a quero pura para sempre. 

Caitlin revirou os olhos. 

— Mia, você o escutou dizendo que vai capar nosso filho?

Foi a vez da rosada revirar os olhos. 

— Boa sorte, amiga, nós já vamos. 

— Vão com Deus. 

Mia agradeceu e desejou o mesmo enquanto puxava o marido indignado. 

— Você escutou, Mia? Escutou?

— Pelo amor de Deus, Liam, quantos anos você tem? Cinco?

— Papai, você tem cinco anos?

O casal fitou Mavi. 

— Foi modo de dizer, filha.

Os trigêmeos trocaram um olhar. 

— Eu não entendi nada. – Maevi diz. 

— Que estranho, o papai tem ou não cinco anos? – Mavi perguntou, confusa. 

— Dã. Claro que não. O papai tem filhos, não pode ter filhos com cinco anos. – Mark retrucou.

Mia levou a mão à boca, segurando uma risada, enquanto Liam arregalava os olhos.

— Quem fica dizendo sobre filhos com vocês, hein?

— Tio Killian. 

O casal olhou um para o outro. 

— Eu vou capar meu irmão. 

Mia gargalhou.

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