Fabíola entrou no restaurante e avistou o fotógrafo em uma mesa. Caminhou até lá e ele se levantou. Ela ficou nervosa ao reencontra-lo, ao seu olhar, Rafael estava ainda mais lindo do que antes.
— Oi. — Ela o cumprimentou com um beijo no rosto.
— Oi, que bom que aceitou meu convite para almoçar. Sente-se.
Os dois sentaram-se e ela sorriu.
— Eu acabei de vir do hospital.
— Aconteceu algo?
— Com o Alexandre, você soube do acidente e a fuga da Lorena?
— Ah, sim, eu vi sobre isso no jornal. E como está seu namorado?
Fabíola levantou o olhar e o encarou, sorriu de canto.
— Sim ele está bem. Por sorte não aconteceu nada mais grave. E... Ele não é mais meu namorado.
Ele sorriu ao ouvir isso.
— Eu posso perguntar o que houve? Tem a ver com a gravidez?
— Não. Que isso. Ele é maravilhos
Silvia desceu até o restaurante do hotel e caminhou até a mesa onde David tomava café.— Bom dia.— Bom dia Silvia. Está tão bonita.— Obrigada. — Ela sorriu. — Posso me sentar?— Claro, fica à vontade.Silvia sentou-se de frente para ele, fez o pedido para o garçom e depois que ele se foi, ela virou-se para o estrangeiro. — Vai comigo até a revista? Posso pedir para a Lúcia chamar a Joana, para você conhecer.— Eu aguardo o encontro na festa. Vou dar uma volta pela cidade, vou aproveitar para falar com a filha do meu pai e a advogada dela.— Algum problema com ela? — Silvia perguntou. — Quer dizer, desculpe, eu ficar perguntando...— Não, tudo bem. Não tem problema. Acho que ela só está preocupada com a herança, os direitos dela. Não vou causar nenhum problema com ela. Que fique com tudo.O garçom
Joana desceu até a sala, Alexandre estava no sofá com um notebook no colo e Mousse deitado em cima de uma almofada. Ela sentou-se no braço do sofá ao lado do engenheiro.— Merida dormiu, ela está bem agitada. Acho que ela sente o que está acontecendo ao redor.— Ela é bem sensível mesmo.— Olha lá, você deu muita barda para esse cachorro.Alexandre sorriu.— Ele é da família.Joana o encarou, mas Alexandre estava centrado olhando para a tela do notebook, ela passou a mão pelo cabelo dele fazendo Alexandre virar-se para ela.— Que foi?Ele perguntou sorrindo.— Você disse que meu cachorro é da família.— E ele é. Nosso filho.Joana riu e ele segurou a mão dela.— Eu estava lendo seu livro.— Você conseguiu acessar aí? — Ela espiou a tela. — Ah, não me fala o que você achou não. Se tem muito erro. Não fala.— Não se preocupe. Você é uma escritora maravilhosa. Eu estou quase acabando, acredita?—
Silvia foi de manhã até a revista, tinha esquecido o notebook e não queria deixar para segunda. Depois de ver David com Katiuska, decidiu passar seu domingo trabalhando para não correr o risco de ficar pensando à toa.Entrou e foi direto para sua sala, colocou o notebook na bolsa e caminhou para a porta, parou quando Lorena surgiu na entrada, Silvia levou um susto, não por vê-la ali, mas ao ver o rosto dela em questão.Deu dois passos longos para trás quando Lorena apontou uma arma contra ela.— Não tente nada, ou eu acabo com você aqui mesmo.— O que você quer?— Pega seu celular e liga para a ruiva. Chama ela, convença ela para que venha, a convença. Se ela não vir, você morre.— Pare de me ameaçar.— Liga! — Lorena gritou. — Liga agora.— Tudo bem. Calma. — Silvia colocou a bolsa na mesa.— Se tentar algo, mato v
Meses depois, Lorena foi condenada e pegou vários anos de prisão, na primeira visita de Antonela, ela maltratou a mãe como sempre fazia, na segunda visita, também, mas nas próximas Lorena estava diferente, distante, sem falar muito, Antonela ia visitá-la, era sua filha, mesmo com o que fez, ela nunca deixaria de ser sua filha.Fabíola precisou viajar por um tempo para as gravações da novela, Rafael a acompanhou, mas ela nunca deixou de mandar notícias para Alexandre sobre o filho. Para descobrir o sexo do bebê, ele a acompanhou. Com o tempo ela e Joana se tornaram amigas, não existia rivalidade por parte de Joana, ela não era ciumenta e diferente da loira, era muito segura de si, de qualquer forma, Fabíola já estava bem mais diferente, uma outra pessoa, uma pessoa muito gentil.Katiuska abriu seu coração para David, os dois passaram um bom tempo em um relacionamento à distância, até ela aceitar seu pedido para ir morar com ele nos Estados Unidos. Ma
Alexandre encarou o médico por alguns segundos, não estava entendendo o que o homem de jaleco branco estava tentando lhe dizer. Ou melhor, não queria aceitar.— Minha filha está morrendo?Ele perguntou sério, como se o médico tivesse dito a coisa mais absurda do mundo e talvez tivesse, Merida era sua menininha de cinco anos, mal tinha acabado de vir ao mundo, tinha tanta coisa para viver ainda, ele ia levá-la para a Disney, claro quando lhe sobrasse tempo, pensando bem, depois que tudo isso passasse, ele com certeza ia dar um jeito de levá-la aonde quisesse, menos para o túmulo. Não, isso nunca.— Sua filha perdeu muito sangue e não temos um doador compatível, já comentei sobre isso. Não temos muito tempo. Estou dizendo isso para que você se prepare.— Eu não vou me preparar para enterrar minha filha. Ela só tem cinco anos.Ele esbravejou.— Sinto muito. — O médico falou no automáti
Semanas antes...Joana encarou a palavra fim no final da página e sorriu, acabava de terminar a história de fantasia que lhe daria tudo o que sempre sonhou.Sonhava em se tornar uma grande escritora, queria que o mundo todo lesse as histórias que gritavam em sua mente como se estivessem presas e precisassem ser libertas.A ruiva era amante das letras, amava escrever, inventar histórias e seu maior desejo era que seu trabalho e talento fossem reconhecidos.A obra literária foi enviada para uma editora, a maior da cidade vizinha onde ela morava, não demorou muito para receber uma proposta, ela mal se aguentou de tanta felicidade, ela foi a única, porque ninguém em sua casa a apoiava.Ela, os pais e a irmã mais velha moravam em um sítio, para eles, ser escritora estava longe de ser algo grandioso, ela nunca se importou com a opinião deles.Joana acreditava em si mesma
Joana ainda estava muito confusa, salvou a vida da garota e agora tinha um emprego.Farrapim tinha razão, tudo se ajeita e ela estava desconfiada por tudo parecer tão fácil.Ela não gostava de coisas assim, o velho ditado rondava em sua cabeça, “ felicidade de pobre dura pouco” e ela estava cansada de tanta decepção.Alexandre tinha deixado seu quarto quando o médico avisou que a filha dele tinha acordado, Joana até se levantou para ir junto, mas o doutor a fez deitar-se novamente quando suas pernas fraquejaram e ela foi obrigada a voltar a se deitar.Estava ali e não podia sair, nunca gostou de hospitais.A porta se abriu e ela olhou curiosa em direção a ela.Uma mulher, não muito velha, muito bem vestida caminhou até a cama. Tinha um sorriso doce e adorável.— Oi, meu bem.— Quem é a senhora?— Meu no
Joana acordou com Mousse lambendo seu rosto e abanando o rabinho enquanto fazia sapateado com as patinhas em cima do rosto dela.Ela riu e coçou os olhos.— Ai, garoto, se controla.O afastou um pouco e sentou-se na cama macia.Olhou ao redor lembrando de onde estava, na casa da menina ruiva, no quarto que o pai dela disse que ela podia ficar.Ele tinha voltado ao hospital enquanto ela arrumou as poucas mudas de roupas que tinha levado e não perdido enquanto ficou na rua e as roupas que Antonela lhe deu.Depois disso caiu no sono, então não sabia que horas eram ao certo, mas pela maneira como se sentia, o sono fora longo e pela janela podia ver que o sol estava se pondo.Quando a barriga roncou pegou Mousse no colo e saiu do quarto.Desceu a grande escada e encontrou a cozinha.Colocou o cãozinho no chão e abriu a